domingo, dezembro 28, 2014

Teologia “Barata”1

Um busto de Nietzsche branco com um fundo preto. O ultimo grande cristão, morreu na loucura da solidão. 


Por Amauri Nolasco Saches Junior
[publicitário, técnico de informática e filósofo]–




«A palavra 'Cristianismo' é um equívoco - no fundo existiu somente um único cristão e esse morreu na cruz. O 'Evangelho' morreu na cruz.»
[Nietzsche, O Anticristo, § 39. °].


 O filósofo Nietzsche (1844-1900), foi um dos filósofos mais incompreendidos ao longo da historia do século vinte. Não por aqueles que realmente gostavam de uma pesquisa séria de filosofia, mas aqueles que são alienados ou se auto alienam por causa de religiões que nada tem a ver com o real proposito do Criador. Pois religião vem de “religare” que é um termo latim e quer dizer “religar”, então o proposito é uma religação com a Divindade, uma religação biológica e espiritual. Ela foi quebrada porque muitos se perderam nas explicações e nada fizeram ao entendimento, que a vida é apenas uma passagem e que ao certo, existe um infinito que nos aguarda. Tanto que Jesus (yeshua) Sindharta Gautama (Buda= “o iluminado”), Krishna entre outros, sempre foram orientais, pois a teologia ocidental sempre foi voltada ao seus interesses e ao seus propósitos de guerra e dominação popular. Somente entre as gregos, que aparecem homens como Sócrates e outros, que colocam em tese um deus maior que era desconhecido, seu nome não poderia ser mencionado. Não é a toa, que o apostolo Paulo (Saulo), vai convencer os epicuristas que aquele deus é o verdadeiro, porque eles já tinham uma ideia desse deus dês de Sócrates que não deixava de cultuar os deuses, mas que sempre falava em um deus desconhecido.  

A palavra Cristo não é o verdadeiro nome de Jesus (Yeshua) e sim, um termo que veio do grego “Khristós” que que dizer “ungido” que é uma tradução do hebraico “Māšîaḥ” que por sua vez deu origem a palavra messias. Unção é uma consagração com substancias oleosas que fazem aquele que foi untado, ou seja, o escolhido para levar a “boa nova” ao que precisam, porque no começo, o cristianismo primitivo não se distinguia do judaísmo e sim, era uma maneira diferente e muito mais espiritual de conceber o judaísmo. Mas ao passar dos séculos, se esqueceram de varias coisas que no passado distante eram sagradas, pois a consagração era muito mais do que falar varias línguas (como acontece nas religiões pentecostais e neo pentecostais) ou apenas no material, mas aceitar a unção no meio espiritual e foi isso que Jesus fez, aceitou no meio espiritual. Como o filósofo Nietzsche estudou teologia, era de uma família inteira de pastores protestantes, sabia de tudo isso, sabia que Jesus era muito mais sublime e sincero do que muitos que se dizem seus seguidores, porque dentro do real jesuísmo2 não há nada que o império romano colocou posteriormente, mas sim, uma mensagem totalmente espiritual.

Aliás, essa frase é teológica (vem de teologia theos=Deus logos=estudo), porque há sim um equivoco bastante notório do cristianismo que devemos salientar, porque as pessoas são batizadas e é, uma primeira tentativa de tirar do espirito algo que possa não ter esquecido já que a água é algo sagrado, importante para a vida – Jesus foi batizado pelo seu primo joão batista, porque deveria mostrar que posteriormente ele iria dizer, que não veio mudar nenhuma virgula da lei, mas confirmá-la – mas não é untado como manda o espiritualismo de varias vertentes e isso torna o cristianismo, uma religião que não tem nenhum cristão de corpo e alma. Untar não é só jogar óleo na cabeça, ou dizer em “sangue de Jesus” tem ou não poder (mesmo o porque o seu poder veio de um modo espiritual), e sim, um meio de aceitação de corpo e de alma e muitos não entendem isso. Não é apenas dizer ser cristão, mas ser realmente um ser que segue todos os designo e ensinamentos que estão escritos dentro dos evangelhos canônicos e apócrifos, mas que nos dão uma ideia referida ao que realmente seguimos e em que caminho trilhar. Talvez, isso é fácil de dizer, Nietzsche nos remete a essência espiritual e a senda de cada um seguir aquilo que realmente é, pois todos seguem sem realmente tivesse seguindo sua real essência. Na verdade essa único pensamento é a essência teológica que muitos teólogos se esqueceram, pois Jesus era a própria unção em espirito e o messias que governaria nossa estada até o verdadeiro proposito de estarmos aqui. Mas o verdadeiro intuito e o verdadeiro proposito de todo evangelho – quando ele disse que deixaria com Pedro a “pedra” que se ergueria a “ekklesia”, ou seja, uma reunião de escolhidos para serem verdadeiros untados – morre na cruz, morre o que é sagrado como um rei que levaria a um outro reino, um reino que não traria tudo que trouxe depois o cristianismos institucional. A ekklesia nada mais era do que disse em umas das passagens, muitos são chamados, poucos os escolhidos. Mas quem seriam os escolhidos que Jesus se referia em seus dizeres? Quem realmente, seria digno de ser untado não só para serem “messias”, mas para serem seres que realmente fariam uma real religação com o Divino?

O filósofo com essa obra separa o homem Jesus, que trouxe um rompimento de tudo que estava deturpado e o está ainda, para um outro nível que não podemos explicar. Nosso entendimento só alcança o entendimento de seguir algo, não nos colocamos a pensar, raciocinar e enxergar que a verdadeira espiritualidade está no seu coração. O rei Salomão disse isso nos Provérbios: “Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o teu coração, porque dele procedem as fontes da vida.”, ou seja, tudo que temos que ser, sejamos com o coração e não seguindo cegamente. Porque dentro do coração está a fonte da vida e a fonte de tudo que somos. Então, Cristo é diferente de Jesus, porque Jesus não queria ser Cristo, mesmo o porque, ele não precisava ser untado porque nasceu com a certeza de cumprir a missão de religar o ser humano a aquilo que esqueceu. Ele é o “caminho”, a porta que o Divino abriu e o homem insiste em fechar, com ensinamentos profundos que não é qualquer um que entende. Ele é o “caminho a verdade e a vida” porque ninguém vai até o “pai” senão através dele, isso diz muito, pois o caminho a uma realidade da vida é a coligação com que temos de melhor, a vida em seu coração. Jesus viu a realidade e deu outra para sermos seres humanos em certeza que iria buscar o melhor, íamos ser unidos, e o mundo iria ter outra cara. O Cristo não é a realidade, ensinou a covardia, o ressentimento de não tolerar aqueles que o renegam e precisam ser eliminados, exorcizados porque ninguém pode ser mais poderoso que ele. O cristo da igreja ostenta o ressentimento de carregar a cada momento a cruz que vai sentenciar o ser humano a uma morte daquilo que ele é por natureza, o que ele é em alegria e bondade. Não se pode ser alegre, ele morreu na cruz, não se pode ter prazer, porque ele teve a dor. Na verdade Cristo representa todo um império romano que ao mesmo tempo que crucifica Jesus em essência, mata aquele que se rebela ao seu poderio, ele renasce cristo para dominar o ocidente, pois com armas o império não mais domina. Usam a imagem de Jesus morto, mas domina o que era material, o que não tem a ver com o que Jesus pregou. A ekklesia é diferente da igreja, a ekklesia é pra fora, a igreja coloca para dentro.

