Por Amauri Nolasco Sanches
Junior.
''Qual
é a face de um covarde? É a nuca, quando ele foge de uma
briga!''
Frank Underwood (House Of Cards)
Frank Underwood (House Of Cards)
Essa
frase de Frank Underwood (Kevin Spacey) quer explicar o covarde,
porque a face de um covarde sempre é a nuca e lembrei de um monte de
pessoas que “agitam”, falam e depois, caem fora. Isso acontece em
todos os níveis e é bem o retrato do nosso “amado” povo, porque
a covardia se transveste de interesses ou vantagens. Dai lancei uma
pergunta ao meu Facebook: nosso povo é politizado ou é uma
demonstração (mais uma delas) de “modinha”? Ou é só uma
maneira de sermos aceitos em uma das “turminhas”? Na verdade,
nosso povo é maquiavélico, porque sempre justifica qualquer meio
para se chegar a um fim e nem sempre esse meio, é o meio reto de se
fazer as coisas.
Quando
o pessoal repete aquela famosa frase de Aristóteles que o homem é
um animal politico, não entende o contexto que essa frase foi
escrita e nem o que acontecia no cenário politico nessa época.
Quando Aristóteles escreveu essa frase, o cenário politico grego
era de “politikons” que eram os homens que pensavam no bem
publico, eram altruístas e eram ativos para dar a “polis” a
grandeza sempre, agora existia o inverso, o “idiotices” eram
homens que pensavam em si mesmo, só pensavam no seu próprio bem.
Então, quando ler ou ouvir algo, pesquise e leia sobre isso e não
publique coisas que nunca existiram. Porque a frase tem um
significado muito mais profundo do que esses pseudos-pensadores que
não passam de doutrinadores para levar, hora uma ideia que não
existe, hora ideias para a doutrinação de uma ideologia que a massa
deve apoiar e isso também é a politização dos “idiotas uteis”.
Mas o que deve ser um idiota útil?
Muito
provavelmente, isso não sei ao certo, Lenin deve ter usado o termo
“idiota” como um ser que não tem as facilidades mentais normais
e precisa de tutores, é o que os governantes populistas fazem, eles
criam uma imagem de tutelado. É o que o próprio Marx vai chamar de
“alienação”, ou seja, o capitalismo (industrialização), vai
colocar a cultura e os meios culturais para doutrinar os meios do
ensino para que o trabalhador não questione a maneira que ele é
tratado e que existe a mais valia (o pagamento do trabalhador muito
menos do que o produto que ele produz), e também, dar mais serviço
para ele não refletir. Isso não podemos negar que a
industrialização fez e depois o capitalismo, o que houve e isso
algumas pessoas contra o comunismo socialista – muitas delas nem
leram Karl Marx e nem sabem o que é o verdadeiro marxismo –
confunde a deturbação soviética do marxismo e o marxismo em si
mesmo. Lógico que muitas ideias de Marx chegam a ser utópicas e
sem fundamento – a suposta guerra de classes que não existe porque
não existe dois seres humanos iguais, entre outras coisas – mas
não são nem 1% do que ele próprio escreveu e sim, um comunismo que
não existe nas obras marxistas. Só
por analisar essa ínfima falha do pensamento daqui, nós já sabemos
como a maioria analisa, sempre o que os outros dizem. Isso é
perigoso, tanto do lado a favor, quanto o lado contra.
O
lado a favor ainda tem um discurso contraditório, porque dizem que o
“bolsa-família” tirou muitas pessoas da miséria, mas
ao mesmo tempo, diz que existem muitas pessoas que não tem estudo
por exatamente o que comer. Ora, ou uma coisa ajudou ou não ajudou,
desculpas para justificar um fim não são meios para justificar um
fim que é o fim politico, pois a politica não é o que “Fulano”
fez no quintal da minha casa, mas numa nação em geral. Outra
coisa, quem disse que o PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro) é
de direita? Até aonde sabemos – pelos menos aqueles que acompanham
de modo neutro a politica – eles sempre tiveram uma politica de
centro-esquerda é só ver as entrevistas do FHC. Mas não estou
dizendo que o PSDB está certo ou está errado, estou dizendo o que é
certo e o que é a verdade, porque aqui se separaram muito as coisas
de modo perigoso como se todo cara de esquerda tivesse que ser
comunista e todo cara que fosse de direita tivesse que ser
capitalista. O
Brasil não entendeu ainda que ser politizado não é falar mal do
partido do governo ou apoiar o
partido do governo, não é ser de esquerda e de direita, não é
porque o “filosofo” disse que o partido do governo vai dominar o
mundo que ele é o máximo, jornalistas que falam contra o governo é
o máximo, ou quem defende os pobres e oprimidos. Politica tem a ver
com condutas sociais de um indivíduo com o corpo social, pois
queremos ou não, a sociedade querendo ou não, somos uma comunidade
e comunidade tem suas regras politicas, morais e éticas. Reflexo
disso estamos assistindo no meio politico (no executivo) hoje. Não
é porque um partido faz o que gostamos que ela está certo sempre e
nem o que não gostamos ele está errado sempre, há no meio politico
verdadeiro uma critica neutra dos fatos, sem no modo sentimental da
coisa, sem interferir na nossa empatia ou simpatia.
O
problema
de toda analise, pelo menos aqui, sempre passa pelo crivo da emoção
e não no crivo da razão e fica uma discussão rasa e pobre. Fica
apenas criticas vazias de uma analise que não se tem base de
informação para acontecer, ninguém que é contra o comunismo leu
nenhuma obra comunista (talvez nem uma obra politica) e quem é
a favor também nem leu obras comunistas, obras liberais e nada que
faz uma critica a favor ou contra o regime comunista. Poque uma
critica nem sempre é para julgar algo, mas sim, uma analise muito
mais aprimorada daquilo que se propõe e isso é importante dentro de
uma analise dentro de qualquer doutrina – seja o modo ideológico
ou o modo religioso – porque a critica pode ser sim construtiva em
base das propostas e soluções. Os termos adjetivos como “coxinha”,
“reaça”, “milico”, “petralha”, são só modos infantis
de analise rasa e que em se tratando de politica, fica um debate
muito mais de “bate boca” do que um debate serio e sem premissas
pouco analíticas.
Então, cheguei ao ponto que deveríamos chegar, ou seja, um contra o
outro para instalar o caos e depois dar a solução e a solução
sempre é a ideologia que o partido prega.
Quando
temos prioridades além das diversas ideologias que vimos por ai,
vimos
a politica um pouco mais além do que o senso comum consegue
enxergar. Não vou deixar de ser cadeirante por ser de esquerda, não
vou deixar de ser cadeirante por ser de direita, mas a lei e os
benefícios devem ser para todos. Acontece que nunca os governos com
uma proposta liberal (que o pessoal chama de direita), faz promessas
de mudar alguma
coisas no que algumas correntes dizem ser a “minorias”. Acontece
que o governo que se diz de esquerda – que
nem sempre é comunista, socialista ou de satã – prometem
e nem sempre cumprem como no caso do governo que defende politicas
sociais, mas quando se questiona essas politicas (quando não feitas)
fazem “corpo mole” e não fazem mesmo. Sera que a grande maioria
não enxerga isso? Sera que o povo vai realmente pensar direito? Até
lá, só iremos ver nucas