sexta-feira, janeiro 03, 2020

Carros movidos a bosta





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Diante destas guerras tolas que os americanos se envolvem, poderiam pensar em inventar carros movidos ao teor orgânico, bosta. Já que mentiram para mim que agora carros voariam, trens iriam ter um sistema de magnetização nos trilhos (em alguns lugares já tem), que moraríamos em prédios cada vez mais altos e mais automatizados — fora pessoas com deficiência andando em exoesqueletos, enxergando graças ao óculos neural — poderíamos pensar em carros movidos a bosta. Na verdade, seria um combustível barato (todos os animais produzem), não acabaria e não precisaríamos matar nada para obter. O petróleo tem um alto teor de poluente e pode aquecer o planeta, o metano é importante, até mesmo, para a manutenção do planeta, mesmo o porquê, várias formas de vida precisam do metano para viver. Bosta em qualquer rio tem, poderíamos tirar a toneladas e recuperar os rios, poderíamos também, fazer um sistema de esgoto que dariam em usinas para tratamento dos dejetos. O petróleo abaixaria muito e não ficaríamos focados ou presos nele.
Todos nós sabemos que o presidente americano Donald Trump tem a cabeça do pessoal que vivia nos anos 60, onde o medo do comunismo pairava o mundo. Governos foram destruídos, pessoas foram mortas, graças a uma paranoia americana de uma dominação comunista. Fora que tanto a geração de energia americana, quanto sua indústria automobilística, são arcaicas o bastante mesmo que desenvolva tecnologia. Eles precisam de petróleo, porque além dos donos das indústrias que vivem dos derivados dele, encherem de grana. Grana sempre é bom e não sou contra — quem é contra é sempre o bonzinho que pensa mudar o mundo e não arruma nem seu próprio quarto — mas, existem alguns limites éticos para se ganharem essa grana. Será que escolher um governo que lhe agrade é ético? Sabemos que os americanos financiaram e promoveram as ditaduras militares dos países sul-americanos — incluindo o Brasil — promoveram ditadores no Oriente Médio por causa do petróleo e o medo comunista (uma potência comunista que nunca existiu).
O capitalismo gerou uma neurose para não acabar, mas, brigava com um inimigo fardado a morrer por ele mesmo (um exemplo bastante claro é a abertura do mercado chinês, que não aconteceu com a União Soviética). Qualquer criança sabe, se não entra dinheiro em um país (leia-se, investimento), esse país e seu mercado está fadado a morrer, porque não gerou o capital de giro. O socialismo/comunismo acha que pode viver com os seus próprios recursos, porém, se você não vender ou fazer qualquer troca, o produto produzido pode gerar uma inflação, porque vai gerar a mais daquilo que se precisa. Ou seja, tem que acabar com o produto de qualquer forma. Mas, pode faltar pelo número dos cidadãos, por isso mesmo, Marx vai defender a perda de 10% da população. Stálin fez isso na Sibéria. Todo socialista/comunista vai dizer que isso é uma lenda capitalista. Por outro lado, temos milhares de imagens que comprovam isso.
O mundo em crise sempre busca uma maneira nostálgica de procurar segurança e um inimigo que não existe. Primeiro, pela nossa cultura maniqueísta (dualista) que vê as leis morais e éticas como o bem ou o mal, porém, o bem pode ser descrito pelo o conhecimento, a capacidade de empatia com o outro e indo além, entender como funciona o mundo. Já o mal, podemos colocar como a ignorância, o não saber como o verdadeiro caminho procede, o preconceito e a indiferença com o outro. Mas, são coisas definidas e não tem nada a ver com o relativismo que assola o mundo de hoje, porque ou você tem o conhecimento, ou não.

quinta-feira, janeiro 02, 2020

Deixa o Papa Francisco em paz, você faria igual



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Amauri Nolasco Sanches Junior