Antes mesmo Nietzsche já dizia que Deus está morto! Deus permanece morto! E quem o matou fomos nós!”, porque mataram a essência que nos religava ao que era verdadeiro, o que era da essência de um ritual que era muito mais do que mero “utensílios” de ouro, ou dizer que aquilo era ou não era de Satanás. É muito mais profundo do que meras palavras ao vento como se essas palavras salvassem, mas não salvam, dominam e escravizam. Cruz em grego é “xylon” que quer dizer também arvore, pois o “deus” abraâmico nasce porque o homem pega o fruto do conhecimento na arvore da vida, ele morre a partir que seus escolhidos matam o cristo, ressuscitando em um deus orgulhoso e ostentador. Nós o matamos na cruz, matamos porque deveríamos erguer um império em seu nome, deveríamos fazer guerras em seu nome, deveríamos subdividir em muitas seitas porque cada um tem sua própria visão daquele corpo, sangrando, com pregos em uma simples, cruz. Não! Aquele é Jesus, filho de um carpinteiro (dizem estudiosos que José também era escriba no templo) que tinha um espirito muito sublime, pois não foi só untado em corpo, ele foi untado em espirito. A ressurreição só é a confirmação que existe um mundo além, que somos iludidos por uma cultura dominadora, um pensamento condicionado. Ou acreditamos nesse cristo ou em nada, ou vamos seguir essas religiões que nada tem a ver com Jesus porque não ensinam a verdade, ensinam a ilusão ou não vamos em nada. Na verdade ensinam o ódio e nada fazem para religar nós ao Divino. Mas quem é esse Divino? Quem é esse que se ergue no meio de tantas catástrofes e mortes? Somos seres, após duas guerras mundiais, niilistas que não acreditamos em mais nada. Acreditamos um cristo cego que só vê o que existe em seu próprio poder.
Mas o niilismo em Nietzsche era a degeneração da moral, a decadência de uma moral de rebanho que tudo nasce para poder servir muitos, para ser mais servos do que nunca. Para Nietzsche não existe nenhuma liberdade considerável dentro de qualquer “ismo” e não pensem que a anarquia o agradava, pois dizia que a anarquia cientifica era a irmã mais nova do socialismo. O niilismo moral estaria em tudo, nas democracias, nas monarquias, nas ciências, nas religiões, em tudo que é dominação pela ideia, pela razão. O homem como ser racional se perdeu no “logos” para ser só mais um animal de rebanho, aquele que segue o “pastor” e não questiona se o caminho está certo, o caminho da servidão que ao mesmo tempo lhe dá um meio de provir a vida, lhe dará também o caminho do matadouro. Quantas pessoas se matam por causa desses “cães pastores” que mostram o caminho de morte? Quantas pessoas não gastam até o que não tem por causa das ilusões que elas próprias se enfiam, por causa desses “cães pastores”? E não pensem que esses “ cães pastores” estão somente nas religiões, eles estão nas ciências, eles estão no poder, eles estão em todos os lugares ditando regras e esses caminhos. Jesus de uma maneira muito mais sutil, não disse isso? Varias passagens dentro dos evangelhos são isso ai que escrevi, dar a César o que é de César e o que é de Deus dar a Deus, a casa do meu pai não é mercado, cuidado com os falsos profetas e também sermos críticos, pois temos que ter a doçura de uma pomba e a malicia de uma serpente. Essa decadência, para Nietzsche, é uma doença social que se alastra como um vírus que contamina o que está moralmente correto, para se impregnar nas entranhas de um poder corrupto e que domina. Essa mesma decadência moral social matou o verdadeiro Deus e colocou um cristo, o mesmo fizeram com Nietzsche que no mais intimo dos pesares, foi o mais fervoroso dos cristãos e morreu na sua loucura solitária, morreu trancado no seu próprio mundo, mataram ele também.

1.Esse termo tem dois sentidos, uma é que é barata e todos podem comprar a ideia e no outro, a maioria é covarde igual o inseto barata e ainda fica fazendo brigas, intrigas e depois foge como se não fosse a pessoa.   


2.Esse termo foi designado e escrito por mim para dizer que deveria existir uma pureza nos ensinamentos de Jesus.

O Grande rabi era negro, mas isso não anula a sua devoção ao verdadeiro Deus puro. 
   

terça-feira, dezembro 02, 2014

Religião e Religiosidade.




Jesus pregando aos seus seguidores e os escribas atrás conspirando contra ele. Jesus aponta para o céu numa demonstração que ele foi enviado para mostrar o verdadeiro caminho. 

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Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.”

(
João 8:31-32)


Como Jesus mesmo disse, se conhecemos a verdade (os ensinamentos) a verdade vai nos libertar da ignorância da religião cega e sim da espiritualidade verdadeira. A bíblia tem um esquema de leitura assim, antes mesmo de abrir a cada versículo se deve ter Jesus no coração, essa deviria ser uma regra básica. Mas o que deve ser essa “verdade” que é importante para a espiritualidade? Quando eu digo espiritualidade, não me refiro a uma doutrina, mas a substância que define a essência humana e que essa essência que define o que somos. Mas também essa espiritualidade é a “anima” que faz a vida acontecer e que é o “sopro” divino que a bíblia, nos Gêneses, explica que o Divino nos colocou para reter a vida. Lógico que é uma metáfora e não pode ser levado ao pé da letra, quer dizer que somos a essência divina que saiu dessa energia que nos faz ter a vida.

Como a bíblia foram livros escritos em grego e que temos que analisar as três conotações que trazem a esse versículo. No grego a verdade tem o termo “alethéia” que quer dizer “o não oculto”, algo que vai ser revelado como uma realidade e então, já que ele vai ser revelado, ele já é. Então na conotação grega, esse versículo fala para conhecer algo que é revelado como realidade e ela vai trazer a liberdade. Liberdade em grego quer dizer poder, também liberdade de movimento, que se você conhecer a realidade revelada ela te dará o poder de ir e fazer o que quiser e ter liberdade de seguir a doutrina de Jesus. Só que o significado e a tradução que temos, na sua maioria é ensinada, e da Vulgata latina que tem o termo “veritas” que é algo com rigor, com exatidão e essa exatidão e esse rigor é uma realidade exata. Mas Jesus com certeza não disse uma realidade exata, a verdade que ele disse é uma revelação que sai do véu e entra em uma realidade que ainda não conhecemos, pois a verdade sera revelada. Em hebraico quer dizer “emunah” que era uma promessa que deveria se cumprir, então, podemos supor que conhecer (iluminar, esclarecer) seja esclarecer aonde está a promessa a se cumprir. Então, esse libertar é conhecer essa promessa em uma espiritualidade muito mais verdadeira, muito mais voltada ao divino em sua real pureza. Tanto que Jesus diz que se seguir a sua “palavra” verdadeiramente, seriam seus discípulos. Palavra em grego é logos que era o Verbo, com o passar do tempo e com Heráclito de Efeso, logos teve uma conotação muito mais ampla e também quer dizer razão. Teologicamente, no evangelho de João, coloca Jesus como o logos, o Verbo encarnado que já existia antes da criação. Então, se seguir a palavra é seguir o Verbo e seguir o Verbo, seguirá a real promessa a se cumprir.

O evangelho de joão é o mais mistico e transforma a imagem de Jesus e seus ensinamentos, como uma promessa muito mais voltada a espiritualidade e não ao que ele aqui na Terra. Vários estudos espiritualistas seguem um estudo – se é ou não verdade não me é direito julgar – que realmente Jesus é um espirito vindo de outra orbe, que ele aprendeu e evoluiu o mesmo que nós estamos evoluindo dentro da nossa realidade. E ajudou mesmo a formar tudo que existe dentro do amor, de um espirito evoluído, a nos trazer para aprender na mesma proporção que estamos inseridos a aprender. Talvez João esteve muito mais ligado a Jesus em inspiração se deixando levar ao sentimento realmente espiritual e não só preocupado em fundar uma seita, ou edificar uma igreja física. De repente também, foi o único que entendeu o real significado da vinda de Jesus a esse mundo, porque ele veio retificar a real espiritualidade e terminar o comercio dos ensinamentos rabínicos da época – hoje está o mesmo o cristianismo – que vendiam esse ensinamento em forma de favores ou barracas de “lembranças”. Tanto que existe uma passagem que diz que Jesus chuta tudo e diz que “a casa do meu pai não é comercio”, ou seja, a espiritualidade não é uma coisa que se compra ou que se troca, mas é um caminho verdadeiro para a espiritualidade ao Divino. 

