sábado, novembro 21, 2015

A ciência e sua crença sobre a “seleção natural”







Antes mesmo que um babaca ateu militante (que chamamos de neoateu), possa chamar meu artigo de anticiência, vou esclarecer que no mesmo modo que não confio num sacerdote trancado numa igreja, eu não confio num cientista trancado num laboratório. Sim. Concordo com Nietzsche que o ocidente criou uma cultura ressentida e esqueceu dos verdadeiros valores que construíram a sociedade grega, com seu esplendor e seu orgulho de serem seres humanos criados para serem seres humanos e não, peças de um xadrez cósmico. Não pensem que só a religião faz isso e sim, todos os conhecimentos do mundo, inclusive, o conhecimento que é levado a massa que é muito mais do que possamos imaginar. Claro que o grego – que chamamos de cultura clássica – tinha a crença que os deuses o manipulavam, mas não tinham o pensamento que os deuses eram seres a parte do ser humano.
Voltamos a seleção natural, pois vou explicar o mais facilmente, o que seria. A seleção natural é apenas o meio escolhendo o que mais facilmente, se encaixa dentro dos padrões do ambiente e que mais pode sobreviver dentro de um ecossistema. Acontece que o pessoal – pelo menos quem escreveu alguns textos que li sobre – não entendeu o que Charles Darwin quis dizer no que se diz respeito a seleção natural. A coisa é bem simples, em dado momento uma especie por mudar de ambiente ou por ter uma nova determinada situação, muda sua tática de sobrevivência, ou seja, ela vão variar as raças para melhor adaptar a especie. O homem, por exemplo, não evoluiu diretamente do macaco, mas é um derivado do mesmo animal que deu origem de todos os animais da especie símia (que não é só macaco, mas saguis, micos e etc). Ou seja, o homem é um meio de sobrevivência para a própria especie simia que o único indivíduo deu origem.
Num artigo que li o escritor estava relatando que o professor de biológica dele teria dito que era mais fácil alinhar palitos do que construir uma girafa. Dai se faz a pergunta: a evolução se deu por acaso ou simplesmente, um meio dela acontecer como os engenheiros de software constrói os jogos de videogame? Vamos dar um exemplo simples – adoro dar exemplos que estudei a exaustão – onde podemos ver que a evolução não pode ser encarada como um conjunto aleatório. Um programador constrói um software com o algoritmo (linhas de código logicas que são feitas dentro do copilador que o computador transforma em código binário), e esse código não é um código alienatório que se cria sozinho, pois mesmo que quiséssemos, muitos desses códigos não se escrevem sozinhos. Mesmo se um dia nós, seres humanos, inventarmos a inteligência artificial, não vamos fazer o cérebro artificial fazer com que os código apareçam como se fossem aleatórios. O problema começa quando se acha que moléculas se combinaram num processo dimensional (após o Big Bang), como se fosse jogar letras por auto e ao cair, forme frases certinhas, isso tem a probabilidade de 1 em 1 milhão de acontecer. Mas é lógico que um neoateu vai dizer: “Ah, mas apareceu vida nessa probabilidade e tudo que existe conforme se confirma”. Ok. E dai? Quer dizer que um universo – entre bilhões de universos – são apenas confirmações de probabilidade que por um acaso acontece? Modo de vida, consciência de entender tudo, inteligência para construir tecnologia, só é probabilidades confirmadas?
Essa historia da seleção natural está muito mal contada, porque não confirmação que existem mudanças para melhor sobrevivência e não se confirma a forma que ela foi teorizada. Uma galinha não se defende, não tem um tamanho que possamos dizer que pode colocar medo, não voa, mas aguentou milhões de anos muito bem, obrigado. Como se explica tais coisas? Não me venham me falar que a galinha corre, que por mais que corra, a galinha não conseguiria achar meios de escapar dos predadores. Não como evitar tais questionamentos, porque não como evitar que lacunas enormes tanto na evolução, quanto na seleção. Entre outras coisas, até o asteroide que dizem ter exterminado os dinossauros, existem coisas muito estranhas. Por que outros animais não foram exterminados? Por que existem animais que vivem até hoje? Questionar também faz parte da ciência e todo conhecimento humano, o esclarecimento e não, a desinformação como vimos em alguns blogs de ciência. É muito engraçado darem tanta trela para o biólogo Richard Dawkins para pautar coisas que nem ele estudou – como em seus livros que sempre chamam os religiosos de idiotas, como se ele, que acredita da não existência de um Criador, não fosse um religioso – porque ele não tem moral nenhuma para falar de religiões que matam, de falar que seria imoral uma mãe ter um filho com síndrome de down. Quem é ele para falar isso? Será que realmente os europeus erradicaram a ideia nazista da eutanásia para pessoas deficientes? Então, como podemos falar de evolução humana, se nos esquecemos que primeiro estamos no século XXI e não mais no iluminismo, segundo, que algumas ideias pré-históricas de proteção aos clãs, ou até mesmo, um nacionalismo medieval, sempre fica em evidencia? Temos que transcender algumas ideias para entendê-las, porque senão, são ideias inúteis que não tem razão de ser.

