quinta-feira, outubro 11, 2007

Consciência e a “Força”

Deixo o Mestre Yoda falar primeiro, depois eu volto:

"Concentre-se. Sinta o fluxo da Força. Nem dentro nem fora, mas como uma parte de tudo que existe. Através da Força, coisas você verá. Através do tempo e do espaço ela avança. Outros lugares. O futuro… o passado. Amigos que há muito se foram. Sempre em movimento o futuro está. Tamanho não importa. Olhe para mim: julgar-me pelo meu tamanho você irá? Bem, não deve. Por que meu aliado é a Força. E um aliado poderoso é. A vida ela cria, e faz crescer. Sua energia nos permeia e nos une. Seres luminosos somos nós... não esta matéria crua. Você deve sentir a Força ao redor. Aqui, entre você... eu... a árvore... a pedra... em todos os lugares! Em balanço está a Força. A Escuridão e a Luz. Sem um, não há o outro. O Lado Negro tentador é. Rápido, fácil no início, mas uma armadilha é o Lado Negro. Mau, corrupto. Uma vez que se começa no Lado Negro, para sempre dominará seu destino. Para o caminho da Luz, paciência você precisa. Controle. Paz e harmonia ele é".

Voltei.

O mestre baixinho, porem sábio, diz para nós que só há a Força e ela é uma aliada poderosa para nós, porque por natureza, somo iluminados e o corpo só é uma matéria crua e devemos senti-la ao nosso redor. Por muito tempo refleti sobre isso, por muitos longos anos, vi o filme e me deparei com esse ensinamento; mas acabe lendo coisas espiritualistas que me abriram mais ainda e fizeram eu refletir o que seria “A Força”. Sempre quis um mestre assim, mas porem, aprendi que o melhor mestre de nós mesmos é nossa consciência, pois ela vai lhe mostrar o que realmente é e o que realmente sua natureza compota. Vai me pergunta: “Amauri, me parece que eu já ouvi isso antes, não?”. Já sim. Lembra do Oráculo de Delfos? Bem, ele tinha o seguinte lema em sua entrada: “Conheça a ti mesmo” que o filosofo Sócrates usou para referir a sua filosofia. Mas será que o Oráculo estava certo? Devemos conhecer nosso próprio ser para daí então, dizer para a ti mesmo que é parte de algo maior, que lhe fizeram acreditar que era menor para ter maior dominação? Eu acredito que mestre Yoda disse um pouco isso, porque quando acreditamos na “força” estamos aptos a ela, estamos na essência dela e mais ainda, somos ela.

Por muito tempo as religiões ao invés de religar nós ao Criador, andou nos separando dizendo que somos criação e como criação não somos parte do criador; quando pegamos outras religiões elas nos dizem que pecamos e não somos parte da essência do criador. Mas será mesmo, que um pintor não põe parte dele em um quadro ou que um escultor não põe parte dele em uma estátua? Se formos feitos em pensamento divino somos parte dessa essência desse pensamento, e podemos ser o que ele é, podemos usar o que ele usa: porque Jesus disse que a casa do pai existe muitas moradas e nada melhor que uma morada tendo nossa essência para sermos nós. Mas somos seres incompletos porque procuramos desejos, ansiamos por eles, nada de errado em te-los, mas o problema é ansiar. É o que Buda Gautama diz, ou Sakiamuni, como queira, todos os desejos fazem sofrer porque queremos mudar o imutável: não que não podemos mudar, não é isso, é a ansiedade de ser o que ainda não amadureceu para ser. Quando comemos uma fruta verde não “amarra” em nossa boca? Mas quando ela está preparada para degustamos é uma delicia, não é mesmo? Desejos são frutas para nós degustamos, só podemos degustar quando elas estão aptas a tal.

Bem no final, Mestre Yoda diz que para entrarmos na Luz temos que ter paciência, paz e harmonia, porque assim ela é. Isso é budismo puro e algumas correntes cristãs que ainda cultivam a essência primitiva dos ensinamentos do Mestre Jesus, que não podemos fugir do “agora”, porque estamos no agora e não estamos mais no passado, ele já foi, não estamos no futuro porque ele ainda não chegou. Se estivermos sofrendo, estamos sofrendo e é a nossa essência naquele momento, se estamos amando, é a nossa essência naquele momento e para chegarmos à luz, temos que assumi e declarar nossas trevas. O sofrimento só desaparece quando assumimos aquilo em nós, só some se a essência daquilo lhe toma; por isso Nietzsche vai dizer que para construir nosso próprio céu você tem que passar pelo seu próprio inferno, ou seja, para ver a Luz temos que ficar um pouco nas trevas.

