terça-feira, novembro 11, 2014

Espirito zen e a iluminação do ser




Buda Pregando seus ensinamentos em uma luz azul 









por Amauri Nolasco Sanches Junior.


O zen diz que todo ser que quiser trilhar o caminho da sabedoria, tem que trilhar na vida pratica e assim, se iluminara. Ao escrever esse texto, estou se iluminando porque estou fazendo o que minha vontade e minha consciência deseja fazer, estou dando as minhas ideias a você e você esta assimilando e talvez, assim espero, colaborando com o Dharma (caminho ou senda) que está. Enquanto as outras doutrinas fazem curvas, o zen como uma via romana segue o caminho reto e sem nenhuma dessas curvas (doutrinas e ideias).

Outro dia eu fiz uma reflexão no meu Facebook que a maioria tiram fotos, que vão com a família para um churrasco, ficam fazendo exercício e indo nas baladas da vida, mas que não são felizes porque não tem proposito nenhum, são conformadas. É o que os existencialista vão chamar de alienação de massa – que vem do marxismo, só que ao invés do capitalismo o próprio ser se esquiva de sua opinião para o mundo se aceitar – que não passa de ilusão e a ilusão pode ser alimentada, como algo a ser seguido, ou não alimentada, como algo que não pode ser seguido. Mas de repente a pessoa nem queira nada, porque a vida da pessoa se tornou algo vazio e esse vazio se torna algo quando preenchemos com que acreditamos, daí chegamos aonde queremos chegar, essa vida se torna niilista. Não se importa com o outro, não se importa com o mundo, não se importa com nada e ainda tem a imensa coragem de se revoltar por algumas razões politicas. Mas por outro lado, pode ser uma escolha da pessoa, pode ser uma escolha que a leve a uma certa compreensão espiritual que não sabemos porque cada ser tem sua senda e é isso que o zen ensina, cada ser viver conforme o que escolheu.

Em sua essência o zen é uma filosofia que visa a ação – não é a toa que vai transformar em um budismo dos samurais – então poderíamos dizer que é uma doutrina karmica, porque o karma tem a ver com a ação. Os seus mestres nem se preocupam com seus ensinamentos e é uma forma de destruir os pensamentos doutrinados por educações já prontas – o que ei chama de ideias enlatadas - e dão respostas, que para nós, parecem desconexas entre si mesmas. Muitos sábios ocidentais faziam isso como Diógenes, o cínico, os contemporâneos como Nietzsche e até o iluminista Voltaire. Não há novidade alguma e não podemos fazer de ensinamentos “verdade absolutas”, porque não são. Cada ser humano encontra a sua verdade e cada ser humano encontra seu caminho de encarar essa verdade porque ela muda. Não é a toa que Yashua (Jesus) vai dizer para conhecemos a verdade, pois a verdade nos libertaríamos. Não é diferente do que os mestres budistas dizem.

A verdade é o que temos como realidade, porque quando descobrimos a verdade que não existe a verdade e que tudo transmuda dentro do tempo e que tudo é uma ilusão, então, ficamos libertados dessa ilusão e podemos ser livres. Mas o que é a ilusão? A ilusão é o estereótipos que nos colocam como verdadeiros – isso tem a ver com o condicionamento da mente em enxergar as imagens que somos ensinados – mas não existe só uma realidade e sim muitas realidade. Yashua também irá dizer que na casa do “pai” existe muitas moradas, talvez esteja falando das muitas realidades que somos inseridos e se existe essas milhares de realidades, então, essas realidades podem ser mudadas com nossas escolhas e essas escolhas são escolhidas com nossas atitudes. Como ter essas atitudes? Colocando dentro de sua convicção que você é capaz de mudar sua realidade, seja qual for, então por isso, sempre temos que conhecer a nós mesmos porque conheceremos os deuses (nós como formadores de nossa própria realidade) e o universo (como a verdadeira realidade).


 Nem tudo é ruim e nem tudo é bom, só é o que tem que ser. Mas a realidade é muito mais do que isso.  

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