Quando Jesus diz “pai” é uma conotação universal, porque assim dizem vários estudiosos, que no velho testamento se apresentou como Yaveh que era em hebraico, mas no novo testamento, se reservou como pai “abbá” para cada um dizer em sua própria língua e dar um ar de parentesco. No ensinamento de Jesus isso fica mais do que claro e isso é realmente um retrato universalista que seus ensinamentos deveriam ser passados. Mas nessa passagem reforça que o ensinamento deve ser levado como uma promessa revelada, uma quebra do paradigma que o judaísmo trouxe como algo materialista e sem uma conotação espiritual verdadeira, pois trouxeram uma explicação terrena para explicar os sacrifícios e os pecados do mundo. Porque para o judaísmo o pecado é uma negação ao Torá e essa negação seria inaceitável – como disse que para o judaísmo a verdade (emunah) era uma promessa a ser cumprida – o pecado era a quebra da fé dessa promessa e que isso era inadmissível dentro das conotações religiosas judias. Talvez isso tenha levado, isso é bem claro, a crucificação de Jesus, a quebra da promessa judia como uma promessa única dentro de um contexto universal que levará ao ser humano dentro da espiritualidade plena e a ligação dele com o TODO universal.

Quando ele (Yeshua/jesus) disse para os judeus que acreditavam em seus ensinamentos para segui-lo, ele não estava em pecado porque não estava em erro, mas edificando que os ensinamentos estavam indo num caminho errado. Porque o Divino como uma entidade fora do tempo (onipresente) e fora dos sentimentos e percepções humanas (onisciente), não se pode julgar olho no olho dente por dente, porque existe um livre arbítrio dentro da alma humana que o próprio Divino deixou como prova do seu amor. O mal é só a ignorância humana para com o outrem e o outrem deve respeitar o que se é, pois a cada um cabe o caminho a seguir e o que quer seguir como prova da sua percepção e de seu aprendizado. Erra muito quem quer converter o outro a sua maneira, porque a pedra (petra/kefás) é a verdadeira fé em algo maior que não podemos explicar como algo material e sim algo que nos liga até a criação e a energia ou o ente que criou. Então, conhecer a verdade é esclarecer uma realidade muito maior do que realmente essa realidade se transforma e se identifica como a única realidade que não prende, mas liberta. A verdade (como algo não oculto ou uma promessa a cumprir) deve ser esclarecida para libertar o ser humano e só quando libertar o ser humano, ela vai cumprir a promessa de fato. Se lemos o Sermão da Montanha isso fica claro, então para selar seus ensinamentos, Jesus cumpriu a promessa de que a morte não é o fim e na cruz (em grego xylom “arvore” ou “madeira”) confirmou a quebra do pecado (o erro ou distanciamento) que não há um fim e sim um proposito dentro da vida. O interessante é que o pecado começa numa “arvore” e termina em outra “arvore”, a arvore de vida deu a Adão (homem) o fruto do bem e do mal e assim o ser humano escolheu o mau a seguir como algo que distanciou – que para mim é uma alegoria como o ser humano se distanciou da verdadeira religiosidade pura que também está no novo testamento, quando Jesus disse que só os corações puros vão para o reino dos céus – e a morte de Jesus numa cruz para aproximar de novo de tudo que é espiritual em sua pureza (que o império romano se apropriou e deu o que deu).

Religião (que vem do latim religare) é uma ligação e como ligação deve ligar algo a alguma coisa, porque há um meio de chegar aquilo que não pode ser quebrado, encontrar algo que te liga a aquilo. Religar é se ligar novamente a algo que se desligou e se desligou é porque se quebrou o elo, talvez isso seja a causa da queda, onde as almas se distanciaram do Divino e caíram. Então, quando essa religação nos chama temos que sair para fora do que é preso, porque para nos religar, temos que sair daquilo que nos prende. Igreja vem do grego ekklesia que é a junção de dois radicais ek que é “para fora” e kaleo “chamar”, ou seja, ekklesia é “chamar para fora” porque essa religação tem que ser para fora, aquilo que você leva como uma “boa nova”. A história da ekklesia ou igreja, sempre foi um colocar para dentro e as pessoas esqueceram que interiorizando o Divino, recriamos a ligação e nos religamos o que é verdadeiro. A meditação, a interiorização, o encontro de si mesmo se conhecendo para conhecer Deus e todo o universo, se perdeu porque passamos a nos prender em balelas litúrgicas que nada, absolutamente nada, tem a ver com uma real ligação. E tudo fica fascinação, um encanto que te fecha de ver algo a mais daquilo que realmente é e talvez, pelo simples fato de ser fascinado por algo, esse raciocínio de se interiorizar se perde. Tanto que quando Jesus diz a Pedro que edificava a pedra da sua igreja, poderia ser muito bem, que ele edificava a sua palavra para fora do templo, porque Jesus nunca ficou preso em um só lugar e em uma só comunidade. Mas ele ensinava a quem quisesse ouvi, seja homem ou mulher, velho ou criança, doente ou são.

Religiosidade é o jeito mais seguro para viver uma espiritualidade verdadeira, uma espiritualidade plena em que percebemos o mundo em nossa volta. O religioso se fecha em seu próprio conceito de pensar, a religiosidade faz o sujeito ver varias formas de se chegar até o Divino é a verdadeira ligação acontece. Enquanto, a religião é uma religação com o Divino, com o puro espirito e com a pura sinceridade, a religiosidade entende que essa ligação já acontece e é iludida com o meio religioso que se fecha em seu próprio conceito. Acima demostrei que quando Jesus diz a Pedro Simão que deixaria a primeira pedra e com ele edificaria sua igreja, era que com a sua palavra, seu ensinamento, colocamos para fora tudo que não estava de acordo a sua verdadeira religiosidade. A religiosidade é a compreensão de tudo que é sagrado sem esquecer do mundo e demostrar que o mundo não é separado do espiritual, não somos mal por natureza e sim, somos iludidos com falsas interpretações seja por ignorância – biológica/corporal ou até mesmo espiritual – e pela má intenção de levar algo para si mesmo. Mas mesmo quando isso acontece ele é iludido ou por forças espirituais ignorantes que te arrastam para essa ilusão, ou pelo seu próprio conceito de ser assim porque carrega dentro da sua própria essência o que não é bom, é danoso para o outro, é danoso até mesmo para si. E na maioria das vezes – como demostra o grande ditado popular que uma fruta podre estraga as outras sã no mesmo cesto – essa cultura se impregna com esse tipo de pensamento e se faz com que a maioria se arraste a esses pensamentos que nada tem de religiosidade e sim, de vantagem, de seguir aquilo que não se deve seguir.

Portanto, o espirital não precisa de matéria para ser sentido, não precisa ser o que vimos ou que enxergamos, mas acima de tudo é o que sentimos. A demostração de amor, a demostração de carinho, a demonstração de afeto, já te liga ao Divino porque acima de qualquer religião, somos imagem e semelhança dele em espirito.

sábado, novembro 29, 2014

“O rapaz do numero oito”









Varias gerações assistiram 


por Amauri Nolasco Sanches Junior


Quem nunca assistiu o seriado Chaves? Não adianta negar, todos nós assistimos até mesmo aqueles que não gostam ou que criticam hoje, teve seu momento na TV assistindo o seriado. A morte do ator Roberto Bolaños nessa sexta dia 28 deixou muitas pessoas tristes porque realmente crescemos assistindo o seriado do Chaves e acabamos assimilando o personagens. Bom, o que acontece que essa comoção mexeu com o esquerdismo brasileiro – um movimento que Nietzsche diria ser os ressentidos – e jornalistas começaram a dizer que o seriado é machista e que os mexicanos protestaram pela imagem que o programa passa dos mexicanos, e que Cantinflas passaria mais o que é o povo mexicano. Então os brasileiros ainda, em pleno século XXI, que o povo acostumado em tecnologia, acostumado em viver na cidade gostar de um caipira que não tem graça, não representa em nenhum momento a juventude e que se faz de coitado como todo latino americano ser reverenciado? É isso?