 Amauri Nolasco Sanches Junior, 39, escritor/filosofo que escreveu Liberdade e Deficiência e O Caminho
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terça-feira, novembro 17, 2015

Pseudopensadores – o perigo de alastrar falsas verdades.






No mundo inteiro existem pseudopensadores, mas no Brasil que não existe uma escola (instituto de ensino) verdadeiro, pode causar sérios danos a sociedade e ao debate serio politico ou de outro cunho. Não tem o porquê de enxergarmos o comunismo como um perigo eminente, não temos que enxergar que o mundo está em crise, porque a imprensa adora alastrar essas “abobrinhas” para vender jornais e esses pseudopensadores, adoram alastrar meias verdades para vender os seus livros. Simples assim. Tudo rodeia uma especie de “mosca” no meio do “lixo” para ver quem come a maior parte desse “lixo” e se sentir satisfeito com isso. O comunismo hoje não existe, o terrorismo mundial é fruto exclusivo da invasão do Iraque e o assassinato de Sadam Hussem e o Brasil está lamentando tantas tragedias porque primeiro, tem um péssimo gosto ideológico e só vota em “bandido” e ainda “safado”; segundo, porque à anos os governos construíram coisas novas, mas não reformaram ou cuidaram das antigas (isso vale ao império, ao ESTADO novo, ao militarismo, só muda a mosca) e está, claro, tudo caindo e tudo bagunçado. Não é ideologias e religiões vão salvar o Brasil, mas uma consciência grande em perceber que o país não é só o seu umbigo ou o seu quintal de sua casa alugada.
Está muito claro, pelo menos para mim, que tudo que a humanidade plantou nesses séculos a fora (e não adianta tirar o teu da reta porque sim, você tem culpa também), ela está colhendo da pior maneira possível e isso vai refletir dentro do que o pais ou o mundo, como uma nova reflexão do caminho que a humanidade está tomando. Qual religião evita, verdadeiramente, o conflito ou a guerra? Qual ideologia sócio politica que fez com que a humanidade tenha-se um meio mais justo? Não. Porque a muito tempo as ideologias e as religiões saíram do designo que elas foram fundadas e passaram a atender interesses diversos por ai. Sabemos o que se passa dentro das salas fechadas? Sabemos quais os acordos de tudo isso? Não temos liberdade de nada, isso é bem claro dentro de uma ótica mais geral, porque se entende como liberdade, pessoas fazendo sempre o que querem (claro, sem ferir a individualidade e integridade dos outros membros da sociedade), porque a liberdade é uma questão de escolhas definidas e não meias escolhas. Não se ama pela metade. Não comemos pela metade. Não fazemos amor pelo metade. Isso são pensamentos de pessoas limitadas em seus próprios conceitos e nada fará elas mudarem de ideia.
Aonde nasce a ilusão? Aonde nasce a realidade? Não sabemos. Porque, as vezes, podemos estar acreditando em algo e só está acontecendo dentro do que fizemos dentro do que idealizamos sobre o mundo. Como o pseudopensador, o “velho xarope”, que se intitula professor (sem magistério), se intitula filósofo e só é formado em um curso de astrologia por correspondência – assim dizem os biógrafos – ainda achar que estamos a beira de um Estado Comunista. O problema que o comunismo em si, nunca foi levado realmente a cabo, mas sim o socialismo que é, a grosso modo, uma ditadura antes do regime comunista que não passou disso em todas as tentativas. Por que? Não importa quem esteja lá, qual ideologia comande, o ESTADO seduz qualquer um que esteja no meio de todo poder possível. Não importa o “ismo”, mas a responsabilidade nem sempre é entendida. Mas que não estamos num regime comunista porque nunca existiu um regime comunista, existiram talvez, tentativas socialistas de colocar as teorias marxistas em vigor. Colocaram em vigor? As teorias que interessavam – mesmo os regimes chamados de extrema direita que nada são de ideologias hibridas entre o conservadorismo e o socialismo que deram um “monstro” – mesmo o porque, ninguém quer largar tão fácil o poder de governar uma nação inteira.
Nações vivem por causa de pessoas, pois não são pedras, não são animais (nós somos derivados da evolução, mas existem sutis diferenças), são pessoas que sentem, pensam, e tem desejos como todo mundo. Um pensador que não faz essa distinção, que  trata a questão como se tivesse tratando de um rebanho de gado, ele não é um pensador e sim, um pseudo (falso, que mostra uma coisa não verdadeira), porque não faz o caminho histórico da coisa e não analisa nada além daquilo que seus conceitos são formados. E para começar, já que o povo acredita tanto nesses pseudopensadores, um filósofo tem que ir muito além daquilo que ele mesmo acredita, pois ele tem que analisar num alto de uma montanha, como dizia Nietzsche. Para mim, um cara que tem um discurso vitimista, não analisa nem o que ele fala e muito menos, tem as faculdades mentais em juízo, não pode ser considerado nem um filósofo e muito menos um pensador. Como iremos acreditar em um sujeito que diz que não existe petróleo? Que não existe provas que a Terra é redonda? Marca de um pensador, não é ele sair por ai dizendo que foi vitima da resistência ao regime militar – coisa que ele entrou e sabia dos riscos que estava correndo quando fez isso –, ou ficar falando mal do partido que nos governa, pois nenhum governo pensará em você, nenhum dirigente religioso quer sua autonomia espiritual, estamos falando em poder.
Somos criados dês de muito novo a não pensar, porque quem pensa muito teoriza demais e não é verdade. Se você ouve a noticia tem que pensar sobre a noticia, porque ao invés de ter o conhecimento, você só tera a informação e é isso que muitas vezes, o que o poder quer. Por que houve os ataques no World Trade Center? Por que os terrorismo cresceu tanto e o porque existe agora o Estado Islâmico? Por que as redes de TV dão mais enfase a isso do que as barragens que romperam? Tem que pensar e não achar que as coisas são fáceis assim de serem analisadas, pois não são, são apenas uma pontinha do iceberg que pode sim, afundar o grande Titânic.



