terça-feira, fevereiro 06, 2024

MBLismo selvagem - o ‘gayzão da Netflix’



Até o IA sabe história melhor do que o sr MBL


Renan Santos⬛️🟨⬜️

@RenanSantosMBL

Logicamente que fariam Alexandre um gayzão na Netflix… é cada uma…


Eu achava que o Renan dos Santos (MBL) era o mais intelectualizado depois do Kim Kataguiri, mas estou vendo que existem questões muito enraizadas dentro da nossa cultura. Quais? Lembro de uma fala de um vídeo do Alexandre Links (Canal: Quadrinho da Sarjeta) que dizia que não se tem conservadores e sim, reacionários. O Movimento Brasil Livre não gosta do jornalista Pedro Doria (Meio) onde ele diz que temos uma tradição liberal progressista e esse negócio de liberal conservador é coisa de pessoas que não estudaram. Endosso a questão e dizendo que um conservador brasileiro deveria ser (1) catolico por causa da tradição católica dentro da nossa cultura (2) é progressista liberal dentro da tradição política e (3) ser monarquista por causa da nossa tradição monárquica (o golpe militar contra Dom Pedro II veio dos conservadores raízes). 

Com a nova série documental da Netflix do conquistador Alexandre o Grande - que aparece tendo um caso com o seu amigo Hefestião - parece que indignou a cabeça pensante do movimento. O grande pensador mblista, veio com a questão de modo bastante culto dizendo que fizeram de Alexandre Magno um “gayzão da netflix”.. Será que fizeram ou há relatos de que os gregos teriam uma prática de homens mais velhos iniciarem jovens e até se apaixonarem. Não sei onde ele pesquisou (mostrando só uma fonte), mas o fato é que uma pesquisa só não vai mostrar a verdade. E esse pequeno fato de opinião de um seriado nos mostra o quanto o Links tem razão em apontar esse fato do reacionarismo que temos enraizados em nossa cultura, porque o velho é bem mais legal do que o novo. Daí que as falas do Renan não me surpreendem e nem o preconceito enraizado (muitas vezes, não é culpa de quem fala, mas, da cultura que estamos inseridos). 

Daí temos que diferenciar a luta dos exageros woke (que é muito olavista, porém, serve de modo didático), dentro da filosofia identitária vinda de uma representatividade, só que Foucault dizia que tínhamos de superar essa representatividade. Exageraram e deturparam criando o movimento woke. Ou seja, o movimento woke é um movimento comercial dentro de um sistema que já se separava por categoria, não precisava separar por representação. E quem esta dizendo é uma pessoa com deficiência. Não senti nenhuma diferença quando me chamavam de deficiente e pessoa com deficiência, muito pouco se expandiu a luta das pessoas excluídas da sociedade. 

E aí temos que refletir outras questões: por que incomodou tanto o Alexandre o Grande ser homoafetivo? Eu vi e não me senti incomodado porque são fatos que há estudos sérios. O que mais me incomodou foi o fato que nem Aristóteles e nem Pirro foram mencionados, como se a sociedade tivesse raiva dos intelectuais (e tem muita).  Na verdade, nenhuma sociedade foi crítica ao ponto de romper com culturas e pensamentos que prejudicasse a grande maioria, porque a autodependência da questão da infantilidade posta, fariam seres humanos anticríticos e até mesmo, antifilosoficos. Enquanto a filosofia é usada como ponto de racionalização da realidade, a verdade esconde “monstros” que não podem ser descobertos. Afinal, qual o problema da homossexualidade de Alexandre e ele ter conquistado quase o mundo antigo? Qual a questão de normatizar aquilo desnormalizado para agradar alguns? A filosofia não agrada ninguém.


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