Nada pior do que o povo demagogo e hipócrita. Duvido se esse povo que crítica o papa não ia fazer a mesma coisa ou muito pior, porque sei muito bem, que esse povo tem orgasmos quando tem sangue. Só olhar os acidentes que acontecem nas estradas ou em qualquer rua, as pessoas diminuem para ver os corpos, o sangue e tudo mais. Lembro que quando os membros da banda Mamonas Assassinas, morreram num acidente aéreo, todo mundo comprou a revista que mostrava fotos deles. Esse papo que o povo gosta de coisas bonitas é mentira, pessoas gostam de sangue, traição e tragédia. As musicas cafonas trágicas, não me deixam mentir. Porém, quem acha que a grande maioria gosta de paz e um mundo cor-de-rosa, ou é um idiota que acredita em mundo melhor, ou é um canalha que usa isso para beneficio próprio.
Eu escrevi as nuances dos fatos AQUI (se você não abrir o link, não vai entender bulufas do que estou falando), por isso aqui minha preocupação é totalmente, moral. Na verdade, se fomos bem no cerne do problema, há um paradoxo politicamente correto. Se por um lado o Papa agrediu a mulher (para mim foi um ato de defesa) dando dois tapas na mão dela, por outro lado, a mulher puxou o braço de um idoso de 83 anos de idade, que pode sim, se considerado uma agressão. Temos aqui uma mulher que levou dois tapas em sua mão por não querer largar Francisco, por outro lado, temos um idoso sendo puxado por uma mulher bem mais jovem do que ele e que, facilmente, poderia deslocar sua clavícula. Aqui o errado sempre é o herói e nunca o bandido, afinal, vilão sofreu na vida e não teve oportunidade de sr nenhum herói. Mas, nesse caso específico, quem é o herói e quem é o bandido? O problema é o maniqueísmo que herdamos e que faz a cultura ocidental sempre ver as coisas entre o bem e o mal. Por outro lado, arrisco dizer que nossa sociedade sempre foi assim, desde muito tempo atrás, muito mais tempo do que o maniqueísmo.
Na própria bíblia há sempre o ato maléfico que é tomado com uma vingança como ato benéfico, como se o ato de matar inocentes se neutralizasse a partir do momento que aquilo fosse um ato divino (ou algo que foi atribuído a Ele). Por outro lado, estamos numa sociedade relativista que não sabe se decidir em nada, se gosta de tudo, segue religiões por modinha (chamo de espiritualidade Feed Food), e nem sabe decidir pela comida que quer comer. Não sabem que se você ouve todas as musicas do universo, você acaba não gostando de nada. Se você segue uma religião porque todo mundo segue ou para pedir algo para você, você não está religando nada ao divino. Essa praga do politicamente correto relativizou tudo, tirou nossa liberdade de dizer as coisas como elas são, tirou a liberdade democrática.
Nessa discussão eu fico com Sócrates e com Platão, que entre o bem e o mal só há, na verdade, o conhecimento e a ignorância. Quanto menos as pessoas conhecer e estudam, muito mais elas acreditam em milagres, porque elas não conhecem o poder que tem, mesmo em alguns casos, tenham pessoas que conhecer e ainda acreditam nesses milagres. Uma vez uma amiga, conversando na van voltando de um lugar, perguntou para mim se uma rosa nascesse em um muro se aquilo seria um milagre. Eu disse que seria uma semente que caiu de um bico de um passarinho ou dos pelos de uma abelha (sim, abelhas tem pelinhos), que encontrou condições de geminar e nasceu a rosa em um muro por causa disse. Anos depois — porque ela era católica — minha amiga me disse que eu tinha abalado a fé dela. A questão é: será que ela não estava com sua fé abalada já com essa pergunta? Ou eu implantei a sementinha questionadora da realidade nela? Talvez sim, talvez não. As universidades trazem um pouco a realidade objetiva nas pessoas e a crença pela crença sempre é abalada. Católicos ou evangélicos começam a questionar algumas coisas quando estudam, ou não. Aqueles que não, são as pessoas que tem certeza do que acreditam.
Meu avô tinha uma fé grande na igreja católica e toda as noites de natal não ia dormir sem ver a missa do galo, minha avó que era evangélica ficava assistindo também, as vezes. Mas, os dois oravam ou rezavam juntos todas as noites juntos, cada um a sua maneira particular. O que eu quero dizer com isso? As pessoas ficam sempre preocupadas no que as outras vão dizer ou que em algum momento, o universo está lhe olhando para saber o que estão fazendo. Mas, o universo está pouco ligando para você. Aliás, existem pessoas que são tão arrogantes, que querem definir o que Deus pensa e o que ele deve fazer com os outros. Já li até mesmo expressões como “meus jesus”, mostrando que a maioria da cristandade se esqueceu do Eclesiastes.

terça-feira, dezembro 31, 2019

A ética dos covardes canalhas



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Amauri Nolasco Sanches Junior


