quarta-feira, outubro 28, 2015

Ninguém sabe o que é filosofia, muito menos Simone de Beauvoir






Uns dos maiores problemas do Brasil é a educação em todos os níveis possíveis e isso reflete dentro do que o brasileiro pensa saber como politica, mas politica também envolve ideologias e ideologias, queremos ou não, são teorizados dentro do pensamento filosófico. A extrema polemica que se teve na questão do ENEM – que esse ENEM foi muito bom para refletir – envolvendo algumas questões e envolvendo a filosofa feminista e existencialista Simone de Beauvoir (nunca acerto escrever seu sobrenome) que o conservadorismo tacanha do brasileiro – exatamente por não saber filosofia e não saber o que é educação – fica escrevendo coisas que não fazem sentido dentro da filosofia e dentro da própria filosofia. Qual filosofia temos? Como podemos entender de uma coisa que não fazemos a mínima questão que existe? Vamos entender o que é filosofia para entender o que Beauvoir quis dizer com a frase que está no seu livro parte 2 do Segundo Sexo.
Filosofia não foi usado (o termo) como uma disciplina em si mesma, foi uma resposta meio que “revoltada” de Pitágoras por ser chamado de sábio, a tradição vai dizer que o pensador de Samos, dirá que ele é um “philosophós”. Por que Pitágoras vai dizer isso? Porque ele não sentia diferente dos outros seres humanos, outros iguais a ele, foi um ato de rebeldia com o rei local que lhe colocaria como a mais de todos que estavam ali. O “philosophós” de Pitágoras era uma junção do termo “philia” (amor amizade) e “sophia” (sabedoria), ou seja, “amigo da sabedoria” como um companheiro que aprende com uma amiga. Dali por dante, “philia/sophia”, se torna uma forma de seguimos a sabedoria (sophia) numa eterna amizade (philia) que derivou o termo “philosophia” que é uma tentativa de romper com aquilo que não se cabia mais naquele momento. Assim como Diógenes, o cínico (cão, era uma escola socrática liderada por Leucipo), disse para Alexandre Magno sair do seu Sol após o soberano da Grécia inteira falar para pedir algo, Pitágoras vai desafiar também a imagem do soberano dizendo que não era sábio e sim, seu amigo. Não um amigo qualquer, era uma amizade intima com a sabedoria. Mas ao mesmo tempo, a sabedoria dava ao “philosophós”, uma revolta constante daquilo que a tradição fazia como verdade absoluta, mas que era um refugio para não mostrar sua ignorância. Todo fanatismo é a ignorância daquilo que temos medo, aliás, o fanatismo é gerado pelo medo e a incompreensão de certos fenômenos. Antigamente se inventavam deuses para explicar os fenômenos climáticos, o surgimento do mundo e até mesmo do ser humano, hoje em dia, esses deuses tomaram outra forma (como se a ciência tivesse dado outro rumo a hermenêutica da realidade), e essas formas são dentro do discurso hoje, como o fenômeno UFO ou vários fenômenos paranormais. Não que não existam, não é esse rumo quero chegar a discussão, mas tudo é aquilo que nossos conceitos acham real e esse é o problema, um ideal virar um fanatismo religioso. Isso levou a morte muitas pessoas inocentes e levou a morte Sócrates que num ato de revolta, aceitou essa morte e honrou as leis que levaram Atenas a submissão anos depois. A filosofia como pensamento é rebelde, pode ter uma espiritualidade, mas ainda sim é rebelde.
