terça-feira, setembro 11, 2007

O que é propaganda?

Fico me perguntando o por que eu, um futuro publicitário, ainda não escrevi sobre propaganda? Bem, quero me redimir disso falando um pouco sobre esse assunto que é muito interessante e mostra que muitos dos conceitos que hoje rodeiam a humanidade foram feitos em cima da propaganda.

Primeiro: publicidade é uma palavra de origem publico, que é algo para dizer ou espalhar entre publico que na grande maioria, sempre deve ser levado a conhecer. Segundo: vamos ver propaganda que tem origem do termo latim “propagare”, esse que foi exposto pela igreja para uma melhor propagação para os evangelhos. As duas palavras remontam algo como “propagar ao publico” alguma ideologia, produto ou serviço que tem que ser levado para o grande publico em geral. Em geral, muitas pessoas associam a propaganda aos meios varejistas apenas, ou seja, a propaganda para a maioria só poderá ser feita para a venda de produtos e não é verdade.

A propaganda não é uma coisa nova, é muito antiga e remonta uma história dês das idades antigas, sendo placas de argila encontradas com divulgações de muitas coisas. Mas quem melhor usou a propaganda foi a igreja medieval que queria o domínio de todo mundo e assim o fez em nome dos evangelhos canônicos, fazendo com que as pessoas acreditassem que a salvação seria por eles e no juízo final, poderiam ressuscitar para um mundo melhor sem pecados. Depois de muito tempo de domínio pelo medo e pela crença irracional, foram encontrados vários termos que não encaixavam em algumas falas, ficando como se Cristo tivesse duas personalidades. Sendo assim, a Vulgata foi uma manipulação de vários termos para propagar a fé que ela queria que o povo tivesse, então o termo propagare poderia ser feito sem dizer as verdades; porque se digo as verdades de fato, poderei fazer com que as minhas verdades não sejam aceitas como eu quero; portanto, a propaganda foi associada à enganação, que até hoje, é levado a manipulação tanto ideológica quanto religiosa. Isso será devidamente usado pelos políticos futuramente graças ao comunismo soviético e o nazismo alemão que dará outro enfoque para o termo até então, como medida de atingir a massa, ou seja, a população em geral.

O ministro da propaganda nazista, Joseph Goebbels, dizia que uma mentira contada muitas vezes viraria verdade. Contrariando minha ex-professora de psicologia, mentiras e verdades são reflexos daquilo que aprendemos e são conceitos que formamos daquilo que vemos ou ouvimos; portanto, a televisão e o cinema – quanto divulgador de massas – faz para divulgar as ideologias e os conceitos. Hitler queria atingir a maioria do povo alemão, ele usou o cinema como divulgador de sua ideologia assim propagando ela; uma mentira ideológica que se tornou verdade e que até hoje tem essa maneira política de divulgação de idéias, sendo chamada de populismo. A psicologia hoje tem tratado essa frase como inverdade, mas vamos pensar um pouco, se algumas idéias são manipuladas para nos levar que aquilo é melhor; se o melhor às vezes é relativo, então não existe verdade. Hoje se propaga uma ideologia chamada comunista, sendo que, não pode deixar de ser raciocinada com suas vertentes soviéticas e cubanas. O socialismo soviético após a revolução russa em 1917, teve uma divulgação muito amplamente difundida na massa graças ao Manifesto Comunista de Karl Marx e sua obra; o mundo operário encontra uma solução para seus problemas e o porque que eles eram explorados. Na verdade é uma ideologia não pacifista por visar a revolução da quebra da propriedade privada. Após a morte de Lênin o idealizador de toda a revolução, que não pensem que ele não matou porque ele matou muito, Stalin toma seu lugar e forma uma ideologia sua e que nada o segurou, levando o estado soviético a ascensão até o fim da sua vida. Tanto a ideologia nazista da raça pura (que duvido que tenha pureza e perfeição humana e se um dia tivemos uma raça pura) tanto o comunismo soviético e o cubano (que visa o Estado como regularizador de renda social e propagador de miséria, como um capitalismo estatal), são meias verdades em ideologias propagadas para convencer a massa de suas idéias; mas longe da verdade, eram apenas a suas verdades que contadas muitas vezes viraram verdades absolutas.

