domingo, dezembro 14, 2008

Perguntas relevantes





Por que pagamos pelo mundo onde nascemos?

É uma pergunta muito interessante, põe muita coisa para nós pensarmos e que o mundo onde vivemos tem que ser pago, tudo é uma maneira de consumo. Mas isso não é culpa do outro, mas de nós mesmos diante de fatos e de desejos que pensamos ser para nossa felicidade. Essa pergunta foi feita numa palestra que vi no You Tube onde o palestrante diz ter recebido essa pergunta dos habitantes do sistema de Andrômeda, que eles fizeram essa pergunta por ver nós consumir coisas, ter que pagar para usufruir o que nasceu para nós mesmos. Eu nem vou entrar no mérito se é ou não é verdadeiro isso, como sempre digo, tem que ser analisado dentro do critério da razão, o logos grego. Mas também digo que onde há fumaça, pode ter fogo, são muitos relatos, mas não entrarei nesse mérito como eu disse.

Dentro dessa pergunta está a sociedade do século vinte, onde duas guerras devastadoras varreram a Europa, por interesses financeiros e de cunho da supremacia de nações. Mas o mais triste disso, é o fim de um regime que desejava a suprema condição de ser o mais de todas as nações européias, mesmo assim, duas ideologias se atacavam entre si e o medo pairou no ar. Muita coisa UfO, veio da Guerra Fria, porque muitas coisas que diziam ser objetos não identificados eram na verdade espiões tanto russos como norte-americanos. Mas como toda supremacia, vence aquela que tem mais competência de estabelecer e ganhou o capitalismo por essa “briguinha” está desgastada. Tudo é consumo, até mesmo o socialismo se fomos pensar, ou será que uma camiseta do Che Guevara ou uma bandeira não compramos? Até para se filiar nos partidos dito socialistas, é obrigatório pagar uma taxa todo mês, o Partido dos Trabalhadores que o diga.

Mas são apenas ideologias pobres de conceitos mais pobres ainda de um mundo ocidental que o que seguem uma coisa são malzinhos e o que seguem outras que são “bonzinhos”. Como agora, os terroristas radicais islâmicos são malzinhos o os yanques e a democracia da liberdade são os bonzinhos, pois a maneira de viver norte-americana é a ideal para uma vida melhor. Não estou falando que a culpa da pobreza humana seja só deles, mas será que o modelo deles é o padrão de governo e vida ideal? Mas também não se iludimos que a melhor maneira é a socialista, pois o senso comum é cruel e muito com aqueles que não seguem seus padrões comportamentais, sua cultura vigente e a idéia da globalização, seria se fosse séria, uma troca de experiências culturais isso não acontece. Ainda não estudamos com mente aberta, tanto o pensamento oriental como a política moral-cultural do oriente e do oriente – médio para analisarmos direito, porque eles querem guerra mortal contra o império ocidental, ou seja, Estados Unidos da América e tem mais, eles não são toda a América. Não queremos aprender com as culturas, nós ocidentais queremos impor a nossa como a verdade absoluta, não é verdade, como Nietzsche mesmo disse, não existem verdades absolutas nem fatos eternos. Então temos que avaliar o que é verdade que acreditamos, a busca dessa é um deus que idealizamos, pois para cada ideologia é uma verdade que vamos acreditar uma verdade que ficamos pensando, pensar é sempre ficarmos ciente que podemos existir.

Epicuro dizia que o ser humano se preocupa muito com os deuses e se preocupa menos com a vida aqui. Ora, os deuses estão lá pouco preocupados com o ser humano, pois para eles, o ser humano era reles animais que raciocinam. Os gregos não tinham a essência do Deus cristão, mas deuses que reverenciavam a custa de cada fenômeno, mas isso trazia uma angustia que virava ansiosidade e faziam muitos a uma situação desnecessária. Qual é seus deuses? O carro novo de dez prestações que você cuida como se fosse seu filho? Deixa de comprar algo necessário para você ou para sua família, indo a jogos de futebol ou gastando “rios” de dinheiro em rojões para comemoração? Não estou julgando ninguém absolutamente, estou dizendo que fazemos deuses desnecessários para engrandecer nossa vaidade, nossa vaidade é nosso maior deus. Isso nos deixa ansioso.

Quando pensamos num mundo que nascemos podemos ter a certeza que cada componente de nosso corpo faz parte da cadeia química do universo (do pó viemos e do pó voltamos), é a regra básica de toda estrutura química – biológica. Então para quê pagarmos por aquilo que compõem nosso corpo, nossa estrutura genética que por milhares de anos tem nos sustentado dentro do planeta? Se fomos criados ou evoluídos pouco importa, não faço a mínima idéia, mas nascemos aqui e vamos morrer aqui e essa é a regra do mundo, essa é a regra do universo e isso não vamos fugir; para o Criador ninguém é mais “bonitinho” ou mais “feinho”, todos são iguais perante o universo. Não estou falando também de pobreza ou riqueza, estou falando em sempre querer o melhor, querer a abundancia para si sempre.

Na verdade são apenas títulos que damos as pessoas, são como nós, nem mais e nem menos. Uma coisa que não esquecemos mais é o pensamento de Sartre que diz, não interessa o que as pessoas fazem de você, mas o que você faz o que fazem de você. O mesmo acontece conosco também, se darmos o poder para outra pessoa a outra pessoa vai acreditar que é poderosa, ela fez o que fazemos dela um ideal. O ideal dela vai ser nos comandar e cobrar por aquilo que temos direito e assim, vamos pagar por tudo porque damos poder a essas pessoas e elas vão se “achar” donas de nossas vidas; não que não devemos pagar nada, se um individuo trabalhou deve receber aquilo que trabalhou, mas é raciocinar o “porque” se paga por aquilo, porque não escolher outro de nosso gosto, são mistérios cheios de teorias. O ser humano tem veneração por mistérios e encher eles de lendas, mas as vezes o obvio é o mais provável e não estou falando de acreditar nos governos ou no noticiários, porque sabemos que muita coisa é manipulada sim, não podemos negar. Mas analisar o “porque” aconteceu isso é a base para um senso critico um senso que muitos dizem ser cartesiano, pois se analisa entre causas e efeitos que para mim tem certo relativismo.

Chegamos a duas teorias interessantes que é o materialismo histórico e o cartesianismo racional. O primeiro diz respeito a teoria de Karl Marx (1818 - 1883) e Friedrich Engels (1818-1883), tudo que possa ser relacionado dentro da sociedade e sua história, vem dos meios de produção que a “burguesia” sustenta dês dos tempos remotos e foi um pouco por ai que se deu a Teoria Critica ou Teoria da Comunicação que a Escola de Frankfurt vai elaborara (depois volto abordar), por hora vamos entrar mais nisso. Os senhores dos feudos suprimiam os vassalos, os egípcios suprimiam os trabalhadores hebraicos e por ai vai, tudo que aconteceu dentro da historia humana, vem do fato que temos que ter produção, o povão tem que produzir para termos tudo isso que enxergamos. Daí temos que ter ignorância para ter mais filhos e não pensar, não ter um senso critico das coisas, mesmo uma nação que não tem muito analfabetismo as escolas vão ensinar o que se interessa ensinar. Eu vou dar o meu exemplo, porque aprendi muita coisa sozinho do que em algumas instituições de ensino que “diz” ensinar, agora posso dizer com propriedade, a universidade “emburrece”. Tudo que eu sei quase esqueci por causa de informações que dizem ser cientificas, mas isso é uma outra historia, é mais um fato da industria cultural. Vamos agora ao cartesianismo que veio, quem não sabe, do filosofo francês Rene Descartes (1596-1650).