Vamos analisar a própria historia e ver que Anakin Skywalker era o mais poderoso dos Jedis, mas não teve nenhum controle emocional; deixou a raiva e o ódio dominar e se entregar para o “lado negro”, por causa da perda da mãe que nunca mais a viu, porque escolheu ir na escola jedi, para proteger a rainha Padmé que tanto amou. Na verdade a noção de ser mestre do jovem Anakin era de proteção, de absorver dentro de tudo a noção confusa, a noção que tinha de ser mestre e superar tudo. Claramente seria um se não perdesse a paciência e perdeu Padmé não porque algo ia acontecer, mas sua harmonia quebrada se perdeu dentro do seu ódio do inevitável. Mestre Yoda viu isso, viu que Anakin era uma “fruta verde”, que tinha dentro dele o ódio de um passado que não poderia ser mudado; na verdade, ele não se achava digno e quase que seu filho foi no mesmo caminho. Luke Skywalker foi o caminho para Anakin descobri que o ódio que sentia, tinha destruído Padmé e tava destruindo seu filho, e matou Palpatine e assim realizando a profecia da Força.

Quantas “Padmés” matamos por causa de nosso ódio? O ódio vem com uma pitada de egoísmo, porque para quem sente só ele sente e sofre e não é bem assim. Padme em sânscrito é “sabedoria” e quando perdemos a paciência a perdemos; pode haver uma ligação direta dentro da própria historia, porque quando deixamos dominar por ele, matamos nossa sabedoria. Quando amamos não podemos perder a sabedoria, porque ela que nos liga a Força, ela é nossa rainha. Pessoas sábias são muito mais seletivas, porque amam se são amados, são amigos a aqueles que realmente valem a pena, quem sente inveja de sua felicidade não pode ficar com sua amizade; quando vimos que as pessoas não servem para nosso “amadurecimento” deixamos de conviver, porque aquela pessoa não acrescenta nada em nossa vida. Não é egoísmo, é questão de desenvolver a parte central de si mesmo, isso sim é a “Força” escolher suas companhias que o próprio Mestre Jesus disse: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem” (Mt 7.6). É clara essa passagem que não devemos dar aos cães coisas santa e aos porcos nossas perolas, porque ao voltarem para ti mesmo,vão lhe despedaçar; quando temos o amor puro ele é santo, divino, brilha como as pérolas. Existe coisa mais “gostosa” do que ter um amigo que torce por sua felicidade ou ter um amor que te dará valor e ficará ao seu lado? Mas as maiorias das pessoas preferem os cães que comem resto, os porcos que vivem na lama, resto e lama é os sentimentos mesquinhos como a inveja do que tudo que o outro tem e não adianta jogar perolas nessa lama porque esses mesmo porcos não distinguem e as despedaçam; o mesmo é dar coisas santas aos cães, porque eles não entendem e vai despedaçá-las por igual. Não adianta dar as pessoas o que você tem de mais sagrado, se elas são cães raivosos que não vão entender, porque sua natureza é essa, sua natureza é ainda de ter raiva e a dos porcos é de está na lama, porque não sabe tirar eles mesmos o que incomoda, que são as moscas.

Conhecer a si mesmo é a arma central para sermos sábios, não matarmos nossa “Padme” e ir para lado negro dizendo que a culpa era dos “jedis”; mas sempre descobrimos que a culpa de nosso inferno é nossa, nós matamos nossa “Padme” com nosso ódio, ódio gera egoísmo, o egoísmo deixa a Força enfraquecer. Para vermos a luz temos que quebrar as correntes da ignorância, porque se não quebrarmos vamos ver sempre a sobras ilusórias, nunca vamos poder olhar as coisas como elas são; no momento que nos entregamos para o nada, o vácuo gera um imenso buraco negro que sugara todas nossas lembranças e emoções e vai nos pôr em nosso próprio ser. Quando isso acontecer, vamos ver e sentir a Força, vamos a gerar e buracos brancos para viajar em nosso multiverso e controlar as lembranças do nosso passado sem aquilo lhe dominar. Esse mesmo multiverso é um conjunto de vários universos, então, cada ser tem um universo em si e quando ativamos nossos buracos brancos, vamos dizer que ligamos aos outros, damos um pouco de nós e recebemos um pouco, mas somente aquilo que se tornará matéria para formar novos mundos.

Quando falamos se iluminar nem sempre falamos em paz, não temos, porque temos que ter o caos para desenvolver a harmonia. Só há equilíbrio quando nenhum dos lados se sobressai, se desventura do lado do oposto; mas inevitavelmente existe a luz graças a escuridão, existe o som por causa do silêncio e por ai vai. Quantas guerras a Europa passou para ser uma união agora? As pessoas confundem paz com harmonia, não existe paz sem harmonia, pois paz sem harmonia gera passividade e o universo não é passivo, ele é ativo, ele é forte, ele é parte da Força, ele é parte do uno. Nós somos ela em harmonia, porque se juntamos a ela quando passamos por um vácuo existencial; a existência pura do ser em si mesmo, é difícil, mas não impossível. Temos que ver nosso equilíbrio para assim não matarmos nossa “Padme”, que nos dá equilíbrio necessário para encontrarmos a paz e a harmonia, porque a Força é a auto-afirmação do ser em si mesmo e ir além do horizonte, apenas ir ao encontro da energia criadora.