Com essa explicação sobre o que é filosofia podemos fazer a seguinte pergunta: qual filosofia vai construir a filosofia portuguesa e logo após a filosofia brasileira? O catolicismo. O espiritismo brasileiro é católico. O protestantismo brasileiro é católico. As religiões afro-brasileiras são de base católica. A filosofia brasileira, se acredita ou não em algum deus, é de base da moral católica. Não se pode negar isso dentro de pensamentos dos mais variados pensamentos dos pensadores brasileiros, nós ainda somos vitimas do fruto do pecado e devemos sair disso com a redenção deles. Mas antes disso a filosofia vem da patrística (agostiniana) e a escolástica (tomista) e consequentemente, nosso modo de pensar é um platonismo aristotélico, ou seja, nós só vamos ser felizes no paraíso (mundo das ideias) onde tudo vem e para onde tudo vai. Mas essa felicidade só se dará com a ética (que muitas vezes não temos), de sempre ter amigos por sermos animais sociais. Nisso tudo é uma educação extremamente machista (onde as mulheres devem sim servir o homem por causa da sedução de Eva ao oferecer a fruta do pecado a Adão) onde muitas vezes, as mulheres são submetidas as vontades do homem e o que é mais alarmante, mesmo um ato de liberdade (como acontece no funk pancadão), a mulher ainda é um objeto do homem em satisfazer seu desejo, seja objetivamente (pessoalmente corpo a corpo) ou subjetivamente (do mesmo modo das revistas masculinas). Somos ainda uma nação conservadora – no caso, moralista, por achar que o discurso é prioridade do que a pratica – ao ponto de achar que nem futebol, nem religião e muito menos, sexo, se discute.
Mas por que nenhuma dessas coisas não se discute? Porque nosso conservadorismo não entende e nem quer ser dialético e se impõem como uma moral, que em pleno seculo XXI, não cabe mais ao mundo e ao pensamento globalizado. Um estrangeiro iria rir muito a essa critica a prova do ENEM que configurou a critica a frase de Simone de Beauvoir, porque – mesmo em Portugal – se educa incentivando crianças a lerem filosofia dês de cedo, aqui, muito raramente. Estamos com 30 anos de democracia – o povo adora colocar a culpa na ditadura – e a educação (a grade curricular) não mudou, são as mesmas coisas inúteis, são as mesmas coisas que só agradam a industria, são ensinadas. Quando na sua vida você vai usar o Teorema de Pitágoras? Quando na sua vida você vai usar o Teorema Cartesiano? Existe 60% de tudo que você aprende na matemática e em outras matérias, que se você não for biólogo, engenheiro ou engenheiro espacial, isso dai só foi perca de tempo, gasto desnecessário do dinheiro publico, ainda, pega o tempo em matérias necessárias como português, filosofia, sociologia, ciência e historia, a matemática é uma matéria que deveria ser dado só o básico. Por isso ninguém escreve direito, ninguém interpreta um texto direito (já vi pessoas que pensaram que o texto era serio, mas era de blog de humor), não sabe as teorias cientificas, não sabem a pensar por si mesmo (por isso que existem pessoas seguindo fanaticamente religiões ou repetindo pessoas sem saber) e não sabem escrever nada, o mundo para ele é um lugar estranho. O que adianta um aluno saber o que é a raiz quadrada, se não sabe nem historia e muito menos escrever?