O nome verdadeiro do seriado Chaves era “el Chavo del ocho” que a tradução é o nome do texto, porque “chavo” é uma gíria nos países que falam espanhol, como se fosse “pivete” ou “moleque” e não se sabe o verdadeiro nome dele. Há muito uma critica social dentro do seriado que pessoas que vê de forma literal não viram, há no seriado uma critica muito forte social e é tem sim machismo, tem sim violência contra criança, tem sim um universo todo que eles disseram, mas é uma forma caricaturada para exatamente fazer essa critica e as pessoas não enxergam. O Chispirito – era o apelido de Bolaños que era um diminutivo de Shakespeare por ele ser baixinho – quis retratar um garoto da cidade, um menor abandonado que não tinha nada, nem um nome tinha. Realmente não fica atrás de nenhum pensador social porque ele faz uma critica a raiz do problema, pois a culpa não era o Sr Barriga que era dono da vila, porque ele deixava o “chavo” morar lá e ser amigo do Nhonho (aliás ele deixava as crianças do bairro ser amigo do seu filho). A culpa não era do Sr Madruga (que no original era Don Ramon o nome do ator mesmo) que batia no “chavo” ou da Dona Florinda que esnobava entre outras coisas, porque viviam dentro de um sistema que faziam que a educação era daquele jeito e que era exatamente esse sistema, que eles viviam daquele jeito. Era uma forma inocente de fazer critica ao sistema e mostrar que cada lugar da América latina tinha um “chavo”.

E de uma forma ou de outra, o “chavo” vive e convive com o pessoal da vila, tanto que quando ele tinha os ataques que deixavam ele paralisado, todo mundo sabia o que fazer que era jogar água em seu rosto. Isso mostra a solidariedade que o pessoal tinha com o “chavo” e queiram ou não, não teriam coragem de se desfazer nem mesmo do barril. As características são enormes dentro do contexto que não foi compreendido, porque ninguém se esforça para entender, ninguém se esforça para ver que o Chaves (chavo) é na verdade, o sistema e o sistema é ridículo até mesmo quem é contra ele. O Bolaños pouco se importa em colocar os personagens em contextos “vitimistas”, mas colocou os personagens como se convivessem e faziam o melhor mesmo sendo pobres e morando numa vila. O “chavo” até estudava dentro da mesma escola que todas as crianças estudavam, então dai que dizem que é uma utopia, uma fantasia. O que acontece que se identifica muito mais com um garoto pobre do que com um caipira dos anos 30 ou 40 do século XXI que mostra o atraso do desenvolvimento e não o que realmente a juventude se identifica.

Como disse no meu Facebook é que existe uma diferença entre o esquerdista e o sujeito que é de esquerda. O sujeito que é de esquerda, ele tem uma critica ao sistema que não agrada o seu modo de ver o mundo, então, ele critica a origem do problema que nem sempre é econômico e sim, social. Porque não adianta querer mudar o sistema econômico sem mudar a consciência das pessoas, ninguém consegue ficar parado e ter que trabalhar com justiça daquilo que ele trabalhou e merece ganhar e quem se deu o trabalho de ler verdadeiramente Marx e Engels, vai entender que eles falam de justiça e não em de igualdade. Acabar com as classes que afligem o capitalismo, é dar ao trabalhador o que é de justo e não ganhar igual, porque nenhum ser humano é igual e o capital financeiro tem que rodar, senão o país pára e todos ficam pobres e a falência. Um sujeito de esquerda de verdade (da inteligente), não propriamente é socialista ou comunista, o cara da esquerda pode ser um anarquista ou um libertário, porque não concordam com o sistema e não querem que esse sistema perdure e o Estado acabe. O esquerdista (uma forma extremada da esquerda) ele segue porque achou que assim poderia mudar a sua vida, ele quer fumar sua maconha, ele quer ter liberdade, ele quer igualdade, mas não quer abrir mão do seu conforto para resolver o problema social. Podemos ter milhares de exemplos dentro dessa militância que não nos deixa mentir, como proteção a um menor e muitos não adotam um menor ou dar uma coisa para comer. Criticam a homofobia, mas lógico que não deixariam seu filho ser um, e por ai vai, porque é um tipo de militância cega.


E nessa militância cega sai asneiras do tipo que o seriado é machista. Essa pessoa não viu realmente os episódios, porque também há movimento feminista que coloca a mulher em pé de igualdade com os homens. Aonde o seriado é machista se a Dona Florinda dava um baita tapa no Seu Madruga? A Dona Clotilde paquera o Seu Madruga toda hora? A Chiquinha ficava dando indireta para o “Chavo” a todo momento? Essas pessoas antes de escrever abobrinha, como de costume, deveriam pesquisar mais sobre a realidade dos episódios ou fazerem uma forcinha para assisti. Querem ser do contra? Por que não criticam o funk carioca que coloca a mulher como uma escrava sexual do homem? Ou criticam o machismo das igrejas, ou o machismo das novelas? Não querem, só são do contra. 



quinta-feira, novembro 13, 2014

Eram humanos terráqueos?







Por Amauri Nolasco Sanches Junior.


Venho pensado muito sobre a origem da vida e tudo que ela representa, mesmo o porque, graças a isso a humanidade floresceu. Então, com os livros que já li, resta algumas duvidas sobre o que a evolução realmente tomou rumos até onde chegamos ou houve alguma interferência. Podem me chamar de maluco ou coisa do tipo, mas sempre pensei que o ser humano não teve uma evolução igual as outras, ou seja, o ser humano se diferenciou dos outros animais por razões que desconhecemos. Claro que alguns vão dizer que viemos de um ramo símia – da família hominoidea – e que tomamos rumos evolutivos além daqueles que nosso organismo modelou. Mas por que somos símios sem pelos? Por que somos racionais, falamos ou expressamos o que sentimos? São duvidas que fazemos dês de quando o mundo é mundo.

Há varias teorias sobre o surgimento do ser humano e isso que o fez sempre avançar em seu desenvolvimento espiritual, cientifico e filosófico. A filosofia em seu sentido mais profundo, surgiu com a pergunta porque tudo existe e porque estamos nesse mundo, vivendo, olhando, sentindo e tendo experiencias simplesmente, únicas dentro de algum proposito. Mas que proposito? Eis que para responder a essa pergunta – porque talvez a cosmologia homérica e nem a interpretação de Hesíodo tivesse explicações o bastante – muitos procuraram ao longo da historia, responder esse tipo de relação entre os seres vivos e a realidade aonde estamos reunidos. Para o grego antigo, a água (hidros) é um elemento primordial dentro da sua mitologia, porque ela salva Gaia (Terra) do fogo. Sendo que realmente, a água esfria a Terra primordial para ela abrigar vida e foi na água, trazida por meteoros, ácidos se juntaram e células foram criadas. Talvez ainda não percebemos, isso é bem importante, que há um simbolismo muito grande dentro da mitologia de muitos povos que hoje, sem sombra de duvidas, há uma grande comprovação que tem sempre as mitologias dentro de seu simbolismo, estavam erradas. De repente vendo que os corpos eram úmidos, vendo uma gama de vida na água, nos rios e nas lagoas, Tales de Mileto, tenha tentado responder a essa pergunta dizendo que a vida veio da água e na água tudo se criou. Talvez, por se tratar de só um fragmento e não conter o resto do raciocínio, Tales faz uma ligação entre a água e os seres vivos porque há uma prova física – todos os seres vivos contem água – existe o simbologismo que a água é algo purificador, é algo que nos liga até o divino em sua mais intima essência. Os egípcios ligavam a água com a morte – dizem que Tales fez uma viagem ao Egito – porque simbolizava o começo de outro período, que toda a sua mitologia, foi produzida dentro dos períodos do rio Nilo.

Os sábio – porque ainda nesse tempo não existia o termo “philosophia – após Tales tentaram responder a origem dos seres a partir dos elementos, ou como do caso do seu discípulo Anaximandro, nós viemos do ser ilimitado, um ser que não haveria começo e nem fim. O ser humano é o único ser – a ter consciência não porque os cetáceos tem também consciência – que percebe ao seu redor e sempre quer ser mais do que é. Essa pergunta de onde veio os seres vivos e o porque eles existem, fazem do ser humano um ser que manifesta o espanto de perceber e tentar decifrar o enigma da vida, o homem enquanto ser racional, deve ter uma origem e um porque essa capacidade toda. Nesse meio caminho para decifrar a pergunta, houve milhares de avanços que possibilitaram e possibilitam, facilidades tecnológicas e tratamentos de muitas doenças. Na verdade há um meio de ir muito mais longe, muito mais perto onde podemos chegar até a origem do ser humano.