Descartes vai desenvolver um método cético para os céticos, ou seja, se temos que ser céticos com as coisas temos que ir ao estremo. Quando duvidamos temos que ter a certeza daquilo que duvidamos, se duvidamos a algo que nos ensinaram na religião temos que saber até da onde veio essa duvida, porque que existe aquele ensinamento e porque temos aquela idéia em nós inata. Se duvidamos a nossa duvida é para uma coisa existente, só podemos provar aquilo que podemos ver e tocar, mas quem prova que aquilo existe mesmo ou é algo que nossa mente produz, então se minha duvida é a duvida da duvida, então eu posso pensar e ver que eu tenho a capacidade de raciocínio. Descartes diz que somos “coisas pensantes” (res cogitans), porque temos a capacidade da duvida, se eu duvido eu logo vou pensar e se eu penso eu tenho a convicção que eu existo. O eu “existo” entra na “coisa extensa” (res extensa), sou uma extensão de o meu pensar, porque posso ver aquilo que eu vejo, mas eu duvido que aquilo exista. Sai daí a frase famosa dele “Cogito ergo sun”, ou em bom português, “penso, logo existo”, pois o meu pensar é a extensão do meu existir e faz nós a ter escolhas. Mas não foi por ai que Descartes pôs esse método, ele quis dar um “nó” nos céticos e tirou uma deles dizendo que se a minha duvida não pode ser provada, entre em existir e não existir prefiro o existir. Por quê? Porque já está inata em nossa mente a idéia da idéia daquilo que existe, pois o debate teológico nunca vai ter fim porque não podemos provar se o Criador existe ou não. Mas onde entra o cartesianismo dentro do nosso mundo?

Vamos até a Escola de Frankfurt onde com o manifesto intitulado "Teoria Tradicional e Teoria Crítica” de Max Horkheimer começa a uma critica a sociedade e pegando um pouco de cartesianismo e um pouco de materialismo histórico, para traçar um modelo que fizesse sentido o que seria aquela sociedade industrial. Dentro da Alemanha, o Instituto de Pesquisas Sociais, foi criado para estudar esse fenômeno social; Horkheimer e Adorno (existe mais nomes) começam a explorar o que faria o povo abrir mão de sua liberdade, para se deixar aprisionar por governos ou indústrias. Dentro do Nazismo e fascismo dentro da Europa, eles viram esse fenômeno de perto levando a essa duvida, o que levaria o ser humano abrir mão da sua liberdade. Como o Instituto era financiado por Judeus (sendo Max Horkheimer de família judia também), tiveram que sair da Alemanha nazista e se refugiar na America do norte, nos Estados Unidos. Lá viram outro fator também, a tão famosa Indústria Cultural que domina o homem com sua informação dentro dos meios de comunicação e mais, esse meio também seduz para o consumo de produtos e serviços. Seria uma “crise a razão” (critica ao Funcionalismo), superar isso, era ter a critica daquilo que é nos passado.

Dentro de uma filosofia dentro do moldes do século XX onde se estudou a finco a sociedade do consumo, a sociedade que entrou na era no “espetáculo” que tudo é um jogo de interesses. Guy Debord, demonstrou que a Teoria critica não era só uma “teoria”, mas era a regra de uma minoria dominar a maioria, que industrias e corporações hipnotizavam pela propaganda, mais do que isso que não tem no livro, os meios de comunicação são o quinto poder e vendem a imagem que querem. Muitas bandas ou cantores gravam um disco ou dois, porque são “pops” do momento, consumimos uma musica descartável e ruim que propaga o caos e o auto-desrespeito consigo mesmo. O funcionalismo é apenas uma área e não uma verdade, porque não se pode estudar e conceber, o ser humano quanto um todo porque cada individuo é uma regra, um ser. Daí pagamos pelo mundo que nascemos porque somos seres que damos aos outros o poder das nossas vidas, porque pensamos que aquela pessoa é mais “poderosa” que nós.
Sartre diria que somos metade vitima e metade culpados, porque ao mesmo tempo que somos seduzidos pelos produtos e por trabalhar, somos um culpados que mesmo sabendo disso não fazemos escolhas. Debord mostra que tantos meios de comunicação fazem da vida um espetáculo, que programas alienam que dão um ar de tudo esta bem, mas não está bem. Mas também, podem e devem dar informações boas, concretas. Não temos somente programas sensacionalistas, temos também canais culturais, mesmo que são fracos em termos de cultura de adquirir algum conhecimento, pois uso sempre a expressão “a TV tem controle remoto”, ou seja, podemos trocar de canal. São questões como essa que nos faz refletir sobre muitas coisas, como o porque comer coisas que nos fazem mal, ou beber coisas que nos destroem e ainda mais, negar nossa liberdade por ideais e ideologias que não são nossas e pagar por coisas que nasceram para nos alimentar. Não que essas coisas não devam ser pagas para quem teve o trabalho de cuidar, mas porque pagar alem do que valem como uma cebola por exemplo: que ela custa cada uma R$ 0,10 numa fera ou no próprio local, porque pagar por ela a R$ 1,00 num outro lugar? Só porque vem embalada preparada para o consumo, mas tem agrotóxico e são modificadas geneticamente, para crescer mais rápido e dar lucro mais rápido. Em minha opinião é uma questão de escolha, uma questão que mesmo que cômodo, são casos de idéias ilusórias e insignificantes.

Portanto, pagamos pelo mundo que nascemos por causa de nossas ilusões, nossas vaidades e nossas ansiedades. Nunca podemos fechar nenhuma porta para as possibilidades, para nossos sonhos e desejos, mas não vou dar aqui um “remédio” para o mal de cada um, pois é tarefa de cada um descobri isso. Todo conhecimento é um descobrimento por si só, assim falou Platão, assim falou Jesus, pois cada um possui a sua verdade e essa vai libertar de tudo que você não quer para sua vida. São escolhas a ser feitas, pagar mais ou menos, comer em lanchonetes ou comida saudáveis, ter hábitos bons e nobres, assim faremos tudo que realmente somos destinados a fazer e é plantar uma semente para o amanhã da humanidade.

sábado, novembro 01, 2008

DEFICIÊNCIA E PRECONCEITO



Vamos pensar no momento que estamos dentro de nosso país que não mudou muito dês de quando foi explorado, que alias, continua sendo. Mas vamos lá! Num país que pensa-se que uma pessoa que ganha mil reais por mês é de classe media não é de estranhar a distorção de tantas coisas que na sua importância, não deveriam ser distorcidas. Algumas remanescentes idéias ainda vigoram como classes especiais ou lugares que só abrigam a pessoa com deficiência como se ele ouve-se de ser acometido de uma doença grave, como aqui em São Paulo existem classes especiais da AACD e o estabelecimento estadual (dirigido pela esposa do governador Serra), Estação Especial da Lapa. Onde nada mais é do que depósitos de pessoas, e no caso da Estação Especial da Lapa, são tratados como crianças, mas o caso é um pouco mais grave.