Outra coisa que muito jornalista de revistas que não informam e querem vender, muitos que causam polemicas desnecessárias não sabem é a sutil diferença entre o socialismo e comunismo. Primeiro, o socialismo e o comunismo – do mesmo modo o liberalismo, anarquismo, liberalismo democrático, etc – são construções ideológicas dentro de um panorama histórico, não foi Karl Marx que inventou o socialismo e depois, idealizou o comunismo, mas deu o viés cientifico. Assim como nem Prondhon e muito menos Bakunin, inventaram o anarquismo, mas deram uma arrumada para quem seguisse, não ficasse perdido numa infinita gama de vertentes. Na verdade o socialismo e o comunismo e se quisermos ser radicais, o anarquismo, são construções de filosofias humanistas que viam o homem dentro de uma perspectiva, mais ou menos, senhor das suas escolhas. Começa com Rousseau que nos dirá que o homem nasce bom, mas a sociedade que o faz ser malvado por causa dos inúmeros papeis que ele tem que exercer e outra, todo aquele que cerca um punhado de terra e diz ser seu, é um ladrão. Na verdade, Rousseau vai dizer o primeiro homem que fez isso e disse ser seu, inventou a propriedade privada e assim, levou o homem a luta constante. Voltaire, que era progressista, achava que o filósofo genovês estava exagerando, que o homem deve cada vez mais evoluir com a ciência. A grosso modo, o povo era pobre e explorado por causa desse primeiro homem, essa exploração por causa desse primeiro ato. Ora, se Rousseau estava certo ou não é outra historia, mas demonstra que o socialismo e o comunismo, já estava em andamento e graças a filosofia de Rousseau e Kant, depois, vai se acontecer a revolução francesa. Essa construção histórica ela é baseada no trabalho, no direito que tem o trabalhador dentro de uma fabrica, dentro de qualquer meio de produção. Essa construção vai desencadear varias vertentes que não se entenderão e cada um vai acreditar em um ideal, dai que Karl Marx vai dar rumo ao socialismo e ao comunismo como algo idealizado para estudo, pois a implantação seria e é difícil pela ganancia humana e os interesses de algumas instituições. Por que nações como Cuba e a URSS nunca deixaram de ser socialistas? O socialismo é uma maneira de se governar após a revolução, para ensinar a ética e a moral necessária para a implantação do comunismo, mas uma coisa essas nações erraram, não se pode fechar a economia e nem achar que tudo que se gasta, não precisa entrar nada. Não conseguiram porque os países ficaram pobres, ficaram países que o governo só, tem o dinheiro e o nivelamento foi para baixo e não de classe media.
Marx não era adepto ao ensino, mesmo o porque, o marxismo sempre visou as matérias básicas dentro das escolas e falar em uma “doutrinação comunista” numa prova do ENEM, é ignorância demais e só levara o Brasil numa escuridão e atraso, evidente. Ora, podemos nos perguntar: Paulo Freire em todo seu escopo de livros é comunista? O freirismo não é nem de longe comunista e nem visava uma doutrinação, porque Paulo Freire sempre dizia – e está registrado em video no YouTube para quem quiser ver – que o aluno aprende com uma construção do conhecimento, não adianta, por exemplo, ensinar a moral de Kant na maneira clássica que um adolescente que ouve rap ou funk, vai achar aquilo “chato” e até não vai querer aprender. O freirismo combate exatamente que a esquerda stalinista prega, a doutrinação de massa, porque para o freirismo, cada indivíduo é um universo. De onde tiraram que a obra de Paulo Freire é comunista, não tenho a menor ideia, mas se tratando de jornalista de revista falida, imagino que as universidades de jornalismo não estão ensinando direito ou simplesmente, é sem-vergonhice. Então, começamos a entender que a Dialética marxista – que vai usar a dialética hegeliana do senhor e do escravo – é uma construção de estudo e não uma doutrinação como aconteceu com o nazifascismo ou o próprio fascismo. O que fizeram depois, dai beira muto mais de um fascismo socialista e comunista, do que um marxismo propriamente dito. Só para deixar claro, não apoio e nem concordo com o socialismo, porem não se deve ser vigarista intelectual e inventar um monte de baboseiras para ganhar adeptos.
Sabemos que existe questões muito mais complexas e muito antes do advento do capitalismo que o socialismo não conseguiu combater, não conseguiu dar ao ser humano uma condição de ser que pensa e um ser que sente. Mas nem de longe, a busca de direitos da minoria é uma busca dentro do socialismo e o comunismo, pois o comunismo vai tratar o ser humano como só um animal social e politico, mas não um ser em constante construção moral e ética. Moral dentro de uma ideologia politica, deve seguir os designo daquela ideologia, pois o ideal não pode ser quebrado. A moral – que vem de mos que quer dizer, relativo aos costumes – é quase um modo de perpetuar um costume de um povo e de um ideal. Qual moral tem nosso povo? Qual linha de raciocínio tem um povo que não sabe o que sente? Vamos então entender a questão da critica.