No livro O Macaco Nu de Desmond Morris diz que o ser humano é um feto por toda vida, porque essa característica de sem pelo e ter o cranio grande é características do feto de qualquer especie. Mas onde que se teve o elo entre esse momento entre o transformar um primata peludo e transformar em “feto”? Há teorias e hipóteses que remetem em muitas discussões, uma delas é que somos parte de uma civilização extraterrestre que veio por alguma razão – até mesmo espiritual – que colocou seus genes em nosso DNA. Será que são abduzidos para saber como evoluirmos? Alguns ainda vão dizer que esses “homenzinhos” que todo mundo relatam são na verdade a própria raça humana no futuro, que de alguma forma, encontraram um modo de voltar no tempo para corrigir um defeito genético que não permitia se reproduzir naturalmente. Mas o que seriam na realidade? Qual os meios que podemos usar para descobrir o elo entre o homem primitivo e o homem moderno? Sera mesmo que evoluímos a tão pouco tempo? São perguntas que ainda precisam de respostas – mesmo com o grande avanço da ciência – e que vem nos intrigado a seculos. Nem estou dizendo que isso esta certo ou errado, queiram ou não, é um meio para responder a essas perguntas se está certo e é uma realidade, talvez seja uma outras questão.


Os ufólogos, muitos deles, esquecem o lado espiritual porque se a evolução se dá por vias espirituais – isso daria mais ou menos, um livro inteiro – esses extraterrestres teriam uma especie de contato espiritual. E se eles não vieram ajudar a melhorar nosso DNA para fins evolutivos? Resta a duvida. 

quarta-feira, novembro 12, 2014

Jesuísmo Cristão





por Amauri Nolasco Sanches Junior.


Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos”
João 8:31


Dês de quando li esse versículo do evangelho, venho refletindo sobre os caminhos que o cristianismo levou e não foi um caminho pacifico não, foi um caminho de poder, gloria e muito sangue. Mas a historia do cristianismo é a historia do ocidente como cultura e como sociedade, mais ou menos, civilizada. Lógico que a igreja instaurada dentro do império romano – que Mussolini o a coloca no lugar de religião mesmo – foi mesclada, inevitavelmente, com a cultura e costumes romanos e ao invés de seguir todo o preceito de Jesus (Yashua), seguiram muito mais o pensamentos romanos e ingeriu muito, as culturas e praticas de muitas religiões.

Talvez houve um grande momento do pensamento ocidental que se estagnou e não teve onde ir e vamos ser sinceros, no tempo do imperador Constantino o império estava caindo e precisava de uma nova esperança para a luta efetiva desse império. É certo que eles tiveram grande apoio espiritual – porque o cristianismo era uma maneira de unir os povos e as culturas – mas não foi isso que escolheram e sim, o poder de governar e converter a força e ao derramamento de sangue, por isso, caíram ao descredito. E mesmo com a reforma protestante – o pentecostismo – não houve grandes mudanças enquanto querer o poder e a gloria, porque mesmo o protestantismo querer resgatar o cristianismo em sua essência primitiva, ainda sim não vai resgata o lado mais que espiritual e verdadeiro dentro dos ensinamentos do mestre nazareno. O protestantismo ainda em sua essência vai querer o poder na mesmo proporção que o catolicismo e isso veremos nos reis protestantes, nos ensinamentos teológicos protestantes e sempre falar do outro e muito de “satanás”. Ora, ficamos em duvida se é uma doutrina cristã ou é uma doutrina satânica, porque perdem muito tempo com isso. Lógico que é uma maneira de resgate financeiro.

No fundo nunca achei que o cristianismo fosse os ensinamentos de Jesus em sua verdadeira concepção, porque a essência de seus ensinamentos não são jesuíticos e nem são espirituais. Aliás, o cristianismo (catolicismo e protestantismo) é um ensinamento materialista e não tem nada a ver com a menção do Novo Testamento. Podemos afirmar, sem duvida nenhuma, que o cristianismo se separou dos verdadeiros princípios que Jesus deixou e na minha opinião, só os quatro evangelhos são cristão em sua essência. O resto é só cartas apologéticas que nada tem com a doutrina de Jesus. Na verdade, o único ponto de ensinamento de Jesus é o Sermão da Montanha e o evangelho de João.

Esse versículo que me fez refleti, Jesus estava falando dos judeus que acreditavam em sua palavras e disse que aqueles permanecerem e suas palavras, seriam seus discípulos. Daí eles diz que conheceis a verdade e ela vos libertarás, porque Jesus começa a dizer que veio colocar o “pai” dentro de cada ser humano porque não estava, estavam colocando Deus em objetos ou em coisas que eram uma imagem. Hoje se volta de novo a esse mesmo principio em colocar o divino em livros ou em objetos, mas o divino está dentro de nós mesmos. Enquanto o velho testamento vai mostrar um Deus fora – até mesmo distante ao ser humano e fora até do mundo – o novo testamento vai trazer Deus para nós em nosso mais intimo. Jesus trás uma nova proposta em trazer para o ser humano a verdadeira espiritualidade, nossa verdadeira natureza enquanto ser consciente do universo que estamos inseridos. Por isso que disse para conhecemos a verdade, pois a verdade é sinônimo de realidade e a realidade que conhecemos é ilusão, não passa de imagem (signos) no qual, somos condicionados a acreditar para não questionarmos as coisas e fenômenos que não entendemos. A verdade liberdade é sentir a realidade a partir de nós, internamente, e não ao contrario. Porque não temos que se preocupar com o futuro, ele se preocupara sozinho, na verdade quando estou escrevendo esse texto já ele ficou ao passado, a frase já é o passado, minhas primeiras reflexões são o passado.

De repente não se reparou que na verdade estamos falando em ensinamentos messiânicos – que vem de Messias e que vem do hebraico mashiach que quer dizer “O consagrado” – que são, como o nome mesmo diz, ensinamentos que consagram a espiritualidade como tal. Jesus em si, e isso concordo com algumas teologias, é um meio que o divino trabalhou para trazer a evolução social e espiritual para a humanidade e não uma verdade, porque cada um conhecera a sua própria chegando ao ápice do entendimento da realidade. A realidade ultima é a realidade que o próprio Jesus disse, que se olharmos dentro de nós mesmos, veremos que o “pai” que está no céu é verdadeiro e ele é a realidade pura e simples. Se nós pedimos, nós encontraremos, porque muitos serão chamados, mas poucos os escolhidos. Por que? Porque muitos escutarão e lerão seus ensinamentos, mas muitos poucos entenderão em sua real essência e não seguir o que o outro diz. A evolução sempre é intima, espiritual e enquanto o homem não aprender que se olhar em seu intimo e desejar de todo a convicção, sera atendido porque todas as coisas lhe serão dadas.


O templo caiu, a igreja católica está caindo, o protestantismo cairá por muitos motivos – por profanar o espirito divino por ouro e gloria – e se reiniciara uma nova etapa da evolução humana que parou com o conhecimento errado (fruto proibido) que levou o ser humano olhar apenas um lado. Os livros sagrados ensinam todas as coisas que o ser humano precisa, dês da ciência, até os meios políticos e sociais, mas ainda ficamos iludidos com um futuro incerto e não confiamos em nossa própria força. Tanto o velho testamento, quanto o novo testamento, contem ensinamentos repletos de sabedoria em linguagem hermética. O novo testamento mostra como Jesus mostrou um caminho que vai ao encontro da verdadeira espiritualidade e o amor, que não é o amor superficial, mas o amor que todos os avatares trouxeram. E isso o mestre resumiu em uma só frase: “sou o caminho, a verdade e a vida”, o caminho para que se segue dentro da evolução, a verdade que é a realidade pura, a vida que se deve ser vivida com liberdade. A vida é nós como seres agregados dentro de um universo em evolução, essa evolução sempre é continua. Ele veio para temos a vida em abundancia, mas essa abundancia não é material – ele mesmo disse que essas coisas as traças comem – e sim espiritual, porque temos que buscar sempre o reino dos céus e sua justiça e todas as coisas serão dadas em acréscimo. Então, pode dar mil reais para pastores, podem dar mil galos ao terreiro, pode jejuar mil dias, mas se você não se ligar dentro do que realmente é divino, nada acontecera e você não verá a realidade ultima. 


terça-feira, novembro 11, 2014

Espirito zen e a iluminação do ser




Buda Pregando seus ensinamentos em uma luz azul 









por Amauri Nolasco Sanches Junior.