Havia um post no Linkedin — uma rede social que se diz profissional, mas está cheia de autoajuda vagabunda — que mostrava uma matéria de um jornal (todos hipócrita e canalhas) que dizia que o ex-presidente Lula processaria o Dono da Havan por ter contratado um avião com uma faixa dizendo que ele era “cachaceiro”. Respondi que eu achava o Lula um canalha, mas, quem é o Véio da Havan nisso tudo? Vou explicar melhor. O Lula é um canalha porque tem um discurso cínico parecendo que nunca foi presidente, como se no seu governo não havia aumento de preços, como se ele tivesse arrumado o nordeste e tivesse melhorado o país. Não acho que o Lula é um comunista. Aliás, ele nem sabe o que seria o comunismo. Acho que ele quer o poder pelo poder, um psicopata que pensa que o país é o quintal do sindicato que sempre ficou lá.
Luciano Hang (vulgo Véio da Havan) é um empresário fantasiado que tenta fazer marketing da sua loja. Aliás, até hoje eu não sei o que a Havan vende, o porquê ela existe e o porquê tem uma Estatua da Liberdade na entrada. Mas, ele joga na polêmica e começa dizer coisas que não tem nem lógica, como jornalistas não darem sua opinião, ou que piso tatil não serve para nada. Por que jornalistas que dão opinião sobre o Lula ou a corja do PT vale e os que criticam o governo não? O Bolsonaro também erra e tem que apontar o erro, para talvez, ele repensar o caminho que tomou. Mas, ao que parece temos um petismo dentro da direita, um fanatismo chato que em vez de atrair as pessoas para uma discussão mais racional, atrai sempre os idiotas para uma discussão rasa e pobre o bastante para atrair os pseudos-filosofos. Ainda, esses intelectuais que tem livros na livraria custando quase cem reais e ficam pedindo ajuda, aproveitam para atrair seus holofotes para si mesmos.
Ao longo da minha vida, sempre vi aqui no Brasil uma ética seletiva que não pode envolver aquilo que eu acredito, aquilo que eu penso, ou aqueles de que gosto (como amigos e parentes). Também se gosta de rotular as coisas e relativizar aquilo que se acha importante variar. Como já li que Likedin é uma rede social profissional ou que o Facebook é coisa de qualquer um. Redes sociais são ferramentas virtuais para fazerem o que desejarem (com ética, claro), e quem faz ela é os usuários. Claro, que quem usa mais o Linkedin são profissionais que na maioria das vezes, postam autoajuda vagabunda para incentivar profissionais a não desistirem. Como se um meme possa fazer milagres. Sobre a relativização das coisas, nossa cultura é muito disso. Conservadores viram liberais, pentecostais viram judeus (pior ainda, judeus da idade media), rock vira samba, e todo tipo de porcaria se dissolve atrás do que se acredita.
Vou dar dois exemplos bastante emblemáticos. O primeiro exemplo foi um texto — pequeno por sinal — respondendo uma pergunta de um grupo sobre deficiência, que estava perguntando se havia cadeirante que viajava. Disse no meu perfil, que não gostava de viajar de avião porque não gostava de ficar sem comer ou ir ao banheiro, fico muito chato as raias de ser insuportável. Continuando, disse que não ia na casa dos meus parentes porque não eram casas adaptadas para entrar na minha cadeira de rodas. Pronto. Se montou uma atmosfera entre filosofia barata e relativismo explícito sobre inacessibilidade da cidade. Até mesmo, teve a mistica do degrau que tinhamos que superar. Será mesmo que há a mistica do degrau quando o dono da padaria não acessibiliza a padaria? Chegaram a dizer que meus parentes me amavam. Não duvido que eles me amam, mas, a questão é acessibilizar ou não acessibilizar sua própria casa para receber um cadeirante. A ética não pode ser seletiva, porque ou ela abrange tudo, ou aquilo não precisa ser seguido. A ética sempre informa o quanto estamos ou não, relaxados e relapsos a sociedade.
Outro exemplo foi um vídeo. Uma mulher queria saber da sua mãe biológica e entrou em contato e foi ver a mãe biologica, sendo que a mãe que pariu ela dizia no vídeo que não queria nenhum contato, não queria nada da sua filha que deu para a outra. Comentei que a mulher (a mãe que deu a filha) já tinha dito que não queria nada no contato no telefone, por que a filha foi lá? Terminei meu comentário dizendo que pai e mãe é quem cuida, o resto é só ideias românticas baratas. Ora, todos que estudam história sabem que esse amor filial romântico veio muito recentemente, que antigamente as pessoas não se importavam muito com a morte do seu filho (claro, que as vezes, tinham pessoas sensíveis que sentiam sim). A questão sempre vai girar no relativismo da ética de hoje, que escolhe a quem exigir. Por outro lado, a escravidão do dever kantiano faz as pessoas pensarem que a mulher deve amar sua filha e deveria aceitar ela de qualquer jeito (chega a ridículo de rogar pragas e até ter a arrogância de achar que manda nas decisões de Deus), mas, cada um ama aquilo que se tem empatia. Como disse um escritor (não me lembro quem) tudo que amamos, amamos sozinhos.

