segunda-feira, janeiro 27, 2014

Funk esquerdista e outras canalhices



verdadeiro Funk 



Eu resolvi escrever esse texto para responde o texto do secretaria de cultura de Itararé Murilo Creto que se diz professor de historia e outras coisas, escreveu um um texto intitulado “metal sheherazade” que defende o funk carioca e reduz o heavy metal melódico como esteticamente errado dentro do rock. Eu como um misero publicitário, técnico de informatica e filosofo e rockeiro, não poderia deixar erros grotescos passar desapercebidos. O filosofo Nietzsche, que foi tema em uma musica do novo álbum do Black Sabbath, dizia que o socialismo junto com os “ismo” eram coisa de pessoas fracas, porque precisavam se apoiar em míseros conceitos para sentirem a vida. A democracia era algo injusto, porque o cara só recebia um voto, você era representado por outras pessoas. Por que devemos ser representados por outras pessoas se não somos crianças?

Deixa eu explicar para o “molecão” que mesmo eu sendo um “puta” fã do Guns in Roses eu tenho que admitir que na historia do rock nunca teve uma banda mais ostentação do que eles. Axl Rose no auge da sua carreira foi até incriminado de estupro, drogado e batia nas mulheres com quem casava e então, foi uma péssima escolha para ser o exemplo de rebeldia, tanto, que nas suas musicas faziam apologia ao machismo, ao sexismo, as drogas, ao tabagismo e tudo que é mais podre que uma banda possa ser. Mas muito espanta que um esquerdista que é a favor da igualdade das mulheres, igualdade das minorias possa ser a favor de musicas que tratam as mulheres como “femeas” que somente são feitas para procriar. Numa democracia, até a Rachel Sheherazade tem todo o direito de expressar ser contra a “expressão cultural” que anda conquisando até a Globo.

E daí que a Sheherazade gosta de Iron Maiden? E daí que ela postou uma musica do Iron Maiden? O Bruce Dickison, vocalista e o principal compositor da banda, é tambem professor de historia além de milheres de coisas, leva em suas musicas a historia do mundo em cultura. As bandas de heavy melódico também levam, porque se você não sabe do passado não se pode contruir um futuro melhor, como professor de historia e mestre em Ciências Humanas o Sr Murilo deveria saber e como professor de historia deveria ler mais Karl Marx. Deveria de saber que um cidadão com cultura respeita mais o outro, que enxerga o passado como meio de aprender com os erros e construir um futuro melhor para si e para o ambiente onde vive. Não precisa ser mestre em ciencias humanas para saber que um ser humano educado – sou a favor que educação começa em casa – é o melhor cidadão que temos no mundo, e sinceramente, prefiro um filho meu ouvir Iron Maiden do que Valesca Popozuda.

O fato de James Brown chamar a si de “Sex Machine” não valida o Funk Carioca como musica, como expressão de qualquer coisa. Enquanto o Funk Carioca é bem explicido com letras nojentas, o Funk do James Brown só faz um duplo sentido e não é explicito, não é explicito (e olha que lá nos EUA, ele era preso toda hora). E já que o “molecão” disse em contestar em rock, o que ele está defendendo o senso comum e o gosto da maioria? O que faz um historiador e um mestre em humanidades defender a barbarie como expressão da bagunça e desordem cultural, civil e a baixeza de espirito? Como posso concordar com uma musica que o “moleque” diz que é muito melhor ser “vida loka” do que conquistar pelos seus próprios méritos? Democracia se faz com opiniões, do contrario não é diferente do fascismo, não é diferente do stalinismo e nem do catrismo ou maoismo. Respeitar o gosto de uma pessoa não é ela se calar sobre o que está errado e a reporter só deu a sua opinião o que está errado, o funk carioca faz apologia ao sexo puro, sexo entre animais, como se fossemos miseros primatas na selva e quando a femea ficasse no cio, o macho mais forte copularia. Não somos animais, somos seres racionais e sentimentais, o sentimento de amor não é uma prisão, é a forma de reforçar que somos o que pensamos ser. Existe vida além do sexo, existe vida além das coisas maiores da vida, se o rico pode comprar uma mansão, podemos ser dignos em ter nossa casa, temos que ter o que podemos ter e o mundo é assim, temos que viver na melhor forma possível.

