sexta-feira, agosto 03, 2007

Verdade absolutas

O que seria verdade ou mentira, bem ou mal? São questões complexas que não são nada fáceis de ser respondidas e nem sempre de ser acertadas, como um emaranhado de conceitos errados tanto sociais como espirituais e ideológicos. Como podemos perceber se esses conceitos são ou não verdadeiros? Essa verdade nem sempre é verdade para todos, apenas para quem vê que essa verdade é verdade, pois tudo no universo é relativo para quem o vê como verdade ou não. Ora, por muito tempo tive minhas meditações sobre tudo que englobasse esses preceitos e começo falando que nada existe sem ter causas perceptíveis; tudo no universo as causas tem seus efeitos, pois tudo é feito conforme as causas que aparecem para os efeitos acontecerem. Um pássaro voa porque existe a velocidade certa de suas asas, as penas que fazem ele planar ao vento, o designer de seu corpo pode quebrar as barreiras do ar onde passa. O mesmo tudo acontece dentro de qualquer lei da física e da matemática, pois os corpos só podem existir se algo faz seu equilíbrio, matéria e antimatéria, dois não pode existir sem o um.

Certas leis são tão evidentes que penso que quem o as nega ou é cego de seus conceitos, ou evidentemente tem receio de admitir sua limitação intelectual mais intimas. Todo ser humano de certa forma pensa para existir, porque quanto mais pensas será muito mais claro para ele a sua existência e isso é obvio, quem nega o principio do Sr Descartes é um reacionário sem causas; apenas tem a coisa mais intima de ser contrario as regras que não são minhas ou humanas, mas universais. E essas regras universais são tão claras que se não houvesse precisariam ser descobertas, pois o Sr Leibniz disse um dia que a natureza não dá saltos e isso é certo, nada da natureza vai aos extremos e isso é muito evidente. Uma flor precisa da semente para germinar e nascer, sem a semente não a haveria, o sistema foi muito bem construído ao longo dos milênios pretéritos. Mas onde isso foi construído e para que o sistema pode desenvolver? Se a ciência descobriu que o Sr Aristóteles estava errado em seu sistema espontâneo, deixou uma lacuna que faz a duvida aumentar segundo o aparecimento da vida na Terra; se as células tiveram que ter uma base de RNA, como o mesmo apareceu? De maneira nenhuma eu estou negando a evolução das espécies do Sr Charles Darwin, mas estou explorando onde e porque esta evolução.

As coisas sutis são mais difíceis de ser provadas e muito mais de ser de homens que amam a sabedoria, pois o filosofo não é aquele que se prende em coisas difíceis, mas nas coisas simples de ser explicadas. Por que cheguei a isso? Porque quanto mais você explica um pensamento, mais complicado ele se torna e conseqüentemente, mais complexo para os cidadãos ela fica. Por isso muitas coisas complexas como a ciências exatas ou as outras ciências não foram atraídas pela as pessoas que estão à procura de algumas respostas, às vezes temos que ter respostas objetivas para perguntas feitas como uma procura externa para coisas internas. Fico pensando na famosa frase do templo de Apolo onde Sócrates pegou como referencia da sua filosofia, “Conheça te a ti mesmo”, ou seja, conhecer sua própria força diante das dificuldades que a vida nos põem. Mas você nunca pode colocar um pássaro para escavar um túnel na terra como as toperas, pois a vocação deles é voar e não escavar, o mesmo é quem tem vocação para humanas não adianta por nas ciências exatas que não vai adiantar. O ser humano ainda pensa que todos os “gênios” precisam de dificuldades para mostrar suas habilidades prova disso é o físico Albert Einstein que detestava coisas complexas, tanto que tinha sérias dificuldades para assimilar as matemáticas que eram modelos já sólidos. Ora, a matemática moderna é sólida e muito bem estratégica que não tem como elaborar mais definições restringindo as pessoas a arranjarem mais resoluções para o problema. Para mim muitas coisas são inutilidades dentro da área, pois se você reparar, nem um terço do que aprendemos na matemática, será usado por nós.