Acabo de ler um artigo em um blog intitulado “APARTHEID CONTRA A PESSOA COM DEFICIÊNCIA” escrito por “Ana Paula Crosara de Resende”, que fala muito bem em uma Apartheid dentro da sociedade com a pessoa com deficiência. Para quem não sabe, Apartheid é uma palavra africana que quer dizer “vida separada” que foi usada pelo regime que os homens brancos detinham o poder e os povos restantes deveriam viver separados dos verdadeiros cidadãos na África do Sul. É o que a autora argumenta, podemos ter leis que regulamentam rampas e portas especiais, mas ao chegar uma pessoa com deficiência para usar ou a rampa ou a porta não existe e ninguém sabe onde enfiaram a chave. Ainda pior, sim caros será pior ler isto, igrejas que pregam a igualdade e as palavras de Jesus Cristo.

Com tudo isso ainda a própria sociedade ignorante e ignóbil, sim para votar num presidente deste só pode, ela mesma faz o papel de exclusão quando olham de cara feias quando um ônibus pára no ponto e demora; o carro de trás começa a buzinar com pressa e ainda ficam os “cochichos” do alem tipo “coitado! Não queria esta assim...”. Eu já ouvi de tudo nesta vida e sinceramente não dei a mínima, porque sei e a prova está no governo, o povo em sua maioria é ignorante. Mas não ignorante de conhecimento, existem mendigos sábios, o que digo é ignorante de entendimento, pois se podem ler milhares de livros e, no entanto, se você não entender o que esta escrito, é e sempre será um ignorante no assunto. Por isso que sempre falo, não existe intelectuais no Brasil, isso é uma afirmação falsa, existe pseudos-intelectuais que repetem o que outros sempre dizem como um bando de papagaios. Ainda pior, onde pensei que encontraria muita inteligência e conhecimento diversos, existe um dos maiores preconceitos que já vi o preconceito acadêmico; não só no que posso ou não fazer, mas eles excluem pessoas religiosas por não terem base cientifica, mas escreverei um artigo sobre isto em breve.

Eu como liderança de uns dos movimentos importante dentro do segmento, Fraternidade Cristã de Pessoa com Deficiência, ouvi muitas coisas e vi muitas coisas. Pessoas sendo acorrentadas por serem deficientes, por terem apenas seus corpos diferentes, que os próprios pais tiram seus filhos dentro da sociedade, tiram do convívio por serem iludidos com religiões medievais que não cabem mais no século vinte e um. Assim, muitos de nós somos excluídos pelos pais que no ápice de sua ignorância e do desespero, se agarram em medos e crenças infundadas. Não deixam seus filhos namorarem, não deixam seus filhos viverem por medo que eles sofram e, no entanto, sofrem com essa atitude. Não é uma forma incoerente de se viver e pensar? Não que não se tenha uma opinião, mas essas pessoas não têm opiniões próprias e vivem se preocupando o que os outros vão dizer, o que os outros vão pensar e para mim, isso não é vida.

Diante disso tudo tenho duas soluções: primeira solução seria fazer uma avaliação psicológica dos pais quando eles recebem a noticia, pois se esses ficarem desesperados diante disto tudo, pode internar que vão sub-proteger essa criança. Entrar numa neurose e conceber qualquer idéia religiosa como se aquela criatura seria castigo divino, ou seja, vai culpar o próprio filho de seus erros do passado; então haveria instituições que ficariam cuidando da pessoa com deficiência, mas como sei que estamos no Brasil e sei que tudo é distorcido, vamos repensar para onde mandaríamos essas pobres almas. Segunda solução seria leis mais rígidas diante desses casos, pois aqui as leis são brandas e até muito fracas diante dessas coisas, levando até quem sabe e num denuncia como cúmplice.

Mas não evoluímos tanto assim dos espartanos para cá, pois quem não sabe, os espartanos jogavam as crianças imperfeitas por não poderem guerrear e serem soldados e não só eles, muitas nações achavam que a imperfeição era castigo dos deuses e matavam seus imperfeitos. Hoje em dia, esses mesmos imperfeitos são escondidos, são acorrentados, trancados em seus quartos por não serem agradáveis ao olharem, por não ser agradável saber que nós temos excitação, que nós também temos fome e vontades. Muitos são como “cachorrinhos”, se dá comida, se dá roupas, e tudo fica bem e ele fica feliz no seu mundinho de faz de conta, mas é apenas mais uma caverna entre muitas outras.

Por que então nossos antepassados lutaram contra se aqui no Brasil ainda temos o preconceito velado? Por que nações morreram para lutar contra o nazismo se seu pensamento é a mais pura essência humana velada na hipocrisia cristã, um preconceito velado dentro do paternalismo cristão? Sabe o que a gestapo, policia nazi, fazia com pessoas como nós? Eles encontravam pessoas com deficiência e nem se davam o trabalho de levar para o campo de concentração, jogavam elas pela janela para terem uma morte digna como determinou o Firher. Só que não evoluímos além disso , nem podemos julgar eles, porque é muito fácil falar dos outros, mas sempre fazemos igual; não é que não se mata, que trancar não seja uma morte, sim o é, uma morte da essência humana que é o sentimento. Nós não podemos sentir nada, porque sentir é motivo de sofrimento, motivo de dar a pessoa com deficiência limitações que ela não pode enfrentar. Ótimo! Estamos ainda vivendo o século dezenove no Brasil, uma religiosidade ainda medieval, onde os senhores feudais limitam o pensar humano.


sábado, outubro 04, 2008

Trabalho com o senso comum



Hoje tive um sonho que na noite anterior (pois fiz uma pergunta para o Criador), 22 de setembro, que me deixou muito calmo perante o que sou e o meu papel em uns dos núcleos de um movimento que cuida da luta das pessoas com deficiência. Primeiro me vi dentro de um avião onde não era bem um avião comum, mas parecia uma sala de convenções toda branca que voava e todos estavam de branco, havia muitas crianças dentro desse avião (ou sala, como queiram), e eu me via numa cadeira de rodas. Eu ia entrar numa sala onde havia pintura e modelagem, recebi um código para entrar nessa sala, mas ela num tinha algum acesso e não passava no degrau, tinha que empurrar algumas estantes para eu entrar. Bem, Lá dentro tinha muitas crianças pintando e modelando, quando olhei para o lado vi nosso presidente olhando e no segundo momento, vi ele dançando e seu rosto mudando de forma.

Era uma pergunta simples que foi respondida simplesmente, ou seja, temos que ver que cada figura de um sonho é uma imagem refletida que o seu inconsciente faz do que pensamos ou agimos. Como podemos ver a imagem do avião? Muitas pessoas ficam no simbolismo junguiano, mas não posso deixar de salientar que cada ser humano é um ser, um individuo, portanto não podemos padronizar um simbolismo. Mas geralmente, um avião é um transporte rápido de grandes distancias que transporta grandes quantidades, nesse especificamente, estava uma sala de convenções muito grande e com uma coluna. Para quê uma coluna segurando um teto numa sala dentro de um avião? Temos que ter esta sustentação dentro de um transporte que pode balançar e cair, então essa coluna sustenta a sala que é a parte social, simplesmente, o avião (provavelmente o rumo que tomei) deve ser sustentado. Tudo branco, inclusive a coluna, então o rumo que tomei deve ser sustentado pela harmonia em todas as áreas sociais. Bem, tinha uma senha para entrar na sala e com características gregas, pois gosto de filosofia e pode ser (não tenho certeza), uma palavra que traduz meus conhecimentos ou uma senha para entrar neles. Tive que ter ajuda a entrar nessa sala, pois havia obstáculos que me impediam. Um degrau impossibilitava minha entrada junto a estante que estava na frente, tenho que ter ajuda para transpor os obstáculos que me levara para lá, para onde esta onde se modela e onde se pinta as imagens. Crianças têm muito a ver com futuro das coisas, futuro de algo que podemos mudar para melhor no futuro.