segunda-feira, dezembro 30, 2019

Por que pessoas com deficiência não podem namorar?







Amauri Nolasco Sanches Junior


Sempre quando eu vejo a pergunta do título, me vem a cabeça a pergunta clássica de todo grupo de deficientes (que chamo de guetos): “você namoraria uma pessoa com deficiência?”. Parece uma resposta óbvia, mas, tem muita coisa a ser analisada nessa pergunta. Se antigamente eramos comandados por preceitos religiosos, depois ideológicos, hoje somos comandados pelo marketing do bem. O marketing do bem sempre vai nos mostrar que a vida tem que ser mais saudável, que as pessoas devem sempre sorrir e que existe um propósito para tudo. Talvez, objetos tenham algum propósito, mas a vida é o que fazemos dela e, muitas vezes, erramos de não fazer o que queremos por causa do outro. Minha cadeira de roda tem mais propósitos do que uma pessoa que segue tendências, ou seja, se você quer um mundo melhor, você é um nada.
Voltamos a pergunta. Temos uma sociedade movida pela visão de custo e beneficio. Se você acredita que as pessoas amam seus filhos e querem o bem deles, você deve ser um idiota ou um mau-caráter. A maioria investe nos filhos para terem o retorno na velhice, quando os filhos (segundo a sociedade) deveria cuidar dos pais. E quando se tem um filho com deficiência? Será mesmo que essas pessoas pensarão igual? Afinal, os filhos são um investimento que não há um retorno cem por cento, mas, há uma tranquilidade mais tarde. Ai que está, desde muitos milênios se tem seres humanos com deficiência, mas, na antiguidade — mais ou menos, até a modernidade — eramos abandonados, mortos, desaparecíamos ou eramos trancados. Até hoje, crianças com deficiência são enterradas vivas dentro de aldeias indígenas. Claro que nem todos eram mortos, algumas pessoas com deficiência eram oráculos ou druidas, que remontam a visão mistica da deficiência dentro da sociedade. Sim, há uma visão mistica da deficiência. Essa visão, muitas vezes, atrapalha a vida das pessoas com deficiência. Muito antigamente, se considerava deficientes como pessoas misteriosas e muitas outras pessoas, tinham medo por causa desse mistério. Mesmo a ciência explicar as causas, há ainda essa mistica e o medo ancestral de nós.
Depois dessa explicação, imagina uma mulher apresentar um namorado de cadeiras de rodas para sua família. O pai, que tem a visão que o homem deve prover a casa, faz a pergunta clássica: o que ele pode oferecer para você? Ou até mesmo: que loucura é essa? Porque a sociedade tem a deficiência como um tomento para a pessoa , um sofrimento que deve ser dolorido para todos que se envolvem conosco. Mesmo que esse rapaz trabalhe, ganhe razoavelmente bem, nunca vai ser o bastante para a família da moça. Claro que há exceções. Mas a regra é essa. A luta é constante e deve ter bastante amor envolvido, porque quando começa a parecer as questões de ter filhos e ter uma casa só do casal, as coisas começam a ficar piores. Isso é quando a mulher ou o homem — dei o exemplo da mulher, porque sou homem e a maioria dos relatos são de homens — andam e tem um emprego. E quando há um casal de deficientes dentro da relação?
A questão da deficiência é a questão de todo ser humano que a sociedade não aceita como ser humano, ou por ignorância de não conviver conosco, ou por ser canalha o bastante para não perceber que é um nada. Uma pessoa que tem qualquer deficiência, é uma pessoa antes de tudo e deve ter seus direitos preservados junto com seus deveres. Por outro lado, o povo não é tão democrático como pensa os que idealizam uma democracia linda e um mundo melhor. Só dar uma casa, comida, saúde e tranquilidade, o povo vive nos piores regimes possíveis. O século vinte mostrou isso. Então, essa história que o povo ama a liberdade e é condicionado a achar que o outro ser humano não é humano, é mentira. Para uma grande maioria, pessoas com uma cadeira de rodas ou outro aparelho, são pessoas que atrapalham e tem que ser trancadas em um cantinho e só. Quem são essas pessoas que ficam no meio do caminho num shopping ou numa loja qualquer? O caso do Véio da Havan é o mesmo caso de agências de publicidade que não contratam, empresas que não se adéquam, o poder publico que não acessibiliza. Ainda, temos que provar que somos deficientes toda hora para o poder publico.
