sexta-feira, maio 31, 2019

Estudos informam: autistas são tratados com água sanitária e mulheres com deficiência estão sendo esterilizadas


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O inimigo mais perigoso que você poderá encontrar será sempre você mesmo.
(Friedrich Nietzsche)

Amauri Nolasco Sanches Junior

Não basta ter pessoas que dão cloro para crianças autistas iludidos por canalhas (que querem ganhar dinheiro em cima da dor alheira), mas, tem que mutilar e arrancar das mulheres com deficiência, seus úteros. No último dia 27 de maio, o blog Vencer Limites – escrito por Luiz Alexandre Souza Ventura – que faz uma denúncia, que mulheres com deficiência são obrigadas a fazerem abordo (crime no Brasil, ainda). A Psicóloga e integrante do Conselho Nacional de Saúde e do coletivo feminista Helen Keller de mulheres com deficiência, Vitoria Bernardes, disse ao blog, que a mulher permanece ainda, na invisibilidade, o que impede de construir mais politicas publicas muito mais abrangentes e com a participação efetiva para determinar com elas vão funcionar. Na ultima terça-feira, dia 28 de maio (2019), foi celebrada o Dia Internacional de Luta Pela Saúde da Mulher e o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna.

No evento, Vitória disse que o corpo da mulher com deficiência não é entendido como fosse capaz para reprodução. Mesmo o porquê, a Vitória ficou tetraplégica após sofrer uma lesão medular, por isso mesmo, ela pode entender o que acontece com a mulher com deficiência. Ela disse que não concorda que a função da mulher com deficiência seja restrita só na maternidade, mas mesmo quando a gravidez não traz nenhum risco a mulher com deficiência, é comum o médico indicar um aborto, porque o corpo da mulher com deficiência e suas limitações não são aptos a cuidar de uma vida (no caso, do bebe). Não é só isso, segundo ela, há uma politica de esterilização das mulheres com deficiência e até laqueadura sem o consentimento da mulher. Mas, o corpo é da própria mulher com deficiência.

Eu sou um grande defensor que o corpo de cada pessoa é uma propriedade da pessoa, e não é porque ela tem alguma deficiência, que esse corpo não é seu. Muito pelo contrario, acho que muitos familiares protegem demais as pessoas com deficiência e eles se acham confortáveis dentro desse mundo encantado, um tipo de “deficientelandia” que é um mundo dos sonhos. Pessoas com deficiência não lê. Não sabem escrever direito. Não sabem pesquisar no Google. Não querem ler um livro. Não procurar coisas que vão somar na sua vida. Se não fazem nada por eles, se não fazem nada para evoluírem, porque raios querem namorar e fazer sexo? Por que as pessoas primeiramente, procuram os direitos que lhe cabem – os deveres estão embutidos – depois cobram dos outros o que deve ser cobrado? Se você não tem um amor-próprio, não terá ninguém que vai fazer isso por você.

Por outro lado, não podemos esquecer que estamos num país construído por uma cultura medieval (absolutista e católica cristã) e que, não s moderniza por causa de um momento atravancado e que não há modernização. Lá fora, as pessoas com deficiência vivem como outras pessoas, arranjando empregos em agências, arranjando namoradas em agências de encontro, e enfim, tem uma vida como todo mundo tem. Isso se chama, modernidade. Acontece, que temos uma cultura do século dezenove e não quer mais sair dessa cultura, não que sair da monarquia, não quer sair da limitação de um pensamento atrasado. Nós, pessoas com deficiência, somos tratados como eramos tratados na antiguidade – mortos em Esparta ou largados ao relento para animais nos comer – ou tratados como na Idade Media, onde eramos internados em casas de caridade por causa da “benevolência” cristã.

Mas, a modernidade também – com sua ciência – nos taxou de loucos, taxou de pessoas que não tinham utilidade nenhuma. No século passado – o século vinte – com os regimes totalitários de direita (nazismo e fascismo) e os regimes totalitários de esquerda (o socialismo bolchevique), eramos mortos como seres inúteis dentro da sociedade de produção. Não muito diferente do capitalismo, que reluta em ainda, nos contratar e nos dar uma chance. As leis de cotas para as minorias – principalmente, para as pessoas com deficiência – são a resposta de mostrar que podemos trabalhar como outras pessoas quaisquer. Porém, vimos uma visão capacitista de uma sociedade que ainda vê as pessoas com deficiência como pessoas que não temos capacidade, não temos competência, somos dependentes de uma visão de ficarmos nas entidades.

Ainda impera a visão capacitista do assistencialismo do Teleton, uma visão de sofrimento (assim como pensava Adolf Hitler que até chorou ao assinar o decreto de eliminação das pessoas com deficiência), um visão de tratar as pessoas com deficiência como qualquer coisa. Somos humano e não abrimos mão disso.