O zen diz que todo ser que quiser trilhar o caminho da sabedoria, tem que trilhar na vida pratica e assim, se iluminara. Ao escrever esse texto, estou se iluminando porque estou fazendo o que minha vontade e minha consciência deseja fazer, estou dando as minhas ideias a você e você esta assimilando e talvez, assim espero, colaborando com o Dharma (caminho ou senda) que está. Enquanto as outras doutrinas fazem curvas, o zen como uma via romana segue o caminho reto e sem nenhuma dessas curvas (doutrinas e ideias).

Outro dia eu fiz uma reflexão no meu Facebook que a maioria tiram fotos, que vão com a família para um churrasco, ficam fazendo exercício e indo nas baladas da vida, mas que não são felizes porque não tem proposito nenhum, são conformadas. É o que os existencialista vão chamar de alienação de massa – que vem do marxismo, só que ao invés do capitalismo o próprio ser se esquiva de sua opinião para o mundo se aceitar – que não passa de ilusão e a ilusão pode ser alimentada, como algo a ser seguido, ou não alimentada, como algo que não pode ser seguido. Mas de repente a pessoa nem queira nada, porque a vida da pessoa se tornou algo vazio e esse vazio se torna algo quando preenchemos com que acreditamos, daí chegamos aonde queremos chegar, essa vida se torna niilista. Não se importa com o outro, não se importa com o mundo, não se importa com nada e ainda tem a imensa coragem de se revoltar por algumas razões politicas. Mas por outro lado, pode ser uma escolha da pessoa, pode ser uma escolha que a leve a uma certa compreensão espiritual que não sabemos porque cada ser tem sua senda e é isso que o zen ensina, cada ser viver conforme o que escolheu.

Em sua essência o zen é uma filosofia que visa a ação – não é a toa que vai transformar em um budismo dos samurais – então poderíamos dizer que é uma doutrina karmica, porque o karma tem a ver com a ação. Os seus mestres nem se preocupam com seus ensinamentos e é uma forma de destruir os pensamentos doutrinados por educações já prontas – o que ei chama de ideias enlatadas - e dão respostas, que para nós, parecem desconexas entre si mesmas. Muitos sábios ocidentais faziam isso como Diógenes, o cínico, os contemporâneos como Nietzsche e até o iluminista Voltaire. Não há novidade alguma e não podemos fazer de ensinamentos “verdade absolutas”, porque não são. Cada ser humano encontra a sua verdade e cada ser humano encontra seu caminho de encarar essa verdade porque ela muda. Não é a toa que Yashua (Jesus) vai dizer para conhecemos a verdade, pois a verdade nos libertaríamos. Não é diferente do que os mestres budistas dizem.

A verdade é o que temos como realidade, porque quando descobrimos a verdade que não existe a verdade e que tudo transmuda dentro do tempo e que tudo é uma ilusão, então, ficamos libertados dessa ilusão e podemos ser livres. Mas o que é a ilusão? A ilusão é o estereótipos que nos colocam como verdadeiros – isso tem a ver com o condicionamento da mente em enxergar as imagens que somos ensinados – mas não existe só uma realidade e sim muitas realidade. Yashua também irá dizer que na casa do “pai” existe muitas moradas, talvez esteja falando das muitas realidades que somos inseridos e se existe essas milhares de realidades, então, essas realidades podem ser mudadas com nossas escolhas e essas escolhas são escolhidas com nossas atitudes. Como ter essas atitudes? Colocando dentro de sua convicção que você é capaz de mudar sua realidade, seja qual for, então por isso, sempre temos que conhecer a nós mesmos porque conheceremos os deuses (nós como formadores de nossa própria realidade) e o universo (como a verdadeira realidade).


 Nem tudo é ruim e nem tudo é bom, só é o que tem que ser. Mas a realidade é muito mais do que isso.  

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terça-feira, novembro 04, 2014

A Terceira via para o ser humano




por Amauri Nolasco Sanches Junior

O que estamos vendo nesse momento é um ódio ingenuo em dois lados, um apoia a instauração de um governo socialista e que dê igualdade para o povo e o outro, que defende uma democracia mais limpa e livre de corrupção e com intervenção militar. O que o brasileiro na sua maioria não está entendendo que no meio dessa “bagunça” toda está milhares de interesses e se esses interesses não forem abalados, nada sera feito porque não interessa nem aos militares (mesmo na ditadura deve ter ocorrido inúmeros casos de corrupção). E há em nossa cultura – luso europeia – uma religiosidade muito mais latente do que um pensamento politico, porque não tivemos uma construção da nossa cultura, dentro de um pensamento politico. Então, o Brasil meio que saiu da idade media após a democratização politica dentro dos idos de 1985 com a vitoria de Tancredo Neves. Há discussões inúmeras sobre o modelo politico, mas na verdade – hipocritamente ou não – somos um povo tradicionalista e não aceitamos mudanças do paradigmas que estamos acostumados a termos na nossa convicção, isso é muito claro, que só a moral salva. Só que não é qualquer moral, tem que ser a moral e o bom costume da igreja que os comunistas comem criancinhas e que o capitalismo é a liberdade irrestrita. Se o capitalismo aliena, o socialismo aliena muito mais.

Há quem diga que o socialismo não veio de Karl Marx (1818-1883), que na verdade o socialismo veio de uma variação do comunismo instaurado por Joseph Stalin (1879-1953) na União Soviética. Que só há dentro do marxismo puro o comunismo que há particularidades pequenas, mas há essas particularidades. O socialismo é uma socialização da economia e as vias de produção, por exemplo, se o sujeito ganha mil reais por mês, esse mesmo sujeito ganhará mil reais por mês a vida inteira e todos ganharão mil reais por mês. A economia inteira gira em torno desses mil reais, por mês, você tem o direito de ter um saco de arroz e um saco de feijão e tem que raciocinar, porque a comida tem que ser socializada por todos. Essa comida é fornecida pelas produções estatais e não podiam ser produzidas por particulares, não pode ter comercio, não pode ter iniciativas privadas, não se pode ter religiões (por isso sacerdotes morrem de medo do socialismo), não pode ter nenhuma coisa que restringe essa socialização econômica. O comunismo é algo muito mais a comunidade de fato, os índios pré-colombianos por exemplo, eram sociedades comunistas (há uma baita confusão nesse requisito), que acabou virando comunalista por causa da deturbação do termo comunista. Então só nos resta ater em uma dinâmica única, o governo não pode e não deve se meter na liberdade do cidadão, porque ele acaba burocratizando os meios para esse meio se tornar “justo” e acaba não sendo, porque cada pessoa pensa o que seus valores o condiciona.

