sexta-feira, dezembro 06, 2019

#BrasilReal: o corporativismo da esquerda e as reais necessidades dos brasileiros




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De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto.

Rui Barbosa



O grande problema do Brasil é o espírito corporativista que tem nossa cultura. Numa rápida “googada”, lemos que corporativismo é você defender seu próprio interesses dentro da sua profissão por parte de uma só categoria, ou seja, a maioria das pessoas, não estão preocupadas numa melhora para o país e sim, melhorar apenas um nicho dentro de uma só categoria. Mas não tem só a ver com uma profissão, quando algumas pessoas dizem que estão defendendo a sua família e por isso estão lutando, elas estão sendo corporativistas. Quando um conservador diz que só a sua ideologia tem que prevalecer e as outras não prestam, ele está sendo corporativista. Ora, mais do que a direita, a esquerda tem em sua essência um corporativismo nato e que só defende seu pensamento, define o mundo como tal pensa e acredita ser certo e comete alguns anacronismo básico. Como dizer que Jesus era socialista/comunista, que os gregos eram livres para ser homossexuais e outras sandices. Havia sim homossexualismo no mundo grego, mas, muitos historiadores defendem que nem sempre tinha a relação sexual. Só começou ter a penetração — dai vem a ideia dos coroinhas — com os romanos. 

Quando você descobre essas pequenas coisas, você começa sair de certas caixinhas dentro da nossa sociedade. Porque se começa a entender certos discursos que, quando você adquire certo nível de cultura, você começa a enxergar além daquilo que você mesmo acredita. Mas, o que é defender um ideal sem ser corporativo? Você pode defender a inclusão de pessoas com deficiência, por exemplo, sem só defender a inclusão só de pessoas deficientes e sim, de outros movimentos excluídos. Se só defendermos as pessoas com deficiência, estamos sendo corporativista. Eu fui, por muito tempo, uma pessoa corporativista e não entendia que ao defender as pessoas com deficiência e fazer essa separação, estava nos separando do ser humano. Um dos maiores erros dos marxistas e de Marx, foi pegar a dialética hegeliana e colocar como uma verdade a guerra de classes, sendo que, tanto a classe burguesa e a classe proletariado, são escravas do ESTADO. Essa escravidão é econômica porque o ESTADO tem que se prover em um mundo capitalista e precisa de dinheiro. Como o ESTADO vai sobreviver sem o imposto? Como eles vão construir um discurso sem a ideologia? Essa separação de classes é, justamente, para não haver uma união e os 10% governar. 

Aliás, Hegel foi bastante claro e objetivo (no sentido de haver uma objetividade dentro desse pensamento específico), quando disse que o dono de escravo é muito mais dependente dele do que o próprio escravo. Por isso mesmo, não concebo um deus-rei ou um senhor dos exércitos, porque isso pressupõe uma dependência de Deus do ser humano, e assim, não pode ser onipotente. Então, o ESTADO é dependente do povo, ele não pode existir sem o apoio popular e começa a criar mecanismos para separar as classes e construir uma educação corporativista, onde cada classe ou cada movimento começa a criar questões para criar atritos. Esses atritos são, na verdade, uma garantia de uma não união. 

Aquela briga do deputado Arthur do Val (mamaefalei) com os sindicalistas — que ameaçou ele — é um reflexo do que o próprio ESTADO deseja, essa briga irracional para comandar. A esquerda alimenta esse discurso e a direita cria uma dicotomia para se criar um cenário de quem está certo ou não, dês da Revolução Francesa. Foi deposto o rei (monarquia), mas só se mudou de comando, o ESTADO continua o mesmo. Não há uma verdadeira democracia igual à grega direta, só há democracias representativas e cada vez mais, uma infantilização da humanidade. A dependência total do ESTADO, tem a ver com essa dependência do ESTADO com quem abriga dentro dele.


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