Em todos os tempos sempre houve as minorias que eram e são discriminadas e sempre serão dominados. As mulheres sempre foram espolio de guerra, os homossexuais sempre foram mortos ou coisa pior, os deficientes sempre foram jogados na sarjeta, os negros sempre foram vistos como povos estranhos ao nosso, muito antes do capitalismo liberal, só se continuou a exploração. Foi o capitalismo que matou os índios? Não, foi o mercantilismo do absolutismo. Foi o capitalismo que escravizou os negros? Não, foi o mercantilismo absolutista. Não nada de errado em juntar o seu capital fruto do seu trabalho, o problema é a exploração que isso se leva com o mando e desmando de famílias que dominam a América Latina a seculos com seu populismo e a perpetuação doutrinaria. Com o advento da primeira guerra mundial – que os homens iam para a guerra – e a segunda guerra mundial, as mulheres tiveram que trabalhar. Numa dessas fabricas norte-americanas – os yanques adoram dar showzinho a parte – houve uma greve que o dono colocou fogo, matando muitas mulheres (como fossem animais, era essa a ideia de Max Weber de ética protestante?). Após esse advento, após outros adventos de preconceito e abuso de poder, as mulheres começaram a cobrar os seus direitos e isso ganhou força nos anos 60 do seculo XX, com força para romper certos paradigmas. Na verdade encurtei ao máximo por não caber, mas assim como o socialismo, comunismo, liberalismo, e etc, o feminismo é uma construção histórica de uma parcela que não mais podia permitir que homens tratassem elas como se fossem animais. Nesse momento do cume libertário cultural que se encontrava, quebra de paradigmas que estavam querendo voltar (com a morte de Kennedy e as varias ditaduras e o pior, a guerra do Vietnã), surge varias obras e umas delas é O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir.
O que Beauvoir fez com o companheiro Sartre não me interessa, estamos discutindo a obra e elevando um pouco mais o debate, os “bacanais” ou a sexualidade de cada pessoa deve ser respeitada, afinal, a maioria dos homens brasileiros são traídos por incompetência e eu não falo nada e nem me interessa. Continuando. A principal frase dessa obra é “Não se nasce mulher, se torna mulher.” e foi ela que gerou todo esse ataque, hora como doutrinação da ideologia de gênero, hora como uma tentativa de doutrina comunista (como se o comunismo defendesse alguma mulher, as russas e as alemãs estupradas no final da segunda guerra mundial, que o digam), como se o comunismo se preocupasse com frases e doutrinações num ENEM. Ideologia do gênero prega que todo homem e toda mulher é uma construção social – estão errados? – no sentido de não poderem fazer suas próprias escolhas. Claro que exagero. Uma mulher que mesmo numa cultura mais ou menos liberal, vai se sentir mulher ao se deparar para sua identidade individual de mulher, o homem com as facilidades que o gênero permite (porque o mundo ainda insiste ser machista), vai se identificar muito mais fácil com sua identidade masculina. Mas quando a homossexualidade em jogo? Quando a mulher é ensinada a ser mulher porque “mocinhas” devem se “comportar” e os “mocinhos” tem que sair por ai “galinhando”? Mas quando deixamos as crianças escolherem sua religião, sua ideologia, sua carreira e quem e onde casar? Eu fui criado que não é porque sou menino que vou “galinhar” por ai, não xingar nenhuma mulher de “vagabunda” mesmo que ela me agredir, e o mais interessante, que homens e mulheres são iguais. Cada um escolheu seu cainho, escolhi o meu em ser heterossexual, publicitário e TI, ser noivo de uma linda mulher e ainda ser anarco-libertário. E como disse Zakk Wyde, não tenho religião, sou um soldado de Jesus Cristo.