 Amauri Nolasco Sanches Junior, 39, publicitário, TI e escritor/filosofo.  

domingo, novembro 15, 2015

Não somos tão vitimas








"Metade vítimas, metade cúmplices, como todo mundo" J-P. Sartre


Quem entendeu a frase de Sartre, talvez entendeu o nome do meu texto. Sim. Somos metade vitima e metade cúmplice como todo mundo, porque compactuamos com o que está ai. Não é protestando – principalmente protestos hippies que nada adiantam – e nem negando o que se faz para colaborar ou com o progresso do nosso país, ou o atraso dele e isso é muito evidente. Não é dando coisas, bolsas infinitas, que vamos sair da miséria e isso não é meritocracia e sim, uma maneira sustentável para se viver e o único “remédio” é perceber a manipulação do poder. Não vou votar porque não acho necessário, porque sempre o poder publico não faz o que tem que fazer, não cuida o que é para cuidar, não me agrada os programas políticos (difícil ter algum partido que tenha um programa tanto para deficientes, quanto para o quem o elegeu), não concordo com as ideias da maioria do nosso povo. Para quê votar se não te agrada nem mesmo, a cara da maioria desses políticos que estão ai? O problema não é a politica em si, já que somos animais políticos.
O termo politico vem do grego “politikos” que era um termo para designar os cidadãos da polis (os que eram livres). Da mesma família vem polidez que é, num grosso modo, uma pessoa que tem boa educação, civilidade, delicadeza e urbanidade. A ironia disso tudo é que na historia humana, nem sempre ser polido significou ser ético ou provido de alguma moral, pois se pode ter uma boa educação, ler os melhores livros, mas não ter noção de se colocar no lugar do outro enquanto ser da mesma especie. Talvez, nosso sangue latino que ao longo da historia, tenham formado vários países e um desses países seja o Brasil – uma mistura de povos nativos com povos vindo de vários lugares – não tenham entendido isso. Como escrevi varias vezes, a etimologia de ética vem do termo grego “etike” que por sua vez vem de “ethos” que significava caráter e que ao longo do tempo, os povos gregos foram conquistados pelos romanos (nossa matriz latina), e que traduziu “ethos” como “mos” ou no plural “mores”, por “relativos aos costumes” e dai por diante, o importante não era o caráter do ser humano que fazia a diferença, mas como ele tratava os costumes e a cultura que ele estava inerido. A grosso modo, não interessa que você trate seu vizinho mal ou até mesmo, nem ligue para a comunidade que você está inserido, mas que você siga as leis estabelecidas pelo império e que ame só o imperador romano (os vários “cesares” que eram os augustos). Na idade media, que Umberto Eco vai dizer que é muito relativo esse período, vai ficar muito evidente isso, porque o importante era seguir as leis dos feudos através da igreja romana. Não interessa o que você acha, mas o que é realmente, a igreja usava sim as crenças para estabelecer as leis. Voltando, então a ética acabou ficando como o que fazemos e como agirmos e a moral como seguimos nossas varias tradições. Ser um cidadão que segue as leis é ético, seguir as tradições e um bom costume, é ser moralizado.
