sexta-feira, janeiro 05, 2024

Padre Lancellotti e a CPI do MBL - SP é culpado?



 O Alexandre Linck (do canal Quadrinhos da Sarjeta) disse no antigo Twitter (agora X): <<O Padre Lancellotti é o maior punk do Brasil. É por isso que a escória paulista tanto o persegue. Aliás, isso é a cara do que há de pior em São Paulo: o gigantesco asco por pobre, preto e nordestino. Mentalidade bandeirante ainda vive. O outro só serve de escravo ou não serve.>>. 

A questão é: nem todo paulista tem asco de pobre, preto e nordestino e vamos falar sério, há uma grande questão freudiana entre outros Estados e São Paulo. Como dizem por aí, falando o portugues bem claro, o Brasil começou em São Vicente que fica em São Paulo. Ou melhor, ficava na província de São Paulo de Piratininga. Se por um lado o Brasil foi descoberto na Bahia - e sua primeira capital foi lá mesmo - foi em São Paulo que o Brasil (ou Ilha de Vera Cruz) começou a ser explorado. Sendo geograficamente viável ou não, existem estudiosos que dizem que a região sudeste foi a melhor a se colonizar (embora que o Brasil sempre foi uma colônia de exploração do que uma expansão de Portugal).

Dito isso, temos que analisar duas coisas: primeiro, que quando o Lincks diz: <<O Padre Lancellotti é o maior punk do Brasil. É por isso que a escória paulista tanto o persegue.>> Ele está exaltando o padre Lancellotti e chamando de “punk”. Quem não conhece o trabalho do padre Lancellotti de dar comida a pobres em situação de miséria? A questão é que existem várias formas de fazer isso e se existe uma “escória” paulista (toda a elite brasileira é rastaquera por alimentar uma aparência que não tem) que não gosta de pobre, preto ou nordestino, pertence a essa parcela rastaquera dentro da elite brasileira. Afinal, a meu ver, quem ganha menos de 10 mil reais, é pobre. Até mesmo, menos a maioria da nossa elite - tirando as famílias tradicionais - são de pessoas que ficaram ricas, sem cultura, sem estudo, sem o menor receio de encher a boca para dizer “não gosto de ler”. Como a grande maioria. Ao contrário da elite estrangeira - que constrói um arcabouço cultural porque gosta daquilo que é belo - a elite brasileira é porca e burra.

Por que eu sei disso? Eu fiz tratamento e estudei na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente, que era “defeituosa”) e desde a morte do fundador da entidade (Dr Renato Bonfim), empresários que eram associados, começaram a ser administradores. Muitas cagadas foram feitas, muitas pessoas prejudicadas e nosso tratamento finalizado sem o menor pudor aos 14 anos. Amigos, eu e minha noiva foram prejudicados por essas atitudes que transformaram uma entidade de reabilitação em uma empresa. O porquê disso? Por que muitas pessoas não tiveram tratamento adequado?

Por eu saber - muito de “pertinho” - como é a elite, segundo o Lincks, <<escória paulista>>, sei que eles são a <<mentalidade bandeirante>>, sei que não é a representação do povo paulista. Pode ser que eu esteja errado. Por outro lado, temos que saber se alguém fica alimentando o pessoal (não estou dizendo que é o padre Lancellotti) que anda assaltando e atormentando pessoas no centro de São Paulo. Nem sempre, quem trafega no centro de São Paulo, é elite e nem tem a <<mentalidade bandeirante>>. E sabemos muito bem, sem medo de errar, que a nossa mente é doida para acomodar e gastar menos energia, se receber comida de graça, vai acomodar. E no mais - não só o PT (Partido dos Trabalhadores) - usa a pobreza e a ignorância dessas pessoas (os coronéis nordestinos são PHDs nisso) para fins eleitorais e não adianta negar. Temos até gabinete do ódio bolsonarista e lulopetista que usa a ignorância.

O resto é só preconceito como o último parágrafo <<O outro só serve de escravo ou não serve>>, pois, isso não é só a <<escória paulista> - volto a dizer que conheço bem - mas, a escória do Brasil inteiro que ainda opera no modo escravocrata.

Apesar de discordar desse tuite, concordo com esse vídeo.

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