Não há em toda história da humanidade registrada, um rei ou governante que realmente tenha um caráter de líder, passou por esse conflito e chegou a conclusão que deveriam lutar pelos seus cidadãos. Lembro do filme sobre os 300 Espartanos que o rei Leônidas liderou sozinho junto ao estreito de Termópilas contra os persas, onde conseguiu matar alguns homens e repeliu outros; teve que deixar tudo para parar a invasão persa e salvar sua terra. Hoje sabemos que é uma forma romântica de contar a historia, mas é interessante que ele teve que tomar uma decisão até mesmo contra a religião vigente, ser contra e deixar até mesmo seu amor. Mas será que ser um líder é deixar todo seu sentimento e sua fé de lado? Bom, penso hoje  e sempre pensei, que temos que fortalecer primeiro nós para ajudarmos a quem necessita que esse tipo de herói é logicamente, uma imagem que fazemos do cara que se “sacrifica” por outros. Claro, que pode existi como foi Leônidas, que teve que ser Rei e general numa batalha que lutou pela Grécia (eram estados separados). Talvez mostre sobre ideais e valores que temos que buscar, sempre acreditando que a luta vale a pena.

Quando falamos de ideais não estamos falando de tradicionalismo hipócrita, pois o que atrasa uma nação é parar o pensamento no passado e não enxergar o futuro. Não temos de maneira nenhuma ter que ficar presos no futuro também, então ficamos no equilíbrio de viver o presente, que alias, única certeza que temos. Mas a sociedade cristã, que se diz ter fé nas coisas e nas pessoas, fica presa no passado sempre temendo o futuro e isso atrapalha o presente e trás a dor e a insegurança. Por exemplo, pessoas como eu que contem certa deficiência, as pessoas ainda tem uma visão que nós temos limitações e não podemos certas coisas, somos assexuados e outras balelas. O mundo ocidental, um pouco do oriental também, se apegou um pouco na beleza física como foco de vigor; os gregos davam valor ao porte físico “belo” que predominavam na antiguidade clássica, tanto é, que muitos defeituosos e sem vigor e uma saúde perfeita eram descartados ou deixados em cestos ao relento para morrer. No filme isso é muito bem mostrado, pois Esparta era uma cidade/estado que era guerreira, então não tinha lugar para defeituosos. Éramos mortos jogados em abismos sem remorso, sem piedade. Hoje temos muito mais direitos, porque mesmo achando que não somos capazes de fazer muitas coisas, nos matar seria um ato de desumanização (acorrentar e prender também, mas uma cultura de “ignorante” isso é regra e não exceção). Aprendi que ser uma liderança é muito mais do que conhecer, é saber usar o que lhe conhece e usar corretamente, pois há a diferença de pratica e teoria muito grande. Mas é um assunto para outro momento, o que quero agora é falar sobre ser humano e seu senso comum.

Como vi no filme, o rei Leônidas teve que quebrar tradições graças ao misticismo ancestral, então, teve que ir sozinho com sua guarda pessoal para essa guerra. Pois eram tempo da Carneia e Esparta não podia ir lutar e defender e ajudar Atenas. Assim, ele negou o misticismo e foi defender o que acreditava e deixou os outros falarem sem negar alguma fé, mas os cidadãos e irmãos espartanos eram mais importantes. Temos que às vezes negar o misticismo para dar valor a pessoa humana, a própria fé supre ao misticismo que hoje, junto com a industrialização, “coisificação” do ser humano; a existência fica a cargo de algo superficial e ilusório de tradições que só dominaram o ser humano e sua própria idéia da criação, porque a fé não esta numa imagem de argila, mas em seu próprio coração. Ser líder, liderar pessoas, é acima de tudo enxergar um bem maior do que misticismo e tradições dominantes, de ver políticas e idéias filosóficas são muitas vezes, distorcidos por interesses escusos. Podem corromper religiões, mas se temos a fé verdadeira, não se pode corromper, pois o Criador não quer altares e sim, um ser humano feliz.

Tais concepções me assustam porque as pessoas se prendem em crenças e esquecem de pessoas, o mais importante não é a parte externa, mas a parte interna. Foi isso que mostrou o filme, a historia humana nos mostrou que a religião e a política sempre se corromperam e tanto uma como a outra, não se preocuparam com as pessoas. Tanto fazia se ia morrer milhões ou iriam ser escravos, eles vendiam seus súditos para o bem de seus bolsos, para o bem material. Nesses tempos de coordenação, aprendi que mesmo não concordando com alguns aspectos da tradição do movimento tenho que respeitar a vontade da maioria e muitas situações “engolir sapos” enormes! Sinto que amadureço a cada dia, tanto nesse aspecto, como no aspecto pessoal, no meu namoro, na minha família.  Você aprende a se conhecer e traçar seu limite dentro de cada área da sua vida e isso que se faz um bom líder, um que se preocupa muito mais com pessoas do que ideologias e místicas religiosas sem fundamento.

Já dizia o grande pensador Rambo em seu segundo filme: “numa guerra você tem que viver a guerra…”. Ora, se você segue algo tem que viver esse “algo”, se você acredita então você tem que acreditar nessa crença, se você vive um namoro tem que viver a essência desse namoro. Até mesmo dentro do movimento, algumas pessoas dizem que na teoria é muito bonita, mas na prática as pessoas são o que elas são. O que seria pratica? O movimento não é “pratica”? O que estou fazendo então tendo o maior trabalho de arrumar todo mês uma reunião se as pessoas não deixam o maldito senso comum? Daí vem o pensamento que essas pessoas não querem deixar o “senso comum” por causa da acomodação de não sair da rotina que estão acostumadas, de achar que suas “crenças” populares cheias de preconceitos e outras coisas mais, estão certas. Tradicionalismo me lembra coisas antigas, idéias antigas, mas não vamos matar uma idéia rápido demais; é um processo demorado, é um processo que demorara muito, pois temos que ter o respeito necessário sim, mas temos que ter um certo equilíbrio, como dizem, nem muito ao mar nem muito a terra.

Então como fazer para trabalhar no senso comum cheio de preconceitos e tudo mais de mal? Eu acredito que as pessoas não são o que elas são, elas foram moldadas para o bem de poucos, tanto na religião quanto na política. Enquanto não deixarem o senso comum de lado, enquanto não deixarem seus preconceitos, não vai fazer com que as pessoas assumam suas próprias ações. As escolhas são nossas e essas escolhas que Jesus nos ensinou com a parábola da arvore dos frutos, que aliás, muitos desses mestres nos ensinaram que só recebemos o que damos.