Sonhos numa noite de verão, como na obra de Shakespeare, existe um mundo da realidade e outro da fantasia. Essas duas ideologias seguiram num mundo fantasioso dentro da realidade. Realidade que ainda é manipulada por certos setores dentro da ideologia democrática, como a norte – americana e as européias, que visam a liberdade de pensamento. A norte-americana visa liberdade, mas sabemos que muitos discos e livros tanto pela capa quanto os conteúdos, foram censurados. Isso é a prova cabal que mentiras contadas muitas vezes se tornam verdades, como os yanques divulgam as ideologias capitalistas como sendo sinônimos de liberdade, não sendo assim que tudo acontece. Isso se chama trapaça ideológica, ou seja, engana-se um pensamento universal para cobrir-lo de verdades ideológicas que nos querem convencer; criando um véu psíquico que vai idealizar e ser visto como real. Já paramos para penar que o homem indo para a lua, pode ser uma propaganda ideológica que foi contada muitas vezes que se tornou verdade? Assim uma mentira contada muitas vezes se torna verdade, se torna o foco de todo o pensamento, como algo que ao mesmo tempo fica no mundo da fantasia e ao mesmo tempo no mundo da realidade.

Chegamos a ponto de aclamarmos o mito da caverna platônico, que seres humanos acorrentados dês da mais tenra idade, numa caverna onde só há um fogo que seres atrás desse fogo produzem sombras que esses homens pensam ser a realidade. Mas um deles escapa dessas correntes e vai ao encontro da entrada, a luz forte cega o por um tempo, mas ao acostumar a luz vê que aquele mundo onde vivia e aquelas sombras onde via e pensava ser a realidade, só é fantasia dos seres atrás do fogo eterno. As sombras são as fantasias que as ideologias e religiões querem nos por como verdadeiras realidades, mas os sábios que entendem as essências dessas sabem que são apenas sonhos numa noite de verão. Na realidade, junto com o conceito de ideologias que tanto a igreja e os conceitos políticos totalitários na segunda metade do século vinte mostraram, deixou a propaganda capitalista de venda e procura com cara de sombra; como muitas vezes vimos em propagandas de cerveja, criando a idéia de que o sujeito que bebe cerveja é cercado de mulheres bonitas e vive feliz. Mas sabemos muitos bem que isso não é verdade, porque nem toda mulher gosta de cerveja e homem que vive no bar bebendo, além de conter inúmeros pensamentos machistas que mulher não bebe cerveja e que apenas acompanha o homem ao estabelecimento. Um vicio que vai além do químico que remonta o vicio ideológico do pensamento da massa, que fazendo o que muitos fazem vamos ser aceitos como atuantes daquele meio. Não que eu não faço ou bebo, beber uma latinha de vez e nunca tudo bem, mas ser escravo de um habito como foi provado ser um processo social de aceitação, é ser escravo de uma ideologia manifestada como esquecimento de alguma frustração (processo analgésico de não aceitação da realidade), processo de liberdade (não aceitação de regras e deveres com o estado de direito), mostrar que os seus hábitos são os mesmos com que o processo de aceitação precisa ser feito e que é uma pessoa forte (ideologia que mostra uma substancia química dar força a si mesmo, ou seja, algo externo para se acreditar em si mesmo).

A chamada “balada” é apenas uma maneira ideológica que o capitalismo fez para o consumo ser mais aflorado e a industria lucrar, como de bebidas e cigarros e a da camisinhas. A propaganda se prostituiu para melhor servir tanto o campo político quanto o campo capitalista, manipulando o ser humano a tragédia de servir a ideologias que não trazem felicidade, mas um momento feliz. O mesmo, podemos dizer a idéia da liberdade, sendo acreditada como um processo de crescimento do espírito, mas poderíamos perguntar a si mesmos o que seria essa liberdade? Será mesmo que somos condenados a sermos livres tendo que amar, tendo de ler, tendo de pensar, tendo que ver tudo que falam para nós fazemos dentro das ideologias capitalistas? Como um futuro publicitário, tenho pensado que poderei fazer famílias se separarem, posso fazer seres humanos se viciarem porque tenho que convencer eles a consumir, tenho que contar muitas vezes mentiras para elas se tornarem verdades. Porem talvez tenha a habilidade de convencer as pessoas e isso é bom, tornar um publicitário filosofo, uma modalidade nova dentro do mais vasto mundo publicitário.