Antes dos direitistas aplaudirem meu texto, não sou a favor de vocês, porque com a religião cristã e com a moral com que se baseiam, deixei de fazer muitas coisas. A moral da direita da perfeição não me deu emprego, não me deu oportunidade de mostrar meu talento como publicitário, então, foda-se a direita. Sou contra a “babaquice” de alguns em querer enfiar até o talo coisas que não concordo, coisas que não são certas, coisas que só numa cabeça “doente” pode querer “achar” - porque nem ele tem certeza do que esta dizendo – que uma musica, que quem passou a infancia numa periferia como eu sabe, parece aquelas musiquinhas que cantavámos quando criança, infatilidade virou cultura. Uma criança nem sabe o que canta, um “moleque” de 17 anos sabe o que canta e aos 15 anos já sabe o que quer. Então, não venham com “churumelas” de querer dizer que Valesca Popozuda é cultura e é contestação da cultura vigente de um sistema cruel e que não dá oportunidade a ninguém, porque só faz apologia ao sexo, é uma musica sexista e pobre de letra, o resto é conversa de socializar em teorias “doentes” e sem propósito. Querer um mundo melhor não é ser “babaca” em concordar com o que está errado, é mostrar o caminho certo e ponto.

Gosto de Iron Maiden, gosto de Manowar, gosto de Metallica entre muitas bandas e gosto do Lobão (apesar de não concordar com algumas colocações dele em indeusar o Olavo de Carvalho) e o Roger do Ultraje a Rigor. Por que não? As pessoas ainda não entenderam que as outras pessoas podem e tem todo o direito de dar ou mudar de opinião, mudar de opinião é a maior certeza de uma mente consciente e livre de qualquer ideia incultural da humanidade. A “ditadura” do politicamente correto é a maior ditadura que já se teve, estamos amarrados em coisas que não concordamos, estamos amarrados em coisas que não vamos contruir e sim destruir. Não vamos contruir um ser humano melhor com o funk carioca, porque é a imagem do ser humano regredido, a imagem do ser humano como meros “animais” que não aprenderam ainda a respeitar o outro. Tenho certeza que Nietzsche seria hoje a favor do rock, mas o rock contestador que não faz a menor ideia de apologias imbecis que nada tem a ver com o ser humano. Apenas humanos demasiados humanos e termino com o prefacio do Anticristo:

 “Este livro pertence aos homens mais raros. Talvez nenhum deles sequer esteja vivo. É possível que se encontrem entre aqueles que compreendem o meu “Zaratustra”: como eu poderia misturar−me àqueles aos quais se presta ouvidos atualmente? – Somente os dias vindouros me pertencem. Alguns homens nascem póstumos.

As condições sob as quais sou compreendido, sob as quais sou necessariamente compreendido - conheço−as muito bem. Para suportar minha seriedade, minha paixão, é necessário possuir uma integridade intelectual levada aos limites extremos. Estar acostumado a viver no cimo das montanhas – e ver a imundície política e o nacionalismo abaixo de si. Ter se tornado indiferente; nunca perguntar se a verdade será útil ou prejudicial... Possuir uma inclinação – nascida da força – para questões que ninguém possui coragem de enfrentar; ousadia para o proibido; predestinação para o labirinto. Uma experiência de sete solidões.

Ouvidos novos para música nova. Olhos novos para o mais distante. Uma consciência nova para verdades que até agora permaneceram mudas. E um desejo de economia em grande estilo – acumular sua força, seu entusiasmo... Auto−reverência, amor−próprio, absoluta liberdade para consigo...

Muito bem! Apenas esses são meus leitores, meus verdadeiros leitores, meus leitores predestinados: que importância tem o resto? – O resto é somente a humanidade. – É preciso tornar−se superior à humanidade em poder, em grandeza de alma – em desprezo...
Friedrich Nietzsche



Estou nas montanhas, se isso é pertencer ao “Metal Sheherazade”, então sou e não gosto de funk.



Amauri Nolasco Sanches Junior – Publicitário, Técnico de Informática, filosofo e coordenador do movimento Irmandade da Pessoa com Deficiência