quinta-feira, março 26, 2015

Politização dos “idiotas uteis”.






Por Amauri Nolasco Sanches Junior.


''Qual é a face de um covarde? É a nuca, quando ele foge de uma briga!''
Frank Underwood (House Of Cards)


Essa frase de Frank Underwood (Kevin Spacey) quer explicar o covarde, porque a face de um covarde sempre é a nuca e lembrei de um monte de pessoas que “agitam”, falam e depois, caem fora. Isso acontece em todos os níveis e é bem o retrato do nosso “amado” povo, porque a covardia se transveste de interesses ou vantagens. Dai lancei uma pergunta ao meu Facebook: nosso povo é politizado ou é uma demonstração (mais uma delas) de “modinha”? Ou é só uma maneira de sermos aceitos em uma das “turminhas”? Na verdade, nosso povo é maquiavélico, porque sempre justifica qualquer meio para se chegar a um fim e nem sempre esse meio, é o meio reto de se fazer as coisas.

Quando o pessoal repete aquela famosa frase de Aristóteles que o homem é um animal politico, não entende o contexto que essa frase foi escrita e nem o que acontecia no cenário politico nessa época. Quando Aristóteles escreveu essa frase, o cenário politico grego era de “politikons” que eram os homens que pensavam no bem publico, eram altruístas e eram ativos para dar a “polis” a grandeza sempre, agora existia o inverso, o “idiotices” eram homens que pensavam em si mesmo, só pensavam no seu próprio bem. Então, quando ler ou ouvir algo, pesquise e leia sobre isso e não publique coisas que nunca existiram. Porque a frase tem um significado muito mais profundo do que esses pseudos-pensadores que não passam de doutrinadores para levar, hora uma ideia que não existe, hora ideias para a doutrinação de uma ideologia que a massa deve apoiar e isso também é a politização dos “idiotas uteis”. Mas o que deve ser um idiota útil?

Muito provavelmente, isso não sei ao certo, Lenin deve ter usado o termo “idiota” como um ser que não tem as facilidades mentais normais e precisa de tutores, é o que os governantes populistas fazem, eles criam uma imagem de tutelado. É o que o próprio Marx vai chamar de “alienação”, ou seja, o capitalismo (industrialização), vai colocar a cultura e os meios culturais para doutrinar os meios do ensino para que o trabalhador não questione a maneira que ele é tratado e que existe a mais valia (o pagamento do trabalhador muito menos do que o produto que ele produz), e também, dar mais serviço para ele não refletir. Isso não podemos negar que a industrialização fez e depois o capitalismo, o que houve e isso algumas pessoas contra o comunismo socialista – muitas delas nem leram Karl Marx e nem sabem o que é o verdadeiro marxismo – confunde a deturbação soviética do marxismo e o marxismo em si mesmo. Lógico que muitas ideias de Marx chegam a ser utópicas e sem fundamento – a suposta guerra de classes que não existe porque não existe dois seres humanos iguais, entre outras coisas – mas não são nem 1% do que ele próprio escreveu e sim, um comunismo que não existe nas obras marxistas. Só por analisar essa ínfima falha do pensamento daqui, nós já sabemos como a maioria analisa, sempre o que os outros dizem. Isso é perigoso, tanto do lado a favor, quanto o lado contra.

O lado a favor ainda tem um discurso contraditório, porque dizem que o “bolsa-família” tirou muitas pessoas da miséria, mas ao mesmo tempo, diz que existem muitas pessoas que não tem estudo por exatamente o que comer. Ora, ou uma coisa ajudou ou não ajudou, desculpas para justificar um fim não são meios para justificar um fim que é o fim politico, pois a politica não é o que “Fulano” fez no quintal da minha casa, mas numa nação em geral. Outra coisa, quem disse que o PSDB (Partido Social Democrata Brasileiro) é de direita? Até aonde sabemos – pelos menos aqueles que acompanham de modo neutro a politica – eles sempre tiveram uma politica de centro-esquerda é só ver as entrevistas do FHC. Mas não estou dizendo que o PSDB está certo ou está errado, estou dizendo o que é certo e o que é a verdade, porque aqui se separaram muito as coisas de modo perigoso como se todo cara de esquerda tivesse que ser comunista e todo cara que fosse de direita tivesse que ser capitalista. O Brasil não entendeu ainda que ser politizado não é falar mal do partido do governo ou apoiar o partido do governo, não é ser de esquerda e de direita, não é porque o “filosofo” disse que o partido do governo vai dominar o mundo que ele é o máximo, jornalistas que falam contra o governo é o máximo, ou quem defende os pobres e oprimidos. Politica tem a ver com condutas sociais de um indivíduo com o corpo social, pois queremos ou não, a sociedade querendo ou não, somos uma comunidade e comunidade tem suas regras politicas, morais e éticas. Reflexo disso estamos assistindo no meio politico (no executivo) hoje. Não é porque um partido faz o que gostamos que ela está certo sempre e nem o que não gostamos ele está errado sempre, há no meio politico verdadeiro uma critica neutra dos fatos, sem no modo sentimental da coisa, sem interferir na nossa empatia ou simpatia.

O problema de toda analise, pelo menos aqui, sempre passa pelo crivo da emoção e não no crivo da razão e fica uma discussão rasa e pobre. Fica apenas criticas vazias de uma analise que não se tem base de informação para acontecer, ninguém que é contra o comunismo leu nenhuma obra comunista (talvez nem uma obra politica) e quem é a favor também nem leu obras comunistas, obras liberais e nada que faz uma critica a favor ou contra o regime comunista. Poque uma critica nem sempre é para julgar algo, mas sim, uma analise muito mais aprimorada daquilo que se propõe e isso é importante dentro de uma analise dentro de qualquer doutrina – seja o modo ideológico ou o modo religioso – porque a critica pode ser sim construtiva em base das propostas e soluções. Os termos adjetivos como “coxinha”, “reaça”, “milico”, “petralha”, são só modos infantis de analise rasa e que em se tratando de politica, fica um debate muito mais de “bate boca” do que um debate serio e sem premissas pouco analíticas. Então, cheguei ao ponto que deveríamos chegar, ou seja, um contra o outro para instalar o caos e depois dar a solução e a solução sempre é a ideologia que o partido prega.


Quando temos prioridades além das diversas ideologias que vimos por ai, vimos a politica um pouco mais além do que o senso comum consegue enxergar. Não vou deixar de ser cadeirante por ser de esquerda, não vou deixar de ser cadeirante por ser de direita, mas a lei e os benefícios devem ser para todos. Acontece que nunca os governos com uma proposta liberal (que o pessoal chama de direita), faz promessas de mudar alguma coisas no que algumas correntes dizem ser a “minorias”. Acontece que o governo que se diz de esquerda – que nem sempre é comunista, socialista ou de satã – prometem e nem sempre cumprem como no caso do governo que defende politicas sociais, mas quando se questiona essas politicas (quando não feitas) fazem “corpo mole” e não fazem mesmo. Sera que a grande maioria não enxerga isso? Sera que o povo vai realmente pensar direito? Até lá, só iremos ver nucas