quarta-feira, abril 02, 2014

Liberdade na educação, onde?






Prova de filosofia, Breno Souza um filosofo

Por incrível que pareça, isso é uma prova. Vejamos:

1- Liberdade significa o direito de agir segundo seu livre arbítrio de acordo com sua própria vontade.  A liberdade é um conceito utópico, uma vez questionável se realmente os indivíduos tem a liberdade que dizem ter, se com a mídia ela realmente existe, ou não.  Você concorda com esse raciocínio? Você se sente livre?

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A definição de liberdade faz uma ligação entre livre arbítrio e a vontade. O ato de agir se faz com a consciência do indivíduo da liberdade em si mesma, pois  ele não estiver livre para pensar o mundo em sua volta, o "cogito"se faz com o elemento do "ego". A premissa desencadeia o seu aniquilamento por si mesmo, pois se ela é um ato de descobrir meios para um objetivo, ela não pode ser uma utopia (sonho irrealizável). Mesmo com a mídia vigente disseminando ordens estéticas e ideologias dominantes do senso comum, ainda sim, o sujeito pode escolher qual a melhor maneira de desenvolver sua vontade. De certo que a formulação da questão está errada e erro esta do modo apresentado do ato da vontade que desperta a consciência daquilo que se torna seu objetivo, e se tornar uma utopia.  .

Assim o aluno responde:

"Não concordo, até o porque eu nem li! Eu  poderia está em casa agora jogando vídeo game, poderia estar na praça,  na quadra, poderia estar no computador mexendo no Facebook, mas não, estou preso em uma sala de aula contra a minha própria vontade, onde um professor de filosofia está dizendo sobre a liberdade. ..kkkk sério isso? Eu preso contra a minha própria vontade e você ainda pergunta se ainda me sinto  livre? Quanta ironia!"

Na visão do menino não há liberdade sem se sentir liberado de sua prova. Uma ironia que foi irônica ao cinismo do ensino de filosofia, se deseja lógicas, seja professor de matemática. Temas filosóficos como esse, como liberdade, como um subjetivo humano e não há uma resposta lógica para isso. Tem a ver com o sentimento, com o íntimo, com a consciência. Cada consciência opera como condutor para formar os conceitos de cada objeto. Para mim querer sentar em uma cadeira, por exemplo, tenho que pegar o que ela significa em meu intimo para o pensamento virar ato, antes disso não há nenhuma consciência antes desses valores. O Breno, simplesmente colocou seu ponto de vista que seus valores necessitavam naquele momento respondendo o que o próprio professor perguntou “você se sente livre?”. Apenas colocou que não, que não se sentia.

Liberdade não pode ser tratada como uma teoria e sim, a pratica para o ato de agir conforme sua vontade, mas a escola fica restringindo o livre pensar. Isso é uma aula de filosofia, estamos analisando uma questão de liberdade e o professor tem critérios completamente, arcaicos e fora da proposta da própria filosofia. O filosofar é ousar sair da sua “mesmice” de pensar por si sair do modo operante de pensar como a maioria, falar como a maioria, ouvi musicas como a maioria. O professor erra porque não ousou dar um 10 para o menino, errou porque seu pensamento atrelado em sua pequenez, não fez o que qualquer filosofo poderia fazer, pensar.



Amauri Nolasco Sanches Junior -  filosofo, técnico de informática e publicitário