Penso que minha idéia de unidade seja igual as falanges espartanas, pois o amigo sempre erguer o escudo para defender o companheiro da esquerda. Se um não consegue, a falange se despedaça como uma muralha que um tijolo não foi posto direito, então dessa forma era imbatível. O que acontece onde eu coordeno? A falange se despedaça muito fácil por interesses diversos, por motivos pessoais que muitos cultivam por ser muito mais cômodo a eles. Mas para manter a unidade é essencial ter em mente os desígnios daquilo que chamamos de ideal, de motivo para tal união. 

quarta-feira, setembro 17, 2008

O poder da força






É um tema muito rico e por isso me levou a escrever mais um texto sobre o poder da Força, o poder do intimo de cada ser humano que desenvolve um poder psíquico e espiritual de autocontrole. Todos sabem, ou a maioria das pessoas, que a essência do termo “A Força” vem da saga da Guerra nas Estrelas que ao mesmo tempo que mostra o estado galáctico republicano que é guardado pelos guerreiros jedis, que são guardiões do conhecimento da chamada Força descoberta a dez mil anos galácticos que é a essência e energia de cada ser e a saga da família Skywalker. 

Muito interessante o tema, pois se repararmos tem muito a ver com o budismo e o hinduísmo em sua essência. Os Jedis são uma casta de guerreiros que descobriram A Força e juraram proteger seus conhecimentos, visando a justiça, a bondade e a lealdade. Filósofos, guerreiros e profetas, usam o poder para garantir a sobrevivência da republica visando igualdade e bondade aos seres, sempre não deixando se levar ao lado negro da Força. A idéia é muito simples, A Força é uma só, os seres que vão usufruí-la que vai determinar para a bondade ou para os desejos baixos. Os Sisths são o lado oposto dos Jedis e defendem o uso da Força para dominar e subjugar os povos mais fracos, levando ao Império de escravidão e o domínio sobre toda a liberdade. Os jedis ensinam que não há nada além da Força e que tudo é mera ilusão, ódio leva ao desejo e desejo leva a vontade de vingar seu outrem ao seu ressentimento e atentar sobre ele;os sisths fazia isso sempre e sempre estavam no lado negro da força. 

Para exercer influencia sobre ela, dizia os jedis, tinha que nascer com um preparo energético único que levaria a dominação das técnicas de meditação, treinamento que nunca se encerra conselhos para quem precisa, sempre antes de tudo, ser honesto contigo mesmo e ser leal ao seu mestre. Poderíamos fazer uma grande ligação e isso George Lucas já disse, que os jedis tem uma ligação muito forte com o budismo e as religiões antigas que escondem mistérios muito fortes sobre a essência humana e sua energia cósmica. No hermetismo se diz que tudo que é encima é semelhante embaixo, ou seja, todo força do cosmo é igual tanto do planeta Terra quanto nos confins do espaço galáctico. Mas se você é um cristão invicto podemos ler que Jesus diz, nos evangelhos apócrifos é claro, que tudo que ele fazia todos os homens podem fazer e também o que o ser humano como filho de Deus são todos deuses; daí voltamos a Hermes Trimegisto quando diz que tudo que há em cima é semelhante o que há embaixo. Se somos filhos das forças cósmicas então, somos a força em sua essência, não há diferença da força divina com a força humana, existe uma força só.

O que seria o “maya” hindu afinal? A palavra “maya” e sânscrito quer dizer ilusão e para a filosofia vedana, que vem dos livros sagrados dos Vedas e que o budismo também tem certa influencia, tudo que vem dos conceitos humanos são meras fantasias criadas para nos dar um prazer ou felicidade aparente, mas que não existe como verdadeira essência dessa felicidade ou desse prazer. Por exemplo, eu achar que um tênis vai me trazer uma felicidade é verdade para mim naquele momento, mas, num futuro próximo ou não, aquele tênis poderá não existir mais ficando um vazio que ele deixou em meu ego (que tem o significado “eu” em grego), pois esse é o foco, o meu próprio “eu”. Outro exemplo pode ser dado no mundo virtual, muitas pessoas fazem sexo virtual ou namora virtualmente que é mera ilusão, aquilo vai preencher aquele momento, mas não vai preencher um momento real do toque, do carinho, do se importar em está em contato com pessoas, ser uma pessoa como outras; tudo no mundo humano mercadológico ou ideológico – religioso, são meros artifícios gramaticais para mostrar e pôr mais pessoas na ilusão do poder, para castrar o poder cósmico de cada um, porque se todos tiverem esse poder, ninguém se submetera mais.

Sakiamuni, o Buda Gautama, sugere que buscamos o equilíbrio e o equilíbrio é apenas o hoje que não pensara no amanha; o vazio tem que ser alcançado como uma porta de saída de desejos e medos desnecessários. Não importa o amanha, porque sabemos que nascemos, vivemos e vamos morrer, que existe as doenças e o sofrimento, mas tudo isso é devido a nossas escolhas; adoecemos porque temos o desequilíbrio em nós, a raiva de ferir outro ser vivo faz com que desencadeamos uma separação do TODO cósmico que nos rodeia  e o sofrimento devido ao desejo que é o desejo de uma mera ilusão. Não existe necessidade de um tênis novo se o meu ainda está em condições de uso, mas temos a ilusão que para ser aceito pela sociedade tenho que ter aquele tênis. Muitas pessoas acham estranho meu gosto pelos mantras, mas se fomos analisar direito, não difere muito das rezas e orações cristãs que são meros versos de louvor. Ora, o próprio Buda nos alerta para não acreditar só porque os outros disseram, mas acreditar porque é bom para nós. Mas muitas pessoas seguem ideologias e religiões porque os outros disseram que aquilo é bom, contrapondo ao malvado sistema, mas nada mais é do que mais um braço desse sistema mentiroso, ilusório. Isso remete a famosa frase do Mestre jedi Yoda que tudo é mera ilusão que só há a Força, ou seja, não importa em qual religião você acredita, nós somos parte de uma verdade maior.

Essa verdade maior é o ponto de partida para encontrarmos A Força em nossa essência, pois libertando de todos nossos desejos e medos, ela vem naturalmente em nós. Jesus disse que a verdade nos liberta de tudo que pensarmos ser importante, de tudo que achamos que seja a verdade e não é nada disso, são meras facetas de nossa mente para anestesiar nossa vida verdadeira. Por exemplo, posso ter uma cadeira motorizada que me locomove com um controle e não preciso empurrar a roda, mas essa cadeira não vai tirar minha deficiência, só vou utilizar para facilitar minha vida; ela não pertence a minha essência porque ela pode não existir mais, mas eu vou continuar vivendo com ou sem ela. As regras dentro do universo são claras, tudo que contrapõe o que somos, vai gerar algo que não suportara nossa verdade e vai gerar uma frustração atendo a raiva e ao ódio, remetendo ao lado animal humano de subjugar e retalhar o outrem. 

Isso se remete ao jedi Anakin Skywalker, tirado de seu planeta natal, sendo uns dos mais poderosos não se conteve a raiva e o apego. Primeiro, se separa de sua mãe que Anakin o a ama por ser a única pessoa que ela tem; mesmo o deixando ele ir, o mesmo se sente culpado de não estar perto dela para se despedir na hora da morte, ou seja, ele não tem fé pela Força verdadeiramente. Ele não teve fé em acreditar que sua mãe não sumiu verdadeiramente, mas mudou o estado dentro da Força, que apenas se mudou. Segundo, amou muito Padmé Amdala que é ao mesmo tempo princesa e senadora da republica galáctica, em seu sonho a viu morrer e pensou ou foi iludido que indo para o lado negro iria salva-la. Ela se desespera e ao ter os gêmeos falece.  Mas existe a profecia jedi que o mais poderoso vai equilibrar a Força neutralizando o lado negro e Anakin, como Darth Vader muito após ter instaurado o império Sisth, o imperador tenta matar seu filho  Luke e ele elimina defendendo – o. 