O blog mudou, mas, minha alma está no Resistência (nem esquerda e nem direita)



Resistência



Só se pode alcançar um grande êxito quando nos mantemos fiéis a nós mesmos.”
(Friedrich Nietzsche)


Amauri Nolasco Sanches Junior

Quem me conhece sabe e leu minhas críticas com os governos do PT (leia-se, esquerda), onde nem eles resolveram várias questões da inclusão de pessoas com deficiência e também, dos mais pobres. Qual governo do próprio PT fez alguma reforma agrária? Qual medida efetiva eles fizeram contra os coronéis nordestinos que dominam a seca da região? Eu não vi nenhuma. Mas, isso não é uma defesa do governo atual, porque nunca fui eleitor fiel de alguém, mas, de propostas que possam melhorar o nosso país. O governo do PSL, há milhares de falhas que não podemos fechar os olhos, mas, está apenas no começo e não podemos fazer nenhuma análise mais profunda.

Meu outro blog Residencia – que foi bloqueado por causa desse texto (aqui) pelo Facebook – foi criado em 2015, muito antes dessa esquerda canalha que ficou 13 no poder e não fez nada, usar esse nome como emblema da liberdade. Ora, quem é e quem quer ser resistência ao autoritarismo e ao moralismo, não pode escolher um lado ideológico. Resistência é um ato ou o efeito de resistir ou, é a propriedade de um corpo que reage contra uma ação de um outro corpo. Grosso modo, o ato em resistir é um ato de inibir um outro corpo ao nosso, porém, há um problema, o poder é um corpo só. Tanto a esquerda, como a direita, tem pautas de assegurar esse poder e alimentar cada vez o ESTADO ao domínio das mentes fracas.

Um outro fato que tem a ver comigo é não ter nenhum ídolo ou defender algum politico ou religião – como um bom nietzschiano – porque sei que todo mundo mente ou faz uma imagem de si mesmo de “bonzinho”. Na verdade, todos são hipócritas e não estão sendo verdadeiros nem mesmo, para si. Como disse o Cazuza em uma das músicas dele, mentiras sinceras interessam, ou seja, construirmos imagens sociais para parecerem verdadeiras, mas, não são. As opiniões são conceitos e informações, por outro lado, que não são conhecimento ou tem fundo verdadeiro. São conhecidos como “achismo” ou como dizia Platão, “doxa” que são apenas, sombras de uma realidade que não existe. Por outro lado, o que é realidade? O que seria a verdade?

O termo realidade vem do termo em latim “realitas” que significa coisa, ou seja, no uso mais comum tem o significado “tudo que existe”. Em um outro sentido, mais sutil, o termo pode inclui em tudo que é, seja aquilo que é perceptível ou não, acessível ou é entendido na filosofia, ciência ou qualquer outro sistema de análise. Acontece, que não sabemos o que realidade ou não, porque a realidade pode estar dentro da mente ou fora dela. Por isso mesmo, não podemos chegar a verdadeira realidade? Será que o que vimos são apenas fragmentos da verdade? Ou o que vimos são apenas algoritmos dentro da moral e de toda a cultura, que nos faz pensar que somos livres para escolher um lado? Ou não existe lado? Podemos ser um sonho de uma outra consciência ou podemos ser um produto de um sistema que tem um discurso de dominação?

Um filósofo católico é um intelectual católico, um filósofo espírita é um intelectual espírita, um filósofo protestante é um intelectual protestante – assim podemos colocar direita e esquerda, porque são crenças – porque o filósofo é uma anomalia do sistema. O algoritmo moral falhou nele porque seu sistema roda diferente, roda em uma outra sintonia, numa outra realidade. Mesmo aqueles que usam a ciência empírica, não são filósofos. Filósofo tem uma espiritualidade própria e uma percepção ideológica própria, tem uma outra percepção da realidade. O “tudo que existe” não é isso o que todo mundo percebe.

O que é a verdade? A verdade não tem uma imagem, porque é construída através dos valores obtidos. Mas, por outro lado, a verdade pode ser um ponto de vista. Você pode dizer que um ponto seja a verdade, mas, por outro lado, eu posso dizer que um outro ponto de vista. Jesus Cristo disse que conhecendo a verdade, a verdade nos libertaria. Talvez, não seria diferente do que disse deus Apolo no seu Oraculo em Delfos, pois, conheça a ti mesmo e assim, conhecera os deuses e o universo. Os deuses somos nós? O universo é a realidade? A realidade, na verdade, começa quando compreendemos a nós mesmos. A verdade liberta quando nós se livramos do discurso da maioria – que chamei de algoritmo moral – e começamos a perceber que tudo isso é uma tremenda besteira.