Isso faz com que as ciências exatas e as matemáticas modernas, sejam consideradas verdades absolutas e não deveríamos pensar assim, pois não existe verdade absoluta e muita menos eternas. Não é assim, pois nada no mundo é algo sólido, algo que as verdades sejam absolutas e não vai ser ou acontecer. Existe uma hora que o ser humano tem que olhar o Sol, não como bonito ou feio, mas como uma grande fornalha de fusão nuclear; ou seja, dar a magnitude de um astro que aquece nosso planeta e entender o que realmente ele é. Pura e simplesmente, ele é resultado de uma grande nuvem de poeira cósmica que se condensou e quanto mais rápido ela girou a matéria dela contida criou uma fricção que as moléculas começaram a criar explosões até esquentar o centro do circulo e criou o astro. Simples e objetivo. Mas nas ciências exatas, não é muito assim, pois ao longo dos séculos o ser humano quis cada vez explicar um ponto. Se as matemáticas, estatísticas e outros afins estão tão avançados, descobriram o enigma de Bhaskara? Mas como o Sr Einstein em um texto diz, que a ciência é o senso comum mais sofisticado, pensando como ele, posso afirmar que na maioria se repete o que outros dizem e pouco é analisado.

Acontece na ciência como acontece em todo conceito humano, onde podemos ver em muitas religiões que povoam o globo terrestre, muitas ideologias que mataram e matam diariamente pessoas. Uma coisa é saber que aquilo foi testado e outra coisa é saber olhar a informação com olhos críticos qual a finalidade do fato. Todos nós sabemos que tudo consiste em interesses restritos para quem financia, que alguns casos é o governo, outros casos são os laboratórios, enfim, toda gama de interesses é realizadas nessas pesquisas. Onde os laboratórios têm seus lucros, na doença ou na saúde? Essas analises tem que ser feitas, é até regra cientifica na sua metodologia, pois tem que ser analisada tudo que é ou não conhecimento, pois nem todas as informações podem ser conhecimentos no futuro. Agora, na questão moral a coisa muda de figura.

Segundo meu entendimento, tudo que é moral é um emaranhado da cultura seja religiosa, ideologia e definições de leis e regras dentro de uma sociedade. Muitas dessas culturas são feitas das regras religiosas dos nossos antepassados foram deixados dentro de cada pensamento. Mas cabe a cada sociedade determinar o que é ou não ser mudado dentro dessa moral, como por exemplo, nos meados na década de sessenta do século vinte; houve em parte uma quebra de alguns pensamentos morais. Mas infelizmente, se criaram outros conceitos que viraram tabus, viraram conceitos que quebraram conceitos e acabaram virando leis morais. Mas conceitos e leis morais são apenas jogos de palavras, ou seja, aprendemos as coisas sempre ou com o amor ou com o sofrimento. O amor ensina, mas o ser humano sempre escolhe pela dor e pela ausência de seu prazer, porque não quer aprender. Guerras, destruição são infelizmente, uma realidade para ser humano, porque às vezes são necessárias imposições para as pessoas saberem o que você tem dentro de sua cultura. Cada cultura tem e deve ter algumas classificações necessárias para qualificar cada realidade e é assim, que podemos respeitar o outro. Classe social sempre teve e sempre haverá, mas temos sempre que a felicidade de cada ser humano consiste dele ter dentro de si mesmo.

Liberdade sempre foi e sempre será buscada pelo ser humano enquanto ele viver na face da Terra, o pior que o ser humano se sente só quando em determinado momento, ele não está só e se sente preso. Chegamos ao pensamento sartreriano da liberdade, ou seja, não podemos acatar o passado porque tudo que foi não será mais e paramos e olhamos o presente. Temos escolhas para fazer, pois nossas escolhas determinarão nosso futuro. Não importa o que fazem de nós, mas o que fazemos o que fazem de nós; portanto, não importa se somos ou não libertos sempre haverá um principio que nos prendera. Não somos libertados por completo, porque sempre somos seres que interagirmos dentro da sociedade, então temos que fazer o que a nossa maioria deseja ou faz. Como implica isso em nosso futuro? Será que não temos que deixar o que gostamos ou o que queremos por uma mera ilusão? Não é possível que o Sr Sartre tenha um pensamento ilusório quando diz que somos condenados a ser livres por escolher nosso futuro, mas escolhemos nosso futuro? Não necessariamente, porque dependemos de vários fatos, que alias, remonta a teoria dos fatos de Wittgestten.