Aspectos importantes temos que analisarmos, pois tai a essência de um avatar genuíno. O primeiro aspecto é o apego a mãe, nossa origem, nossas ideologias e cultura que fazem nos iludir que ali que está a verdade; lembre-se que a mãe de Anakin só tinha ele para lutar, ou seja, seu único recurso ela libertar seu filho para ter algo melhor. O crescimento e o aprendizado nos remetem ao deixar algumas idéias de lado, porque muitas vezes, elas nos mostram muito mais a ilusão do que a verdade que nos acorda. Somos separados a idéia matriz da ilusão, a mãe de todo o sistema, nosso lado egoico do apego. Segundo aspecto é o apego no amor, ele deixou levar pelo medo, o apego pela mãe o fez ter medo de perder Padmé e a fúria que levou a se rebelar apenas fez isso se realizar; nossos medos se realizam, porque você está tão preocupado com ele que não confia em sua própria força, se remete e se deixa subjugar a fraqueza do momento. Dessa união nascem dois filhos, um homem (racional) e outra mulher (sentimental), contrabalanceado o novo sistema que o poder absolutista, ferrenho, único, dá lugar a liberdade da republica com o lado feminino do sentimento e o lado masculino do racional. Dessa união é destruída a ilusão do desejo, da raiva e dá lugar a união e a verdadeira Força fluir. 

O que seria essa liberdade? A verdade em sua essência, pois ao longo do processo de se tornar um iluminado, passamos pelo lado negro. Ninguém disse se Anakin iria destruir o lado negro da Força dentro dela, sendo um Sisth, mas teve que ser assim para ele encontrar dentro de si mesmo, o lado humano que foi neutralizado pelo apego e o ódio. Darth Vader nos mostra o lado humano do senso comum que culpa o outro pelos seus próprios erros, nossas escolhas e falhas dessas escolhas não são enxergadas, então o culpado sempre é o outro. Qual é a maior máxima existencialista dita por Sartre? Que sempre o inferno é dos outros, pois não podemos ver o que fazemos com nossos próprios erros e nossas escolhas e diz mais, o importante não é o que os outros fazem de nós, mas o que fazemos com o que os outros fazem de nós. Anakin pintou sua personalidade como os mestres jedis o pintavam, ele se submeteu ao sentimento que os outros achavam que tinha, mas foi ele que vestiu a “carapuça”. Muitos de nós, vestimos essa “carapuça”  e esquecemos que o importante é que sentimos o que queremos, mas muitas vezes, temos a ilusão de que temos liberdade verdadeira. Ai entramos no paradigma do poder de “Stars Wars”.

Temos a Republica de uma aliança galáctica entre muitas raças alienígenas que tem voz no senado, mas ao mesmo tempo, é fazedora de clones para lutar. Ainda existe uma casta fanática (os jedis), que não admite erros e não é qualquer ser que entra nesta casta, ou seja, nem todos podem manipular a força. Por outro lado, existe os separatistas Sisth que  prega o materialismo, a maioria são robôs e cyborgs, caracterizando que ninguém pode se opor ao chefe Palpatine. Eles não acreditam no bem comum, mas no bem imediato para si mesmo e o prazer e sentimentos do instinto. Parece que o sistema é único, é uma idéia ideológica que se estende graças a descoberta da Força, ou se vive o nada e não é refém dos desejos ou se sente e fica a mercê dos desejos. Todo desejo de se querer a verdade não é um modo de desejo que essa verdade seja aceita? Por que Anakin não pode sentir e desejar ficar com que se ama? Alguns ensinamentos são relativamente, sutilmente, impor que para ser felizes temos que tirar tudo de nosso coração, mas existem pessoas que são felizes com sentimentos. Vamos pensar assim, existe o ser que sente e raciocina, que sentimos por si mesmo; esse ser não pode ficar indiferente com o ambiente onde vive, meu amor pela minha namorada, por exemplo, não pode ficar indiferente a mim, sou obrigado a me ater a agradá-la sempre. Porem, não posso ficar apegado a ela, porque isso me dará uma imensa ansiedade para com um futuro que pode ou não acontecer; depende de mim e dela, pois o sentimento de apego, nos torna seres medrosos e animalescos.

Ai entra o equilíbrio de nosso ser em si mesmo, ou seja, o que Buda Sakiamuni ensina, não podemos não enxergar o que sentimos, mas também, não podemos ser escravos desses sentimentos. O outro não pode pertencer a nós, mas nosso intimo pertence e é nosso, e assim, neutralizando os medos e desejos, temos um sentimento mais elevado de compaixão. Nesse aspecto se consiste a busca da paz, porque não existe apego se existe segurança e confiança no outrem, da ligação sentimental um do outro. Só existe o espírito que nos faz viver e é a Força que os jedis dizem, não existe nada que nosso espírito não fabrique, se temos a vontade de se vingar em nossa vida só haverá vingança, se somos mesquinhos, na nossa vida só existira mesquinhez. Mas não que o chamado “Deus” quer e sim, porque procuramos esse sentimento nas pessoas e abrimos a caixa que Pandora abriu; todos os sentimentos que encontramos nos outros, não existe um equilíbrio em nós mesmos. O sistema fascista é fabrica de “robôs” que apenas obedecem a uma ideologia de um partido ou de uma pessoa, o republicano é uma fabrica de “clones” graças ao consumismo industrial que pensamos está liberto e os dois lutam entre si para ver quem tem razão; o foco de toda ideologia política e religiosa é a “razão” que uns dos significados é “motivo legitimo”, ou seja, tenho um motivo legitimo de oprimir o outro de acreditar na outra religião ou ideologia política. 

Rorty, filosofo pragmatista estudanense, diz que em primeiro lugar deve aparecer a liberdade porque com a liberdade a verdade vem naturalmente. Ora, isso é obvio, porque se tenho a liberdade de pensar e de agir vai se descobri a verdadeira essência daquele fato. Isso é o Amor ao Destino que Nietzsche diz: "Não querer nada de diferente do que é, nem no futuro, nem no passado, nem por toda a eternidade. Não só suportar o que é necessário, mas amá-lo". A verdade deve ser amada em sua essência, então todo “amor fati” é um amor em sua plenitude porque não deseja nada de diferente, ele não é nem apego no passado e nem apego ao futuro, mas suportar o que é necessário, apenas o que ele é em sua verdadeira essência per si. Esperar que acontecesse naturalmente, esperar que a outra pessoa faça a escolha, esperar que tudo melhore para que se tenha o que é necessário; a regra universal de se ter a paz é gerar o caos dentro de si, ficar no limbo por um tempo, assim sendo, manipular nosso próprio espírito. Foi o que saga nos mostrou, que apesar do poder de Anakin Skywalker, ser o maior de todos os jedis, ele se deixou manipular pelo apego tanto do passado, quanto ao futuro com duas perdas. 

O que acreditar então? Ai entra a vacuidade budista, pois não se deve, ou se recomenda não se ater, a nenhum sentimento de apego; pois se você se apega e acredita em algo, você toma partido daquilo que pode ter sido criado para dominar. Mas se você ficar neutro em todos os lados, tanto no modo ideológico político quanto o religioso filosófico, sua visão vai alcançar muito mais longe. Isso é mais que obvio Em todos os momentos de nossa vida.

