terça-feira, junho 04, 2019

Quem disse que Neymar Jr é jogador? - aqui está falando o coaching do fracasso









Derrubar ídolos - isso sim, já faz parte do meu ofício.”
Friedrich Nietzsche

Amauri Nolasco Sanches Junior

Eu nunca fui fã de futebol e estou pouco me fodendo para qualquer campeonato do mundo inteiro. Quem liga se o Corinthians ganhou ou não? Ou que o Palmeiras ganhou ou perdeu pontos? Detesto quando estou escrevendo, vem um bando de debeis mentais soltarem rojões – como se aquilo fosse fogos – na nossa orelha comemorando o jogador ganhar dinheiro. Também, dês do Santos, nunca achei que o Neymar fosse um jogador excepcional do tipo de Pelé ou de um Mané Garrincha (que eu acho melhor que o Pelé).

Mas, como ele só é um produto da mídia, quero falar da cultura do “machinho” que é muito difundida aqui no Brasil. Primeiro, somos uma cultura em que predomina uma visão cristã, uma visão que os fracassados serão acolhidos pelo Senhor para serem feliz no paraíso. Só para começar, isso não existe, o que existe são fracassados que estão vivos – que não conseguem ler um livro sequer – e existem fracassados mortos que serão espíritos fracassados (você pode acreditar ou não, mas, vai continuar um espírito fracassado). O fracassado é o espírito decadente que renega a vida para projetar uma coisa que pode ou não acontecer, porque o agora ele não é nada. Aliás, o macho alfa, na verdade, é um fracassado que acha que pega todas e tem uma “puta” frustração da sexualidade dele. Deveria ser de boa e arranjar alguém e sossegar o facho. Mesmo o porquê. a traição dá muito trabalho.

A minha questão é muito mais dessa discussão de rede social que leva ao escarnio burro e a miséria intelectual – além de transformar redes sociais como o Twitter uma parece de banheiro publico – que se agarrou na nossa cultura. O que aprendemos com o caso do Neymar Jr? Para começar, ele é um produto de um pai que não deu certo. Em algum momento, alguém ouviu falar no pai do Neymar? Não. No mesmo modo, existem vários pais que queriam ser médico e não conseguindo ser, projeta o filho a ser médico. Vai ser um médico fracassado e pode matar várias pessoas. Assim, com existem pais que nunca tiveram a coragem de ser engenheiro civil, projetam no filho um engenheiros. Prédios caem.

Depois, temos uma cultura do poder, ou seja, quem tem dinheiro ou fama, acaba sendo um mito. Na verdade, o jogador Neymar Jr – não só ele como todo jogador ou ídoloé um produto de marketing para vender um herói que não existe. Como eu disse, o Neymar não é um excelente jogador (nem ruim), teve só uma propaganda boa. Mas, também, tem o mesmo vicio de qualquer jogador ou ídolo qualquer, se achar o “fodão”. Ele tem que saber que as mulheres vão se aproximar por causa da grana e ainda mais, na nossa cultura, que o poder e a fama é uma “vantagem”. Temos a cultura da vaidade (que seria um pecado, já que vaidade é um pecado capital). O rei Salomão – se foi ele mesmo – escreveu, no Eclesiastes, que tudo é vaidade. Por quê? O ser humano é um animal social, como animal social, é sucessível a sempre ter um status acima do outro por se impor ao outro. Muitos dizem que é culpa da ideologia capitalista, mas, não é.

O comportamento de ter muitas coisas (território) e ter várias fêmeas (mulheres), pode ser vistos com frequência no comportamento dos nossos primos biológicos, chipanzés. O interessante é que quando você tem muito mais estudo e tem muito maia visão crítica, essa necessidade vai ficando cada vez menor e a visão de ter menos e com qualidade, vai ficando cada vez mais frequente. Um homem com estudo sabe que deve ter menos coisas – quanto mais você tem, você gasta mais – e você deve ter uma única mulher e ficar de boa. Se você tiver uma mansão, por exemplo, você vai pagar mais IPTU, mais contas, mais empregados e etc. Se tiver um carro caro, a manutenção vai ser muito mais cara. Uma mulher você cresce com ela, ama só ela, você se dedica a ela. Traição é um erro, não no sentido só ético, mas, no sentido muito mais barato e prático ser fiel. Você tem que esconder. Você tem que vigiar toda hora o celular. Você tem que mentir e bancar a mentira. Pagar para manter outra família escondida. A questão vai além da moral.

Portanto, hoje com o advento da internet, temos ídolos de areia que só no chute, são desfarelados.