quinta-feira, fevereiro 08, 2024

EU SOU UM FALACIOSO E ‘PENSO’ CONHECER ARISTÓTELES

 



Nossa esse texto é muito falacioso, usa Aristóteles como se o conhecesse, e usa o termo woke, como se ele mesmo com esses viesses, não fizesse parte!



Recebi esse comentário de um grupo do Telegram sobre o texto que comento sobre o Renan do MBL que disse que não há evidências que Alexandre o Grande era homossexual (ou bissexual). Há um grande problema dentro das questões discutidas em não aceitar críticas daquilo que se acredita, por isso mesmo, eu sou bastante criticado dentro do libertarianismo (que é, grosso modo, um liberalismo clássico e não essa bosta que virou na América Latina), por fazer duras críticas do desvio que virou. Por isso mesmo, pessoas que não sabem escrever e querem ter razão, insistem em dizer que minhas falas são falaciosas. 

Na Wikipédia está: 


O termo falácia deriva do verbo latino fallere, que significa enganar. Designa-se por falácia um raciocínio errado com aparência de verdadeiro.[1] Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente incoerente, sem fundamento, inválido ou falho na tentativa de provar eficazmente o que alega. Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.



Aonde eu estou querendo enganar ou que meus argumentos são ou não verdadeiros? Eu disse que no Brasil não existem conservadores de verdade e que só existem reacionários. Isso podemos ver dentro de qualquer movimento de direita que existe dentro do Brasil - como eu digo que o brasileiro faz um combo ideológico - há uma distorção, como a bizarrice entre liberalismo e conservadorismo. Um conservador não pode ser um liberal nem na economia. E existe um outro lado, há nas alas de esquerda também um puritanismo transvestido de feminismo, de anti isso ou anti aquilo, como se na esquerda não tivesse sua ala conservadora também. E repito: concordo com Deleuze que disse que não existe governo de esquerda, porque a esquerda é oposição e quando sobe no governo, se torna situação. Tecnicamente - na lógica do congresso francês revolucionário - a oposição se torna esquerda, automaticamente. Se você não é monarquista, não é católico ou não é liberal progressista, não pode ser considerado conservador no Brasil. Desculpe. 

Outra coisa que não entendi é: o porque eu penso saber do movimento woke ou de Aristóteles, que nem era o foco do texto? Primeiro, sim há um exagero dentro do movimento woke e que tem base do identitarismo da filosofia contemporânea, só que quando Foucault analisa a identidade como forma de controle, ele não diz que devemos ficar com essas identidades e sim, superar elas. Se sou pessoa com deficiência por causa que houve uma nomeação daquilo que “anormal”, isso não quer dizer que eu estarei e começarei a alimentar uma representação que me domina. Daí Foucault vai dizer que devemos transcender essa imagem identitária para não ser mais dominado (bem Nietzsche). Pois, lendo Foucault, não vejo tanta herança filosófica do tempo marxista dele, mas, o traço do materialismo histórico é bem evidente. 

Já Aristóteles - que estudei em exaustão no curso do bacharelado - eu não analisei a fundo, mas, eu sei que foi preceptor de Alexandre e dos filhos de nobres amigos do príncipe. Mas, só disse que muitos poucos filmes ou livros retratam filósofos e no caso de Alexandre, o Grande, não retratam Aristóteles e nem Pirro (ainda no épico filme tem 3 minutos de Aristóteles). A conversa terminou como toda conversa que eu entro termina, “estou vendo sua limitação intelectual”, sendo que quem não explicou o ponto foi o crítico. Por que a falácia? Por que não sei de Aristóteles? Mistério.


terça-feira, fevereiro 06, 2024

MBLismo selvagem - o ‘gayzão da Netflix’



Até o IA sabe história melhor do que o sr MBL


Renan Santos⬛️🟨⬜️

@RenanSantosMBL

Logicamente que fariam Alexandre um gayzão na Netflix… é cada uma…


Eu achava que o Renan dos Santos (MBL) era o mais intelectualizado depois do Kim Kataguiri, mas estou vendo que existem questões muito enraizadas dentro da nossa cultura. Quais? Lembro de uma fala de um vídeo do Alexandre Links (Canal: Quadrinho da Sarjeta) que dizia que não se tem conservadores e sim, reacionários. O Movimento Brasil Livre não gosta do jornalista Pedro Doria (Meio) onde ele diz que temos uma tradição liberal progressista e esse negócio de liberal conservador é coisa de pessoas que não estudaram. Endosso a questão e dizendo que um conservador brasileiro deveria ser (1) catolico por causa da tradição católica dentro da nossa cultura (2) é progressista liberal dentro da tradição política e (3) ser monarquista por causa da nossa tradição monárquica (o golpe militar contra Dom Pedro II veio dos conservadores raízes). 

Com a nova série documental da Netflix do conquistador Alexandre o Grande - que aparece tendo um caso com o seu amigo Hefestião - parece que indignou a cabeça pensante do movimento. O grande pensador mblista, veio com a questão de modo bastante culto dizendo que fizeram de Alexandre Magno um “gayzão da netflix”.. Será que fizeram ou há relatos de que os gregos teriam uma prática de homens mais velhos iniciarem jovens e até se apaixonarem. Não sei onde ele pesquisou (mostrando só uma fonte), mas o fato é que uma pesquisa só não vai mostrar a verdade. E esse pequeno fato de opinião de um seriado nos mostra o quanto o Links tem razão em apontar esse fato do reacionarismo que temos enraizados em nossa cultura, porque o velho é bem mais legal do que o novo. Daí que as falas do Renan não me surpreendem e nem o preconceito enraizado (muitas vezes, não é culpa de quem fala, mas, da cultura que estamos inseridos). 

Daí temos que diferenciar a luta dos exageros woke (que é muito olavista, porém, serve de modo didático), dentro da filosofia identitária vinda de uma representatividade, só que Foucault dizia que tínhamos de superar essa representatividade. Exageraram e deturparam criando o movimento woke. Ou seja, o movimento woke é um movimento comercial dentro de um sistema que já se separava por categoria, não precisava separar por representação. E quem esta dizendo é uma pessoa com deficiência. Não senti nenhuma diferença quando me chamavam de deficiente e pessoa com deficiência, muito pouco se expandiu a luta das pessoas excluídas da sociedade. 

E aí temos que refletir outras questões: por que incomodou tanto o Alexandre o Grande ser homoafetivo? Eu vi e não me senti incomodado porque são fatos que há estudos sérios. O que mais me incomodou foi o fato que nem Aristóteles e nem Pirro foram mencionados, como se a sociedade tivesse raiva dos intelectuais (e tem muita).  Na verdade, nenhuma sociedade foi crítica ao ponto de romper com culturas e pensamentos que prejudicasse a grande maioria, porque a autodependência da questão da infantilidade posta, fariam seres humanos anticríticos e até mesmo, antifilosoficos. Enquanto a filosofia é usada como ponto de racionalização da realidade, a verdade esconde “monstros” que não podem ser descobertos. Afinal, qual o problema da homossexualidade de Alexandre e ele ter conquistado quase o mundo antigo? Qual a questão de normatizar aquilo desnormalizado para agradar alguns? A filosofia não agrada ninguém.