A construção de um caráter (ética), não é uma construção psicossocial dentro de uma etnia que estamos inseridos? Você não nasce negro, não nasce mulher, não nasce deficiente, não nasce pobre ou rico, não nasce homem e tão pouco, nasce brasileiro, europeu, norte-americano e etc, você torna a partir de imposições socioculturais que foram construídas dentro de seculos. Como sei que sou homem, brasileiro, deficiente (cadeirante), caucasiano (italo-hispano-basco) e que sou anarco-libertário? Pela identidade que foi construída dentro desses estereótipos que formaram meu caráter (ética) ao longo dos seculos e talvez, existe fatores ainda espirituais que as pessoas não gostam muito de colocar (principalmente no academismo). Esse é o discurso do poder que nos escraviza e nos faz pensar que somos providos de liberdade para tal escolha, mas existe liberdade quando somos e pensamos diferente? Simone de Beauvoir certamente, quis chamar atenção as outras mulheres que não são obrigadas a acatar os estereotipo que a sociedade acabam lhe pondo, como frágil, como que não sabe o que faz, como se dependesse do homem para tudo e hoje em dia, não é bem assim. Talvez isso gerou ódio mortal das mulheres – a educação daqui, muitos homens tem ódio mesmo das mulheres como se elas tivessem culpa do fracassado que alguns homens são – esse ódio vem do medo de perder tudo aquilo que se tem, perder os privilegias, perder a dominação e a religião cristã (Pelo menos a protestante), odeia esse discurso porque Eva tentou Adão a comer o fruto, as mulheres (que na cabecinha são descendentes de Eva) devem paga por isso por toda a eternidade. A pergunta é: isso que Jesus Cristo pregava? Não li nada disso nos quatro evangelhos que foram canonizados e em nenhum apocrifos que a igreja, claro, não reconhece. O que li é que sempre as mulheres eram defendidas por Cristo e ainda, o seguiam, principalmente, Maria sua mãe e irmãs e Maria de Magdala (Madalena num modo latino). Lógico que no velho testamento a mulher era submetida, estamos falando de uma cultura hebraica machista e nessa cultura foi construída as religião judaica, mas estamos falando do cristianismo e isso as teologias inúmeras não entendem, ou você é judeu, ou você é cristão.
Para concluir vamos refletir. Por que houve esse alarde dentro das alas mais conservadoras? Porque nosso povo brasileiro – seja esquerda, direito, corintiano ou palmeirense – odeia mudança por ser um povo acomodado, não temos a cultura de sair da nossa zona de conforto para mudar alguma coisa. Outra ala dentro do nosso povo, usa isso como 5 minutos de fama e é isso, querem fama e reconhecimento. Alguém acha que um intelectual que mora nos EUA ou em outro lugar, vai está preocupado com o Brasil? Claro que não. Querem ficar em evidencia, querem vender revista, querem pagar de revolucionários, quem sua parcela de fama. Isso é evidente. Claro que há exagero e posso dar uma de advogado do diabo e dizer que por um lado a mulher quer ser independente, quer ter sua vida, quer escolher o seu caminho, mas existe coisas que ela não abre mão. Como o homem pagar a lanchonete. Como o homem tomar as decisões difíceis. O homem defender sua honra. O homem ser protegido e ela bater na “outra” e etc. Como há homens criados para terem ódio mortal de mulher, como se elas fossem culpadas de sua desgraça de vida, nunca vão esquecer do pecado original. Não é uma construção social? Sim, claro. Mas se aceita essa construção como algo que aceitamos como verdade absoluta, mas não há verdades absolutas dentro de um prognostico social e isso não podemos negar. As varias teorias e utopias que prometeram tirar o ser humano das “correntes” – que mesmo Rousseau não conseguiu sair – que o aprisionaram (alguns querem ficar nessa prisão) e não conseguiram, porque é uma coisa cultural e não uma coisa que se pode mudar em uma hora para outra. Na verdade, não é as utopias ideológicas que vão salvar o ser humano, mas ele mesmo com o conhecimento e a construção do seu próprio ideal. Não é o poder que nos doutrinam, mas nós mesmos.


Amauri Nolasco Sanches Junior, 39, publicitário, TI e filósofo.