Mas ai vai ao encontro também do caminho reto que faz nós seguirmos o que acreditamos categoricamente. Acreditou-se que temos que alcançar um patamar para chegar onde trará a felicidade, então devemos sempre lutar pelos nossos sonhos, alcançar nossa própria meta.  Só que tem algumas diferenças, pois existe o sonho concreto que pode ser alcançado e com um propósito e aqueles que sabemos serem ilusões que fazem entrar em nossas cabeças. Exemplos inúmeros têm todos os dias, como ter uma Ferrari ultimo tipo que sei que por muito que eu ganhe, não atinjo o dinheiro necessário; mas posso ter um belo e eficiente carro.  Devemos ter as coisas bem claras para não ser “atropelado” pelas desilusões, do discurso que muitos têm que rouba porque é um direito e não é verdade, apenas ele está iludido que aquilo trará a ele felicidade. O caminho reto é aquele que não se deve ferir o outro por causa de nossas próprias ilusões, nossas próprias frustrações de não realização destes.

A palavra reta é não difamar, não mentir, sempre usar as palavras como ferramentas para uma boa conduta. Segundo o filosofo Wittgenstein, as palavras são tipos de caracteres que usamos na linguagem, são meros objetos do acaso; uma mesa só é um objeto que fica na cozinha, mas entra como um substantivo simples para descrever ou me referi aquele objeto. Nada é verdadeiro, só é mero objetos de linguagem dentro de um mundo que criamos graças a essa linguagem e assim, quando contamos mentiras ou falamos “mal” de alguém, é o mundo que nos é criado como causa e efeito. Então, aquilo não serão a própria verdade e sim a inverdade, uma ilusão daquilo que chamamos verdade, quando cessamos isso, destruímos aquela visão falsa que temos para com o outro.  No filme fica claro quando os jedis falam o necessário, alias, um bom samurai fala pouco segundo a tradição e assim usa a palavra reta, pois se não se tem nada melhor a falar, então se cala, diz o próprio Wittgenstein. 

Graças a ter um pensamento reto e uma linguagem reta criamos um caráter verdadeiro de ater ao que é nobre, uma alma nobre não pensa ou fala para machucar o outro, dizer o que pensa sempre e somente o necessário. Vamos dar o exemplo, todo monge budista ou um mestre jedi (seria uma similaçao dos monges), só ensina ou se atem ao verdadeiro pensamento ou o que se é necessário naquele momento. O filosofo Wittgenstein diz que tudo que não se pode falar se costuma se calar, pois muitas brigas começam quando não controlamos o que falamos. Ser franco e direto não nos dá o direito de ofender e magoar outra pessoa, mas mostrar o caminho alternativo sem se ater a palavras injustas. 

Portanto, temos que traçar nossos objetivos sem nunca se apegar, mas não negar esses mesmos para não acontecer a escravidão dos meus conceitos. Seja num modo filólogo ou numa maneira existencialista, o ser humano tem em sua existência o poder da Força, o poder da escolha que é inato e é um direito de cada ser cósmico usá-la sempre. 

domingo, junho 29, 2008

Respeitar a si mesmo

“Não somos aquilo que fizeram de nós, mas o que fazemos com o que fizeram de nós”.

(Jean Paul Sartre)

O pensamento de Sartre remete a nata do pensamento existencialista de fazer escolhas, porque sempre fazemos do outro nosso próprio inferno, mas nosso próprio inferno é feito de nossas próprias escolhas. A celebre frase mostra que vamos criar ao longo de nossa existência uma mascara social que remete tudo que é moralmente aceito, como que roupa vestir, como se portar, como amar, como aceitar e toda essa conduta mecanicista. Nesse inferno que o próprio ser humano faz sempre tem que culpar de fora para dentro e não de dentro para fora, porque sim, somos responsáveis pelos nossos atos.

Nesse ato segundo o filosofo: "Tu és metade vítima, metade cúmplice, como todos os outros", ou seja, somos responsáveis pelo que nos vitima; não adianta ter um ar de vitima, pois somos parte vitima e parte cúmplice com tudo que nos acontece. Isso é um ato de escolher o que se deve escolher, ou um ato de ser o que se deve ser, parte do principio de toda causa consiste em um efeito; pois toda dor é uma escolha de se ficar com ela, ou jogá-la fora. Mas têm antes do nosso ato de escolha a certeza que somos vitima e cúmplice ao mesmo tempo juiz e réu de seus próprios “crimes” de si mesmos.

O precursor do existencialismo Kierkegaard, dizia que o ser humano é levado a angustia porque nas escolhas sempre teremos uma ponta de angustia. A angustia vem de querer fazer escolhas e essas escolhas nos fazem escolher o nosso caminho e o caminho nem sempre é bom. Mas essa procura é a existência da procura de Deus, alcançar seu poder e seu espírito e isso só podem ser alcançados com a fé; mas nem sempre temos fé naquilo que não vemos, temos que ter uma visão e ai acontece a angustia, a procura do espírito universal fora de nós, mas ele esta em si mesmo e esse espírito que nos faz escolher, nos faz amar ou odiar uma pessoa ou outra coisa.

Erich Fromm, psicanalista alemão, diz que esse amor que tanto procuramos é nossa separação com a natureza que esta muito bem escrita nos Gêneses onde o homem comeu o fruto da ciência do conhecimento e saiu da condição de animal no meio de todos, para integrar a cadeia evolutiva de homo sapiens sapiens. Mas essa separação causou uma grande perda dentro de si e uma grande angustia como existe a polaridade masculina e feminina, existe um querer integrar um ao outro; daí essa procura desenfreada da chamada “alma gêmea” e integrar-se mutuamente; esse outro ser humano vai suprir essa perda, mas esse integrar e querer conhecer o outro ser humano ele se torna um sádico. Por que o sadismo? Uma criança para conhecer tem que quebrar, tem que destruir, porque assim ela vê o objeto por inteiro; mesmo um animal, pensamos que está judiando, mas ela esta conhecendo. Mas o conhecer é machucar o individuo porque estamos desmontando ele para conhecer, para ver se é igual o que pensamos que era; muitas vezes não é, mas queremos que fosse.

Mas até onde podemos se submeter a vontade alheia para preservar nossa integridade social? Quando vivemos em sociedade, vivemos com mascaras sociais diversas e de todo tipo, para enquadrar dentro de nossa sociedade. Muitas dessas mascaras foram forjadas para a manipulação social junto com o meio que predomina, como por exemplo, nos Estados Unidos da America predomina o pensamento protestante pela maioria o ser. No mundo grego antigo predominava a escultura bela, o corpo belo por causa do deus Eros, tanto que a palavra erótica vem desse deus e há uma diferença significativa com pornografia; pois uma imagem erótica é uma imagem que dá uma idéia apenas no ato sexual, mas a pornografia é a imagem clara. Não entramos em detalhes, mas o que predominava era o belo na perfeição que foi distorcido pelos nazistas na predominância da raça dita ariana; mesmo o porquê, toda raça de pele branca veio dos arianos, mas é um assunto para outro artigo. Quando uma sociedade predomina uma mascara social, como vimos nos estudanenses e os gregos antigos, tendem a determinar que aquela imagem tenha que ser a comum que para ter uma real convivência social. Hoje predomina a educação de submissão por causa da vergonha, porquanto as pessoas devem dar tudo pelas amizades e nada para si, porque o que conta é o agrado e a boa convivência dos outros. Não se trata de egoísmo.