O capitalismo veio junto com a industrialização, essa coisa que o homem sempre foi capitalista é historia fiada. O que não é historia é o meio que ainda hoje o capitalismo usa – que nada mais eram do que os burgueses da idade media que ficavam vendendo coisas em seus burgos e com a revolução francesa, tomaram o poder usando as mesma coisas que os reis e o clero usava com o povo, a alienação – são meios de alienar o povo de sua real intenção, vendendo uma liberdade que não existe, uma igualdade que não existe e uma fraternidade que não existe. Aonde você tem uma liberdade plena? Aonde você tem uma igualdade plena? Aonde você tem uma fraternidade plena? Quando dissemos que temos liberdade estamos falando que temos o direito de temos nossa dinâmica da vontade, somos seres que temos consciência de nosso direito de ir aonde quisermos e o que determina isso é a consciência do objeto e a vontade que resulta a um objetivo. Esse objetivo é sempre para suprir aquilo que a nossa consciência deve colocar como prioritário – são símbolos que tornam aquilo importante – como o desejo de ir ou conter aquilo para o meu bem estar. Acontece que o capitalismo usa esse desejo como meio para suprir um desejo que não existe, a necessidade primordial é ter o que comer, ter o que vestir e ter onde morar. Só que o capitalismo dará pelo meio publicitário, desejos que ele mesmo não precisa, que não necessita em um primeiro momento. O capitalismo diz que você tem toda a liberdade de escolha, mas para ter algo você tem que trabalhar para conseguir aquilo, porque ele convence você, que aquilo trará a liberdade que tanto quer. Só que você fica prezo nesse processo de produção, ganhando o mínimo – que há um deficit do salario que Marx vai chamar de mais-valia que é o ganho que não chega no preço do produto que é produzido e assim, fazendo o trabalhador a trabalhar mais e juntar para comprar aquele produto que produz – e pensando que trabalhando o ser humano exerce o poder de ir e vir, mas que não supri todos os desejos que pensa ser importante e assim, o capitalismo tem sua mão de obra perpetuamente. Que entra também um pouco do que Immanuel Kant no século dezoito vão chamar de comodidade do homem a minoridade, ou seja, é muito confortável para o ser humano ter um tutor moral para botar a culpa.


As pessoas não entenderam uma coisa, não tem nenhum sistema econômico, não tem nenhum sistema politico que queira igualdade, liberdade e fraternidade do ser humano. Na verdade o ser humano é ainda iludido pelo que ele se diz detector de todas as mudanças que ocorrem no mundo, mas ele ainda não entendeu que se o universo quiser – se para ele o ser humano tiver atrapalhando a dinâmica universal como algo a ser evoluído – ele vai extinguir o ser humano e não vai ter jeito. Foi assim na era cambriana, foi assim na era jurássica e vai ser assim, se o ser humano não quiser evoluir, vai ser a próxima especie. Mas acredito que com todas essas coisas acontecendo no mundo, chegamos a um período onde há o ponto critico e se não deixarmos as ilusões, vamos assistir mais uma extinção porque o planeta deve evoluir. Então, na melhor das hipóteses, há uma maneira de evoluir e dar ao homem algo para ampliar a sua consciência, pois a consciência deve ser ampliada. Se somos o meio para parte do mundo evoluir, o que somos e o por que somos? Como poderemos evoluir diante de tanta mediocridade e de tanta comodidade mental em torno de algo que quem deve mudar é você mesmo? O homem tem o poder de mudar as coisas sendo ele um ser racional, podendo falar o que pensa, podendo fazer o que pensa, podendo expressar sua vontade. O que falta ao homem é sair dessa mediocridade que não ajudará a nenhuma mudança se essa mudança não for feita por você mesmo, não tem ideologia, não tem religião, não tem forças nem malignas e nem benignas, mas as atitude do homem com o próprio homem fazem as coisas benignas ou malignas. Se quer mudança busque você, se quer algo, busque você, se quiser ser seja você, porque não é a toa que devemos conhecer a nós mesmos, porque conhecendo a nós mesmos vamos conhecer a única força que importa, a sua vontade. Essa é a única lei. 

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segunda-feira, novembro 03, 2014

A verdade está lá fora


Uma ilustração com Jesus, Buda e Krishna caminhando juntos na porta do caminho para o palácio divino. Que poderíamos colocar, como o caminho para a verdadeira espiritualidade. 






por Amauri Nolasco Sanches Junior.



Eu sempre assistia “Arquivo X” e ficava pensando se aquilo era ou não era verdade, pois há um mistério muito grande dentro do universo e dentro da nossa realidade. Ao longo dos anos que se seguiram, eu li as teorias físicas e teorias de outras civilizações que vinham para a Terra – mas isso aconteceu muito depois com o advento da internet – que até existe uma área nos Estados Unidos que é um mistério, a área 51. Mas para mim é tudo historia de pessoas que ficam alimentando o ser humano com medos afim de dominar, fácil enxergar isso, damos o problema e damos a solução para esse problema. Muitos “equisotéricos” – mistura de exotérico com esquisito – ficam gritando aos 4 ventos de governo oculto, Iluminati e coisa e tal e acredita cegamente em coisas que não existe, o mundo é muito grande para ser dominado. O que existe é o explorador e o explorado, o que temos de ideologias politicas são apenas teorias politicas para dar uma certa esperança ao ser humano, mas em todas essas ideologias, contem o explorado e o explorador. O que devemos fazer é elevar nossa consciência evoluindo e entendermos alguns processos que alteram a nossa vida e de todos a nossa volta, pois entendermos como funciona o meio onde a realidade funciona, onde podemos mudar ou não a realidade de fato.

Muitos sábios que estudaram e filosofaram sobre tudo quiseram entender a realidade, pois nenhum ser humano entende a realidade e sua natureza intima. Muitos irão dizer que a realidade é o que ela é, uma arvore é uma arvore e não tem como ela não ser uma arvore. Mas vamos ir a fundo na questão e até ser muito cético, a realidade poderia ser o que achamos o que ela é e não ser nada o que pensamos ser. Em um outro momento a arvore pode ainda ser uma semente, poderia está crescendo de maneira diferente e até, não existir. Na teoria quântica da realidade, existe muitos mundos no infinito, agora estou escrevendo, mas em outro momento não estou escrevendo, num certo momento estou meditando e por ai vai. A dinâmica do universo é muito estranha para nós, porque já se comprovaram vários fenômenos inexplicáveis que ainda se procura explicação. Esses fenômenos já explicam que a realidade pode não ser a realidade, mas muitas realidades e essas realidades podem ou não ser uma só. A grande explosão (vulgo Big Bang) se criou a realidade que conhecemos, mas conhecer não é entender, para temos o esclarecimento temos que entender. Para a maioria há um conhecimento de tudo, mas a maioria não entende o porque que tudo existe. Posso estar digitando esse texto, posso ter uma ordem dinâmica dos pensamentos que quero passar nesse texto, mas se eu não entender o que estou escrevendo não posso botar ordem nele. Entre a harmonia e o caos está a o conhecimento e o entendimento, porque conhecer não é ter a informação se você não entende aquele conhecimento. Sera que estamos no caminho certo? Sera que o medo é a falta de entendimento de alguns fenômenos? Pode ser ou não, mas existem meios para descobrir a natureza intima desses fenômenos.

O medo tem colocado o ser humano no processo dominador a uns 5 mil anos, inventaram um ser ultra humano que criou tudo e seu inimigo eterno que quer destruir tudo, então a realidade se fez dessa guerra astral. Em um outro momento, inventaram um ser que julga conforme sua vontade e se você não se curva a ele todos irão para um território que fica num domínio de um querubim que se rebelou, depois foi expulso com sua legião de seguidores dessa guerra. Essa guerra astral é para colocar medo nos explorados e assustá-los para serem conformistas, fazerem o que os exploradores quiserem senão irão para o inferno. O que a maioria não quer entender é que não existe nem o paraíso e nem o inferno, mas sim, o estado da consciência que continua porque há leis universais que devem equilibrar a realidade. A consciência infinita que volta a sua fonte – já que tudo é energia – é apenas a existência de infinitas existências que temos, o que existe é uma só energia. Mas de onde vem essa energia? Sera que essa energia é a mesma da criação?