Vamos voltar a polidez para entendermos como educação instrutiva (aquela das inúmeras escolas e culturas diversas) não garante que tenhamos uma civilidade verdadeira e nem uma moral, como ser social, de respeitar as posições e opiniões dos outros. Os nazistas eram em sua maioria polidos, lia ótimos livros, escutavam ótimas musicas, tinham hábitos alimentares e alguns, não bebiam álcool, não fumavam (principalmente, Hitler). Porem, porque sempre tem um porem, mataram milhões de pessoas como se fossem animais (nem com animais se pode fazer isso), como se matar outro ser humano de outras etnia ou de outro pensamento, fosse resolver os problemas humanos que não terminaram com a urbanização, industrialização e a produção de massa de bens e produtos. E para aqueles que ficam repetindo como papagaios aquele que nem é professor e nem filósofo – não vou repetir o nome porque não vou dar audiência para um velho xarope – e me chamarem de comunista, vou dar outro exemplo de polidez. O comunismo soviético com suas escolas doutrinadoras eram extremamente, polidos. Os maiores revolucionários que derrubaram o czar da Rússia, eram professores e alguns até professores universitários que tinham grande grau de cultura, porem, mataram milhões de pessoas a todo o tempo e sobre qualquer pretexto. Benito Mussolini (que se diga, era socialista) era jornalista e vários outros, que tiveram uma boa educação e eram civilizados, eram urbanizados e sensíveis (dizem fontes que ao assinar a eutanásia para milhões de deficientes alemães, Hitler tenha chorado por achar essas pessoas sofredoras eternas), não é garantia de ética e muito menos, da verdadeira moral que leva o ser humano ao costume verdadeiro (não ao moralismo que é outra coisa).
Nessa perspectiva a tese de Karl Marx cai por terra, porque não é o conhecimento em si que tira o ser humano da alienação (mesmo o porque o conhecimento é o que fazemos da informação), mas a instrução certa no momento certo que vai tirar o homem da escravização. Nem todo o conhecimento tirará o homem da sua alienação, mas sim, o conhecimento que nem sempre é o conhecimento da massa. Por que? Porque somos animais morais (por sermos sociais), mas não somos animais éticos, pois a ética (caráter) é construída por fatores culturais e familiares e que é a viga mestra para criar pessoas que respeitam os outros. Por que o ESTADO (não sou a favor do ESTADO, mas é o que temos agora no momento), decreta leis que as crianças devem ir na escola a partir dos cinco anos de idade? Porque parte do principio que a formação ética já está formada como primeiro pilar da formação de um ser humano, depois ele se formará com os conhecimentos que a cultura humana, produziu ao longo de séculos adentro. Como vários pensadores disseram, existem vários problemas antes do capitalismo que o capitalismo apenas herdou – como o moralismo cristão e as varias crenças e ideologias que se criaram a partir da nova ordem monetária e econômica – e talvez, usou como refugio para melhor alienar o ser humano, mas não advêm do capitalismo deixar o homem ignorante, deixar o homem escravo e sim, o ESTADO. Aliás, o marxismo errou o alvo em determinar que o grande detonador da guerra de classes seja o capitalismo, pois o grande detonador é o ESTADO e sem o ESTADO o capitalismo não pode continuar existindo. Por isso mesmo que digo que não existe anarcocapitalismo, porque não existe um capitalismo voluntario (nem existe meios para isso existir), não existe meios de grandes acúmulos de capital no anarquismo e em sua essência, o anarquismo é contra a competição, porque graças a competição o homem não se solidariza com o outro homem (como ser humano).
Não interessa a ideologia, os “ismos” só são um refugio daquilo que realmente é necessário para o ESTADO dominar (seja uma ideologia politica ou ideologia religiosa). Quem vai fazer convencer que “deus cuida quem cedo madruga”? Quem vai inventar uma “guerra santa”, uma guerra contra isso ou guerra contra aquilo? Quem comanda os meios de comunicação para te alienar? Sem o ESTADO não teríamos religiões (existe uma distancia enorme entre religião e espiritualidade), sem o ESTADO não haveriam trabalhadores (seja no socialismo, no comunismo, no fascismo, no nazismo, no capitalismo), sem o ESTADO