O mundo é feito de fatos e esses fatos são relativos ou não, porque fazem parte da escolhas que fazemos. Quando a frase diz “todo homem é condenado a ser livre” é uma sentença falsa porque quando dizemos “todo” queremos dizer o ser humano em geral. Mas nem todos os homens são livres quando a liberdade se torna algo temporal; porque ficamos presos em desejos e escolhas, alem de conceitos onde enxergamos nosso mundo pela visão de nossa cultura. Portanto, somos condenados a ser seres que temos que tomar escolhas e essas escolhas nos faz seres presos perpetuamente; deixamos de exercer o futuro que nós poderíamos escolher por nossa vontade, mas deixamos as regras do mundo nos influenciar, seja moderna ou antiga, ela fará com qual possamos ser manipulados. Ora, a liberdade passa ser algo que o ser humano seja manipulado pelo seu próprio medo de não ser, se torna uma ilusão quando nos deixamos ir perante a perpetua senda do desejo de não sentir o medo de sentir medo e se torna um objeto; mas isso se torna verdade, porque vamos enxergar nossos desejos serem saciados e na realidade, não o são, remetendo a ilusão programada. Acionamos essa defesa para acabar com o medo, acabamos com o medo, mas criamos a solidão porque somos condenados a seres presos perpetuamente e deixamos nossa essência de lado, nossa intuição fica enterrada, nosso amor próprio se perde porque temos que nos aparentar ser livres. Então essa liberdade nada mais é do que aparecias medíocre.

Se a liberdade é apenas aparências estão não pode existir verdades absolutas, porque verdades devem existir para suprir o que temos em falta com nosso ego. São ilusões de fatos que consistem em nossos conceitos e não interessa se é ou não, no momento que temos nossa construção ética ela é formada. Uma cadeira é apenas uma cadeira, mas se afirmarmos que a cadeira é vermelha ela se torna singular; ou seja, liberdade é apenas uma palavra que pomos como verdade, mas não existe essência real para ela. Sempre ficamos presos em conceitos e beba isso, compre aquilo, leia aquilo outro e nunca vamos ser livres por completo; o conceito de liberdade é apenas jogos semânticos, porque são meros fatos que não remontam nossa essência. O mesmo poderia ser feito com uma maçã vermelha pintada de verde, ela vai sempre ser vermelha porque sua essência é essa, nunca a maçã pode se sentir verde se seu verdadeiro ser é vermelho. Liberdade de escolha é um complexo ingrediente temporal onde remontamos uma rede quântica espacial, ou seja, existi varias escolhas e vamos saltar para a que mais seja da probabilidade. Mesmo assim, somos condenados a escolhas que as pessoas nos fazem escolher, para sermos aceitos e entrar dentro de seus conceitos e sermos admirados por isso.

Isso é uma verdade até mesmo para as ideologias que remontam as teorias do melhor sistema político que poderíamos ter. Porque por mais que tenhamos uma autocrítica de tudo, sempre fica claro que somos e pensamos porque o outro me disse que isso é bom ou não, ou seja, sempre vamos ser perseguidos pelo “tenho que”. Ai vários pensamentos vão ficar claros quando você se depara com essas duas palavras de ordem do conceito humano, como um mantra que faz do ser humano um ser escravo de seu próprio pensamento. Por que “tenho que?” Porque na maioria das vezes, isso faz dentro de seu subconsciente o caminho da escravidão perpetua. A cobrança e as próprias cobranças de si mesmo, o ser humano é infeliz em si próprio, ele é e sempre será infeliz porque vai ficar rodando a roda eterna de não querer ser feliz por causa “tenho que”.

Enquanto houver o medo no espírito humano sempre irá existir a prisão do conceito, sempre haverá egoísmo, sempre haverá discórdia. Porque por mais que queiramos ser libertos, sempre optamos em não ser por vários motivos que nos fazem seres sociais, uma mentira que se tornara verdade e absolutas para alguns. Mas se somos prisioneiros de ideologias, religiões e tudo mais, então não estamos livres nem em nossas escolhas e isso vem do medo da solidão e assim somos sozinhos, porque vamos sempre agradar aos outros e não agradar a si mesmos. Mas acredito que a humanidade acordará de seu sono ilusório e se defrontara não com deuses ou extraterretres, mas consigo próprio, ai descobrira que a verdade esta ali dentro.