Como disse, a realidade está muito longe de ser desvendada por causa das inúmeras certezas absolutas que as pessoas – muitas delas não deveriam pregar e sim ensinar – dizem ter, que religiões enganam pessoas, que não existem “Deus” ou “deuses”. Mas no fundo do seu intimo sabe que o ser humano nega tudo aquilo que o assusta, aquilo que não entende e tem que ter uma explicação, que muitas vezes, tem que ser simples e objetiva porque deve acalmar seu anseio. Talvez por isso as religiões pentecostais e neopentecostais tenham tantos adeptos, pois seus ensinamentos são objetivos e ensinam que não há mais nada além disso, que toda e qualquer aparição e descoberta é criação do “inimigo” que é satanás, então, há um objetivo do homem em se livrar do pecado. Só. Não há o porque querer entender os fenômenos, pois quem quiser entender os fenômenos ficara “louco” ou na melhor das hipóteses, ficara longe da divindade. Tanto que dizem que as outras religiões estudam muito, que só a bíblia é a verdade. Só que a maioria não entende – por isso o entendimento é importante – que há uma diferença muito grande entre a espiritualidade e a religiosidade. Porque de repente muitas pessoas colocam ser religioso com suas orações e ritos, além de seguir um sacerdote (que seria um tutor espiritual), em ter uma espiritualidade e nada tem a ver, isso até quem se diz ateu, confunde. Religião vem do latim religare que tem a ver com religar o ser humano a força divinas, consciências muito além daquilo que entendermos – se bobear até seres superiores são adorados por religiões – e que construiu nossa realidade. Acontece que se estamos dentro da criação e se somos parte de toda a matéria e energia desse mesmo universo, por que temos que ter uma religação dessas forças criadoras? Dai nesse ponto somos obrigados a olhar em uma perspectiva muito mais abrangente, porque ai está a verdadeira espiritualidade e o porque não devemos esquecer do espirito mesmo se nós viemos de outros seres.

Dai explicaria nossa habilidade de pensar? Explicaria nossa habilidade de não ter pelos? Alguns vão dizer que o nosso lado biológico se adaptou melhor sem os pelos por causa das savanas africanas, mas outros vão defender que o ser humano evoluiu ao mesmo tempo em todos os continentes ao mesmo tempo. Se houve essa evolução então não há explicação para para não ter pelos e então, não há explicação da evolução e não tem explicação que viemos dos símios terráqueos e se por algum motivo viemos, algo muito provavelmente, modificou a linha dessa evolução. Mas o que ocorreu? Eu lembro do seriado quando eu era muito pequeno que se chamava “O Elo Perdido” e mostrava um menino pré-histórico (se não me engano se chama Chaca), e criaturas que não eram humanas e viviam em cavernas (pareciam esses seres que o pessoal diz ser abduzido). Eu achava tudo aquilo estranho, mas como eu era novinho achava nada naquilo. Depois eu fui notando que varias coisas que eu via nas tvs quando era garotinho, eram teorias físicas e até teorias de origem do ser humano. Mas ai existem pessoas que dizem: “ah Amauri, isso é ficção, não existe”. Qual o critério do que existe e não existe? Qual o critério de descartar uma hipótese? Não há que negar que o universo seja infinitamente muito grande para ter certezas tão absolutas, mas podemos dizer que existe um mistério muito maior e muito mais horripilante que pode existir, o eterno retorno. Ali, segundo varias teorias, está o futuro e o passado da humanidade e explico.

Segundo algumas teorias, os chamados extraterrestre que abduzi o ser humano não passam de seres humanos vindo do futuro. Encontraram uma forma de vim ao passado – vejo que são seres muito a frente do futuro – e querem corrigir uma falha genética que ocorreu que não podem mais se reproduzir. Podemos imaginar que de alguma maneira o ser humano clonou ou sei lá, e tirou o poder de reprodução natural e não teríamos o prazer ou até o amor. Ora, o seriado mostra que esses seres ficariam entre os homens pré-históricos para roubar o planeta e dominar, mas não passavam de criaturas medíocres (bem seriados dessa época). Existe outra hipótese, que o governo norte-americano inventou esse tipo de coisa para dispersar o medo de uma guerra nuclear e o mais bizarro, essas supostas abduções nada são do que experiências do próprio governo e que eram maneiras de adquirir material genético sem ao menos criar alarde. Estranhamente, após a guerra fria, há fenômenos – que podem ser sinais para o ser humano entender que existe uma realidade além – mas não há mais abduções como andavam tendo. Talvez, o ser humano não tenha entendido que não são outros seres que vão dar jeito em nosso planeta, mas sim a humanidade e sua capacidade mais do que obvia que é a capacidade do raciocínio. Para raciocinarmos e temos a consciência do ambiente onde estamos – ambiente como comunidade mesmo – devemos entender o que é o ente, o que é que estamos fazendo e o que não estamos fazendo. O ente existe a partir do cogito e é esse cogito que fará com que o ser humano entenda que ele é único, não há igualdade enquanto pensamento, não há guerra de classe se ninguém pensa igual. A própria física derruba isso, porque o tempo é relativo para cada ser em todo universo, porque o universo está além do horizonte das nossas próprias ideologias. Podemos dar dez mil para cada cidadão, cada um vai fazer o que achar que tem que fazer com esse dez mil e existira pessoas que esse dez mil não dará. O ser humano ainda não entendeu que é a posição de sua consciência é o que vale e não a igualdade, porque enquanto o ser humano ainda não perceber que o homem enquanto ser que pensa e sente o ambiente onde vive, pode modificar seu estado e sua realidade. Porque mudar sua realidade é estar consciente da sua existência e se estamos conscientes que só existe a minha existência – indo no mesmo caminho que Descartes pegou para provar a existência de Deus e todo seu principio ativo e único, pois se ele é um ser consciente ele é tem a consciência da sua existência – então estamos conscientes que existimos e se existimos somos a realidade e se somos a realidade somos o principio ativo do mundo. A consciência faz de nós seres que somos levados a nossa vontade – essa vontade se tornara a única realidade que temos – de ir onde pensamos em ir, pois o pensar (cogito) só é ativo se percebemos que temos que interagir conosco e com o ambiente, pois assim, construiremos algo dentro do mundo e da realidade aparente. Por que realidade aparente? Porque tudo é momentâneo e nada pode durar além daquilo que fará – como consciências permanentes – elevar até a realidade ultima que poderemos entender o motivo da existência de tudo.


Isso fica aparente quando olhamos o Gêneses que só é a síntese daquilo que o explorador quer do explorado, ele quer que não tenhamos consciência de si mesmo. Porque o ser humano é só feito para trabalhar e esse trabalho é uma condenação divina, não podemos sair disso porque é uma condenação daquilo que podemos ser em especial e dentro do texto está isso. Elohim diz que se o homem comer o fruto da arvora da vida iria se tornar iguais a eles, então, o homem comeu o fruto e viu a realidade e a realidade é que o homem poderia ver a si mesmo. Sua nudez é a pureza e a pureza foi coberta pela moral, pelo poder que as religiões podem tomar dentro da consciência de cada um do ser humano e não é isso a verdadeira espiritualidade. A espiritualidade não é ser contra as pessoas, mas entender cada um na sua esfera da realidade igual a cada universo que exista ao cosmo. A verdadeira espiritualidade não combate o mal, pois o bem e o mal são medidas que aprendemos a usar e se olharmos dentro da medida, aprenderemos a olhar que cada ser é um universo e se é um universo, é uma realidade. A libertação do homem não é condicionar o ser em uma liberdade onde pensamos ter direito – pois a existência é muito mais do que mera existência – mas sim, libertar o ser humano a uma liberdade espontânea sem amarras ideológicas e sem se apegar em pensamentos tutores minoritários (pegando um kantismo). Dai talvez podemos ter o entendimento daquilo que é além do que estamos acostumados e a frase de John Cárter (diretor e roteirista do Arquivo X e Frigie) tenha sentido, a verdade está lá fora, está no infinito de hipóteses e oportunidades que ainda nem sonhamos em descobrir. De repente, caímos na real e poderemos ver, que não somos os únicos a termos consciência dentro até do próprio planeta Terra – olhando os cetáceos – e que tem uma realidade muito maior acima dessa realidade que nos condicionamos. Somos seres de consciência e sabemos disso, só falta olhar além do horizonte de um infinito condicionado. 



Um conto que tem a ver com o texto: 


O PEREGRINO DOMINIQUE -> UM CONTO