não haveria desejos supérfluo, competições desnecessitaras, cultura de massa. Mas quem apoia o ESTADO? Quem mergulha o próprio braço para os sanguessugas sugarem seu sangue? Somos nós com a incrível mania de acreditar e ainda querer brincar de “meu chefe mandou”. Se é assim, por que tenho que votar se sei que o ESTADO é governado sempre pelos “mesmos” e pelos mesmos interesses? Só comparar as mortes banalizadas mundo a fora e o motivo é sempre o que o ESTADO coloca como “verdade”, como o bem da comunidade ou nação, sempre é aquilo que precisamos para garantir a nossa felicidade. Mas o que é felicidade? O que o tanto esse desespero de sermos felizes e depender do poder para ser feliz?
Felicidade não é uma coisa, não depende de “desejos” supérfluos ou um objeto que você compra no supermercado, você é feliz ou não é, tem que ser um estado e não uma coisa artificial. Para quê desejamos ser feliz? Para quê desejamos tantas coisas para ela se demonstrar na sua vida? Dai que cheguei onde queria. Qual a diferença do rompimento das barragens de Mariana-MG e os atentados de Paris numa ótica humanista? Qual a diferença de uma democracia que proíbe e te convence com um tipo de discurso do poder – que é evidente que esse tipo de coisa há muitos interesses – e uma ditadura militarizada? Nenhuma. O próprio ESTADO faz com que você pense que um é malzinho e o outro é bonzinho (que muitas vezes o próprio ESTADO coloca e tira), simples assim. Não temos nem direita e nem esquerda, não temos nada de partido de libertação e partido de interesses trabalhadores, ninguém fará nada e ninguém dirá nada a nós para nos libertar e sim, sempre pregara uma liberdade que só vai interessar aos interesses deles. Talvez, Sartre no seu iluminar das ideias (já que não sei o contesto dessa frase), vem com o aspecto que ele mesmo concluiu, não somos tão vitimas assim. Isso mesmo. Escolhemos os mesmos governos que que não levaram a manutenção a barragem de Mariana-MG, escolhemos os mesmos governos que apoiam guerras, deixam criminosos e traficantes dominarem a sociedade mais pobre e dão, num modo paliativo e sem nexo, uma bolsa família para servir de analgésico para essa gente. Escolhemos os mesmos que vendem armas ao EL (ESTADO ISLAMICO), e ao mesmo tempo, se faz de desentendido e até se solidariza com os atentados e quem morre, não são eles, é o povo. Escolhemos governos que não prontificam de realizar nossos direitos e sempre não vão investir na saúde, não vão investir na escola, não vão investir em construção de casas, não vão investir em infraestrutura e não se engane, em todos os países do mundo são assim, só que nos outros os políticos não são descarados. Quantas pessoas esperam uma consulta? Quantas pessoas esperam por uma operação em hospitais públicos? Quantas pessoas necessitam de aparelhos, órteses e próteses, cadeira de rodas, entre outras coisas, porque não tem meios de trabalhar (porque não se cumpre uma simples lei de cotas para deficiente) e não é cumprido? Os mesmos que votamos são os mesmos que não cumprem nada que deveriam cumprir. Quem colocou lá? Não adianta intervenção, não adianta democracia, não adianta nada se não construirmos uma sociedade com um caráter solido, com um caráter que não é fazer o que quer, mas fazer o certo.
O mal caráter não é aquele que menti, mas aquele que não diz a verdade. Parece sinônimo, mas não é. A mentira é o encobrimento de uma verdade, contar a não verdade é dizer uma verdade que só você acredita por vários motivos. A mídia mente  ou diz a não verdade? As vezes acho, porque não tenho certeza, que a desobediência civil é a solução mais que verdadeira para o mundo de hoje.

 Amauri Nolasco Sanches Junior, 39, publicitário, TI e escritor/filosofo