O amor entre deficientes na nossa sociedade que ainda acha que está na era vitoriana (num surto reacionário), é uma coisa bastante difícil de aceitar. Quando saia com minha noiva, por exemplo, sempre as pessoas perguntavam se eramos irmãos. Essa associação de coletivo (como deficiente namorar deficiente ou irmãos com deficiência), sempre foi formado como um gueto que frequentamos, ou o ideário que as pessoas iguais devem se relacionar. Isso um pouco é culpa das novelas idiotas da TV Globo que alimentam essa visão. Por outro lado, os deficientes alimentam esse tipo de imagem saindo em bando, ou até mesmo, participando de grupos do Facebook que só fala do tema deficiência. Eu sempre não gostei de ficar em grupos que o tema é deficiência, mesmo o porquê, deficientes acham que discussões são brigas.
A humanização da deficiência veio com a desumanização do sentimento. Se somos seres humanos, porque será que não temos sentimentos ou sexualidade? Exato. Vamos ser sincero, você acha que pessoas com deficiência são crianças eternas e não tem nenhum desejo sexual? Acho que quem acha isso são idiotas ou são canalhas o bastante de construir conceitos errados para alimentar seu próprio ego. Já vi homens com deficiência se aproveitarem dessas idiotices e se fazerem de alienados, bolinavam as moças e depois se escondiam atrás da mãe. Há canalhas em todos os lugares e eles se aproveitam dessas narrativas para se esconderem. Deficientes não são diferentes, são pessoas como qualquer ser humano e o caráter dependem dos valores que recebeu. Agora, deficientes sentem tesão, são homossexuais e fazem coisas que nem imaginam que possamos fazer, quanto mais se aceitar isso, melhor.
Na verdade, nossa sociedade tem uma imagem romântica de deficientes como seres indefesos e que não tem a menor ideia do que estão fazendo. Ainda, programas idiotas como o Teleton reforçam essa ideia de dependência de uma instituição ou uma causa que não existe, porque a inclusão são direitos humanos e devem ser cumpridos e pronto. Sendo assim, pessoas com deficiência são humanas e tem sentimentos e querem namorar, o problema que as pessoas têm medo. Costumo repetir o mestre Yoda sempre quando ame falam do medo, pois, o medo gera a raiva, a raiva gera o ódio e o ódio te leva o lado negro da força. A analogia da Força é óbvia, nosso campo vital sempre é aquilo que você é de verdade e quando você se encontra, você pode qualquer coisa. O próprio Yoda diz, ou você faz ou você não faz, não existe tentar. Por outro lado, a ideia do namoro sempre foi controversa aqui, porque ainda ficou aquela vontade de pedir o dote ainda. Ou será se o cadeirante for famoso e ter posses a família vai implicar? Como disse, tudo gira em torno do marketing do bem, o politicamente correto que escondem a canalhice alheia.
Tudo isso começa a gerar neuroses estranhas na família (principalmente, da mulher com deficiência), que acha aquilo bonitinho, porém, acham que as pessoas com deficiência não podem sofrer. Sofrer do que? O sofrimento pode ser silencioso lá no travesseiro antes de dormir, isso pode gerar um desejo de se matar, de não querer viver e assim, muitos desistem da sua vida. As neuroses são tão grandes, que acho importante inventarem personais psiquiatras para essa gente, porque chega as raias do absurdo de acharem que não transamos. Não deixar viajar. Não deixarem ficar sozinhos. Uma humanidade canalha para um mundo tão lindo.