Buda Pregando seus ensinamentos em uma luz azul |
por Amauri Nolasco Sanches Junior.
O zen diz que todo ser que quiser trilhar o caminho da sabedoria, tem
que trilhar na vida pratica e assim, se iluminara. Ao escrever esse
texto, estou se iluminando porque estou fazendo o que minha vontade e
minha consciência deseja fazer, estou dando as minhas ideias a você
e você esta assimilando e talvez, assim espero, colaborando com o
Dharma (caminho ou senda) que está. Enquanto as outras doutrinas
fazem curvas, o zen como uma via romana segue o caminho reto e sem
nenhuma dessas curvas (doutrinas e ideias).
Outro dia eu fiz uma reflexão no meu Facebook que a maioria tiram
fotos, que vão com a família para um churrasco, ficam fazendo
exercício e indo nas baladas da vida, mas que não são felizes
porque não tem proposito nenhum, são conformadas. É o que os
existencialista vão chamar de alienação de massa – que vem do
marxismo, só que ao invés do capitalismo o próprio ser se esquiva
de sua opinião para o mundo se aceitar – que não passa de ilusão
e a ilusão pode ser alimentada, como algo a ser seguido, ou não
alimentada, como algo que não pode ser seguido. Mas de repente a
pessoa nem queira nada, porque a vida da pessoa se tornou algo vazio
e esse vazio se torna algo quando preenchemos com que acreditamos,
daí chegamos aonde queremos chegar, essa vida se torna niilista. Não
se importa com o outro, não se importa com o mundo, não se importa
com nada e ainda tem a imensa coragem de se revoltar por algumas
razões politicas. Mas por outro lado, pode ser uma escolha da
pessoa, pode ser uma escolha que a leve a uma certa compreensão
espiritual que não sabemos porque cada ser tem sua senda e é isso
que o zen ensina, cada ser viver conforme o que escolheu.
Em sua essência o zen é uma filosofia que visa a ação – não é
a toa que vai transformar em um budismo dos samurais – então
poderíamos dizer que é uma doutrina karmica, porque o karma tem a
ver com a ação. Os seus mestres nem se preocupam com seus
ensinamentos e é uma forma de destruir os pensamentos doutrinados
por educações já prontas – o que ei chama de ideias enlatadas -
e dão respostas, que para nós, parecem desconexas entre si mesmas.
Muitos sábios ocidentais faziam isso como Diógenes, o cínico, os
contemporâneos como Nietzsche e até o iluminista Voltaire. Não há
novidade alguma e não podemos fazer de ensinamentos “verdade
absolutas”, porque não são. Cada ser humano encontra a sua
verdade e cada ser humano encontra seu caminho de encarar essa
verdade porque ela muda. Não é a toa que Yashua (Jesus) vai dizer
para conhecemos a verdade, pois a verdade nos libertaríamos. Não é
diferente do que os mestres budistas dizem.
A verdade é o que temos como realidade, porque quando descobrimos a
verdade que não existe a verdade e que tudo transmuda dentro do
tempo e que tudo é uma ilusão, então, ficamos libertados dessa
ilusão e podemos ser livres. Mas o que é a ilusão? A ilusão é o
estereótipos que nos colocam como verdadeiros – isso tem a ver com
o condicionamento da mente em enxergar as imagens que somos ensinados
– mas não existe só uma realidade e sim muitas realidade. Yashua
também irá dizer que na casa do “pai” existe muitas moradas,
talvez esteja falando das muitas realidades que somos inseridos e se
existe essas milhares de realidades, então, essas realidades podem
ser mudadas com nossas escolhas e essas escolhas são escolhidas com
nossas atitudes. Como ter essas atitudes? Colocando dentro de sua
convicção que você é capaz de mudar sua realidade, seja qual for,
então por isso, sempre temos que conhecer a nós mesmos porque
conheceremos os deuses (nós como formadores de nossa própria
realidade) e o universo (como a verdadeira realidade).
Nem tudo é ruim e nem tudo é bom, só é o que tem que ser. Mas a
realidade é muito mais do que isso.
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