segunda-feira, outubro 08, 2007

Educar ou não

Podemos constatar se não ou há educação hoje? Ou podemos ver muito blá blá blá e nada de ensino efetivo? Eu penso que é difícil definir o que pode ser uma educação efetiva, dentro de vários parâmetros dentro até mesmo, dentro da própria filosofia. Hoje com o mundo moderno, com as exigências que as empresas tem com seus empregados, que aqui no Brasil tentam por “bigas” na era pré-histórica, exigindo o que não se tem num país que o ensino seja primitivo. Mas por que isso ocorre? Dentro de minha opinião, o ensino tem um papel fundamento dentro da democracia contemporânea; muito mais alienante do que qualquer meio de comunicação e pasmem, na area de matemática, o ensino não mudou nada.


Eu penso que a matemática nunca pode ser uma ciencia, não nos moldes de uma verdadeira ciência empírica e sim, uma matéria abstrata e irreal. O modo que tudo isso se realiza mostra, as inverdades que ocorrem dentro de uma mesma matéria, que às vezes, não tem utilidade. Um exemplo é as equações, onde poderemos em nossas vidas usar uma equação? Ou até mesmo, o logaritmo, para que posso utilizar isso? Muito mais do que ensinar temos que analisar sua serventia. Se o sujeito quer aprender algo que contenha logaritmo, que tenha isso no curso que irá fazer na faculdade, não obrigar o sujeito a aprender uma coisa que ele não irá usar em nenhum momento do que escolheu.


O principio do conhecimento é a vivencia, onde o homem aprende sobre o seu meio ambiente e não de forma artificial que nos colocaram como obrigação, inteligência não é sinal de dificuldade. O esforço de se aprender tem que conter na vontade, só aprende se você gostar e quiser, se não quiser será um aprendizado inútil. O conhecimento, pode ser melhor definido como uma habilidade mental que faz do homem um ser que inventa instrumentos para suas necessidades, mas nem sempre essas necessidades são causadas por minhas meras especulações ou realidades que mesmo faço, coisa que a matemática é campeã.


Um sábio disse que não se salva a humanidade com a geometria, parece exagero, mas se pensarmos que desperdiçamos muito o saber, ensinamos que o homem tem que viver envolto a liberdade. Nunca o ser humano esta preso como agora, a ditadura estética que atiça o preconceito, a ditadura do consumo porque para sermos felizes, temos que ter algo da “moda”. Isso infelizmente, começa na escola, a educação de hoje afrouxou a rédeas e infelizmente, não atendeu ao nosso país e sim, ao interesses estrangeiros. Como fazer uma escola que faça que o adolescente aprenda sem querer desperdiçar conhecimento?


O garoto de periferia não quer saber o que levou Pedro Álvares Cabral a descobrir o Brasil ou se Tiradentes foi ou não enforcado, ele não se vê nessas histórias. A mídia fez com que a miséria fosse um “show” de “marketing” para mostrar uma coisa que ao invés de ser sanado, vira um “bode expiatório” para que o jovem pense que fatos da história não interessam, são fatos despresantes que não fazem parte da vida deles. O pensar hoje, não faz parte de nenhum currículo que possa entrar numa empresa dita séria, quanto mais ignorante o funcionário seja, mais pode ser manipulado. Mas o ser humano ao longo da história, vem explorando seu semelhando e hoje, o faz atravez da escola.


Não falo que os jovens não tenham que ir a escola, pois é fundamental é ter o conhecimento, mas não é e nem pode ser só isso o seu papel, mas de formador de um cidadão que fará parte do Estado democrático. O mesmo Estado que o renega e lhe fará muito mais mal do que bem, escraviza vendendo a idéia que o cidadão brasileiro principalmente, tem obrigação de votar, servir o exercito, ter roupas e aderir a moda. O que eu digo, as vezes ou sempre, não pode ser o que eu penso, pois irei ofender.


As coisas não devem ser aprendidas por mera questão política e moral, política, por razões obvias de submissão ideológica, moral; por se tratar uma questão de religiosidade fanática de algumas castas sociais. Questão ética dentro do ensino? Pode ser por questões de própria submissão da escola, o ensino se presta ao papel de pôr o cidadão na condição que tinha que tirar. Como faz isso?


É obvio que numa aula de geografia ninguém vai dizer que o meridiano de Greenwich, esta no centro, por motivos muito mais políticos do que outra coisa. Numa aula de matemática, todos dizem que mexe com seu raciocino, 20% segue uma carreira desse tipo os outros 80% param por causa de matérias não complementares com sua vida. Numa aula de filosofia, como disseram para mim, professores ficam indagando questões que são demasiadamente chatas. Por que não atiçar a inteligência do aluno?


Na história como na história da filosofia, vimos que ensinar o ser humano é uma tarefa muito difícil, mexe com interesses dos poucos que mandam na sociedade, mexe com muito mais coisa que acredita nossa vã filosofia.