O egoísta não tem respeito nem com ele por isso não pode ter amor próprio, não pode agradar ninguém porque ele mesmo não se agrada porque ele vive seu próprio mundo; o narcisismo freudiano é diferente, porque ele não tem nem respeito próprio e nem egoísmo, ele tem a libido pra ele próprio. É até estranho, mas ele tem uma atração por ele próprio e somente ele será belo. Como a lenda de Narciso que ao olhar seu reflexo no rio fica hipnotizado, que cai dentro do lago e morre afogado, é o que acontece com uma pessoa narcisista ele fica hipnotizada e não vê mais nada. Mas o respeito em si próprio é a predominância de si sem ser egoísta e nem narcisista, apenas respeitar as vontades de si próprio e deixar bem claro.

Mas a maioria não deixa tão claro assim e fica na premissa que devemos achar que os outros têm que perceber o que sentimos o que amamos o que achamos e não é verdade. Quando fazemos uma escolha temos que deixar bem claro para quem e para que aquela escolha sirva, não ficar querendo que o outro descubra isso, mas a grande maioria quer assim. O grande erro do ser humano, isso é conseqüência de uma sociedade neurótica industrial, é a insegurança de seus próprios atos graças à imposição de séculos inquisitória, que levou o ser humano a se recolher para dentro de si mesmo e não falar o que pensa e o que sente; parece exagero, mas toda obra de psicologia e psicanálise, fala de um inconsciente que vem dês de nossos ancestrais que foram podados na idade media. Já as pessoas orientais têm outro mecanismo de mecanizar o ser humano, como se ele pensar por si mesmo, sairá do controle.

O controle social é muito importante para o capitalismo predominante, não só o capitalismo como também nos ditos países socialistas e nos países com outros regimes, que controlam a massa. Nietzsche dizia que a massa tem espírito de rebanho, pois se deixava levar para o matadouro. Mas é muito complexo hoje em dia, tal afirmação requer uma analise minuciosa para entendermos essa predominância pacifica, pois três fatores impedem a rebelião da massa. Primeiro existe o interesse, por ter o que para alguns, interessa a massa não se rebela e assim, para eles tudo é muito cômodo. Segundo, está de alguma maneira ligada a primeira questão, que é por muito tempo feita pelos governantes e que veio de Roma antiga, a política de “pão e circo”, ou melhor, dizendo “pane circus”, que consiste em dar ao povo o que ele quer: que em Roma dava-se pão e shows de gladiadores para agradar e divertir os súditos, ou cidadãos. O que acontece hoje com a predominância capitalista, se dá o divertimento levado pelo futebol, pelo automobilismo, pela propaganda que para sermos saudáveis temos que fumar, beber e ir a balada, que sexo se deve fazer e é saudável, mas use camisinha (que lógico enriquece as industrias que mencionei), de uma forma clara é o ponto chave de alienar a grande massa. Terceiro, a educação familiar e não a escolar, pode deixar a massa pacifica e conformista já que se todos podem evoluir, mas não querem por achar que nunca vão alcançar uma melhor condição; isso é agravado com as religiões que pregam a paz de espírito, que nada mais é do que pacificar a massa.

Por falar em religião, já que tanto pregam dar a outra face, tanto Jesus como outros mensageiros do “EU SOU” (porque assim disse a Moises), disseram que devemos amar-nos para assim amar ao próximo. A arte de amar, como toda arte, tem que ser aprendida com pratica, amar é a pratica de fazer escolhas e mesmo amar a si mesmo é uma pratica, a pratica de respeitar a si mesmo. Dizer que ama uma pessoa ou a si mesmo é muito fácil, porque palavras são ditas todas as horas e todos os dias, mas fazer amar e amar é muito difícil pelo ser humano ainda não diferenciar suas escolhas. As escolhas são as ações de ficar ou ir, de escrever ou ler, de comer ou não, de amar ou odiar; pois temos ainda a idéia romântica que não escolhemos quem ficamos, mas realmente escolhemos, por inúmeras associações. Essas associações são o que idealizamos como uma escolha são as culturas e o que uma comunidade pensa.

Tudo isso é apenas o mundo em que o grande mal do século XX é a solidão porque a arte de se amar e de amar outros ficou desconsiderado, ficou uma coisa subjetiva, uma coisa desconsiderada, ficou uma coisa associada apenas no sexo. Mas como eu disse, temos idealizações que associamos ao ser que queremos ao nosso lado, muito porem, que muitas delas são ilusões. Essas ilusões (como li no livro do historiador Pedro Paulo Funari, Grécia e Roma, uma definição de publicitário ótima, que são os sofistas de agora por vender um mundo ideológico e ilusório. Apesar de fazer um ano e meio de publicidade e propaganda, posso dizer que o problema é da universidade que negou me dar bolsa de estudos, assim, nada tenho com os novos sofistas e posso fazer também essa associação), são criadas dentro da publicidade deixando um mundo de fantasia e um amor cheio de sorrisos, um respeito próprio artificial e fazendo o ser humano um misero produto. Ele se torna a medida de todas as coisas dês que ele compre, ele consuma, o amor próprio e o respeito é ser descolado, é ter um sorriso de comercial de pasta de dente. Será que eu escolher comprar algo porque isso me trás status é um direito de escolha ou uma ilusão que criaram em minha mente? Será que o menino que quer uma calça da moda ou um tênis para ter status para aparecer é uma escolha ou uma medida da ditadura do sofista publicitário, que pode sim ser responsáveis por inúmeros crimes e amores ilusórios? Mas ai voltamos a Sartre, porque embora temos uma ditadura ideológica e estética dos sofistas publicitários, temos uma parte vitima e uma parte culpado.

Vitima por ainda não tirarmos, ou, não temos mecanismos para nos livrar de todas as ilusões que somos expostos. Culpados porque temos o habito de aceitação de tudo que ouvimos ou vemos, como se aquilo fosse à maior verdade de todos os tempos. Imagine agora um motorista bêbado, mesmo ele escolher consumir bebida alcoólica para se autodestruir, será inevitável ele ou se matar (uma escolha dele), ou colidir com um e a escolha só irá interferir a si mesmo. Mas se colidir com outro automóvel e matar ou ferir outra pessoa, vai interferir na escolha dela e interferir a outrem; então as escolhas podem muito bem interferir a si ou a outrem, mas que nos dois casos, existem os fatos e suas causas. Portanto, muitas escolhas são reflexos de ilusões que ao longo da vida são nos dados em pautas.

Talvez a grande dificuldade é assumir o que somos, o que nossa natureza compota de si, a existência de nossas próprias vontades; se não temos autonomia e nem eles para desfrutar, então é melhor nem fazer nada e ficar vendo as sombras da caverna. Isso mesmo, a caverna platônica que somos acorrentados olhando sombras em uma parede onde pensamos ser verdade, é mera projeção daquilo que nos fazem pensar que seja uma verdade. A verdade nos liberta e nessa liberdade sabemos nos respeitar e respeitar o outrem, assim sendo, somos condenados a ser livres por conter nessas escolhas particulares e que reflete dentro da historia humana, pois reflete dentro da sociedade como um todo.