Resistir não é defender uma revolução para tirar um poder e colocar outro, mas, é não esquecer da nossa natureza e de tudo que somos e acreditamos. E na essência de tudo isso, seja quem for que esteja lá, o prejudicado sempre vai ser você. O enganado.

quarta-feira, maio 29, 2019

Facebook e a dominação do algoritmo



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“O algoritmo sabe de mim mais do que eu sei de mim mesmo”





Amauri Nolasco Sanches Junior 


A tese do filósofo Pondé é bem interessante e tem a ver com o Facebook. Tem uma frase famosa do Dr House – quem nunca assistiu a série? — que ele diz que todo mundo mente e não é mentira (sem trocadilho), pois, as pessoas costumam mentir para os outros e alimentar a imagem que construíram de si mesmas. Se, para elas a mentira se sustenta, para o algoritmo não. Se você diz para sua namorada, por exemplo, que gosta de um filme romântico, o algoritmo do Netflix desmente você e diz que você gosta de filme de terror. Se na antiguidade havia o Oraculo de Delfos para jogar na cara, que a maioria dos homens eram burros e o único inteligente, era Sócrates, hoje temos o Google para provar que você não é o que você é. No Facebook você pode mentir e dizer que namora todos ou todas, mas, no Google se você digitar genericamente (que você acha), não vai encontrar nada. 

Algoritmos são linhas lógicas dentro de qualquer realidade – virtual ou não – que existem sequências dinâmicas de ações para uma finalidade. Como cozinhar, como fazer um trabalho ou até mesmo, escrever esse texto. Na programação, um algoritmo são sequências logicas para uma finalidade dentro da funcionalidade do programa ou do site, que no caso do Facebook, a linguagem é PHP. O que faz a leitura é o computador, a grosso modo, dentro dessa sequência e as análises do Facebook são automáticas. Como o Google também é, o YouTube e todas as redes sociais são. Cada uma delas dentro da sua sequência de programação tem hashtags embutidos para trazer o que você gosta. Se você só posta coisas religiosas, só vai ver coisas religiosas, se você postar só coisas sobre a esquerda ou a direita, só vai ver coisas da direita ou esquerda. Isso se chama bolha ideológica que as redes sociais inventaram. Eu não caiu nessa, mesmo o porquê, sou formado em técnico de informática. Se o Facebook me mostra muitas coisas do tipo, eu mudo de foco. 

A um tempo atrás eu vi um vídeo do canal Nerdiologia muito interessante sobre o filme Matrix (quem não assistiu?). O Atila – que é biólogo – disse que o filme dá aquela viajada, porque o corpo humano não seria uma bateria ideal. Isso o porque, o corpo humano gasta mais energia do que acumula essa energia. Mas – diz ele era a ideia inicial dos diretores e foi mudada pela Warner Bros para dar bilheteria – dentro de uma maior lógica seria a Matrix usar o cérebro humano para configurar uma realidade. Seria uma espécie de rede superneural, para iludir o ser humano a uma realidade e viver (as máquinas), dentro do sistema cerebral. Isso porque, o nosso cérebro tem seu próprio software e a Matrix, pegaria e rodaria com o software do cérebro humano, assim, fazendo o ser humano prisioneiro e dominado pelas máquinas. Até mesmo, seria algo mais aproximado do teorema platônico da caverna, onde seres humanos eram aprisionador e só viam a realidade das sombras. 

Eu contei isso para dar um exemplo bem especificado sobre as redes sociais. Na verdade, na minha opinião, as redes de internet estavam começando e claro, se o filme mostrasse uma inteligência artificial dominando o mundo pela mente, todos ficariam com medo da internet. A questão é que as redes sociais levam a massa onde a massa mais tem como conceito dominador, ou para direita, ou para a esquerda e é muito pior, impõem certos conceitos politicamente corretos. Se você chamar um amigo de “viado” dentro do Facebook, você é bloqueado, porque a automatização não sabe diferenciar em ofensa ou não. Como disse a Pitty na música “Admirável Chip Novo” – que é uma alusão ao livro Admirável Mundo Novo de Aldous Huxley – sabemos o que eles vão fazer, reinstalar o sistema. Não importa que você segue tal tendência politica ou tal religião, sempre eles vão reinstalar o sistema e vão mudar a configuração. Porém, vão sempre reinstalar o sistema para dominar a grande massa.

Meu artigo “MMS: o remédio assassino que pode derreter o intestino”, foi censurado no Facebook por causa do nome, não houve nenhuma leitura breve. O artigo não fala de violência e sim, fala de uma substância tóxica que pode levar a morte se for ingerido. Dele só é feito alvejantes para braquear as roupas. Porém, as pessoas estão cada vez mais iludidas e politizadas num modo errado, buscando ídolos e buscando o que não interessa. Massa de idiotas.